Futebol

Adversário do Vasco na Liberadores tem reforços veteranos e marcação alta

No mesmo ano em que o Vasco da Gama conquistou de maneira brilhante a Libertadores da América, um pequeno clube chamado Universidad de Concepción disputava sua primeira competição profissional no Chile. Quatro anos antes, em 1994, enquanto Romário, um dos maiores ídolos da história vascaína, dava o título da Copa ao Brasil, o agora adversário do cruz-maltino pela principal competição do continente era fundado.

Fatos e dados históricos para deixar evidente a diferença de tamanho entre os clubes. No entanto, por mais pesada que a camisa seja, toda tradição e glória vascaínas não vão garantir a classificação diante da equipe chilena pela segunda fase preliminar da Libertadores. Ainda mais com um dos piores momentos históricos do Vasco ainda em andamento.

Resta a Zé Ricardo, à comissão técnica e ao grupo de jogadores trabalharem muito forte e deixarem de lado toda essa desorganização. Contra um adversário que, se não tem a mesma envergadura, já mostrou recentemente qualidade para triunfar.

Desde novembro de 2016 o time é comandado por Francisco Bozán, de apenas 31 anos atualmente. O jovem profissional é formado pelo INAF - Instituto Nacional del Fútbol com a maior nota média da instituição em todos os tempos e começou a carreira aos 25 anos. Em 2014, no comando do Barnechea, se tornou o mais jovem treinador a comandar uma equipe na elite chilena. Não satisfeito, tem formação universitária em Psicologia e tirou a licença Pro da Uefa para treinadores. Antes, jogou futebol. Na base, atuou em equipes menores do Chile e também no Bournemouth, no período em que viveu na Inglaterra, até desistir da carreira de jogador.

"Há uma qualidade muito própria da juventude, que é quere engolir o mundo, e isso resulta em algo atrativo, mas também é necessário o equilíbrio que os maiores adquirem com a vivência. Sinto que as pessoas que saem hoje do INAF são técnicos muito bem preparados. Eu estudei e tive aulas ali e posso assegurar que se trabalha com eles de grandes maneiras e saem muito aptos para a alta competência. Se dão oportunidades a técnicos chilenos, vão encontrar profissionais muito preparados", afirmou Bozán, em recente entrevista ao Diário de Concepción.

Comanda um time que se classificou para esta fase prévia da Libertadores por ter sido primeiro quem melhor se colocou no Clausura de 2017 sem conquistar a vaga direta, o que o levou posteriormente aos playoffs com o Unión Española. Teve, contando Apertura, Clausura e Transición na temporada 2016-17 no Chile média de 49.1% de posse de bola em 13 vitórias, 16 empates e 16 derrotas, com 47 gols pró e 53 contra. Cometeu 797 faltas, sofreu 723; Seus jogadores foram amarelados em 123 ocasiões e expulsos em outras 12, além de terem se colocado em impedimento uma centena de vezes.

Mudou parte do elenco e se reforçou em busca da segunda classificação em sua história para a fase de grupos da Libertadores. Trouxe e apresentou nesta semana Juan Pablo Abarzúa (ex-Deportes Puerto Montt), Jean Paul Pineda (Santiago Wanderers), Santiago Silva-URU (América de Cali-COL), Hans Martínez (Audax Italiano), Luis Pedro Figueroa (Colo Colo) e Pedro Morales, além de ter confirmado o empréstimo do atacante Álvaro Salazar, oriundo do Colo Colo. Pineda e Figueroa já passaram pelo futebol brasileiro, Vitória 2017 e Palmeiras 2009-10, respectivamente, mas o mais conhecido é o veterano Morales, de 32 anos, de boa passagem pelo Vancouver Whitecaps na Major League Soccer.

Neste ano, a Universidad de Concepción fez parte de sua pré-temporada na Argentina. Inicialmente fez duas atividades de 30 minutos cada diante do Vélez Sarsfield: perdeu a primeira por 1 a 0 e venceu a segunda por 3 a 0, em 15 de janeiro. Três dias depois encarou um time alternativo do Boca Juniors e ganhou por 2 a 1. Por fim, contra o Temperley, mais dois jogos menores, no caso de 35 minutos cada, e empate em 0 a 0 e triunfo por 3 a 1. Todos os compromissos com portões fechados.

Nos dois jogos que analisei, contra o Unión Española pelos playoffs chilenos à Libertadores, vitórias por 1 a 0 (casa, com pouco mais de 3 mil torcedores nas arquibancadas apenas) e 2 a 1 (fora), a Universidad de Concepción atuou no 4-4-2 na fase defensiva, com a característica marcante de linhas altas. Na maior parte do tempo pressionou a saída de bola adversária em bloco, o que gerou exposição excessiva para a linha de defensores em muitos momentos. Tratou-se de uma equipe organizada e com conceito bem definido de marcação. Ponto falho: permitiu muitas finalizações de fora da área.

Já na fase ofensiva, o esquema variou de acordo com a movimentação do meia-atacante Hugo Droguett, de 35 anos. Na prática, ele foi um segundo atacante atuando ao lado do uruguaio Gonzalo Barreto (que deixou o clube, retornou ao Danubio e foi a principal perda desta temporada no elenco); Porém, com muita liberdade de movimentação. Os laterais sobem pouco e a amplitude depende dos ponteiros, que foram nos dois jogos Jean Meneses e Jonathan Benítez. Assim, é correto afirmar que o time varia entre o 4-2-3-1 e o 4-4-1-1 quando ataca, com pouca criação pelo centro.

Reforços entrarão nessa equipe, que parece estar mais forte do que foi em 2017. Diferentemente do Vasco da Gama, pelos mais variados motivos.

Fonte: Blog de Gustavo Hofman
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