Basquete: Atleta revelado pelo Vasco assina contrato de R$ 140 milhões

Um brasileiro assinou, recentemente, um contrato milionário nos Estados Unidos e receberá R$1,8 milhão por mês, R$21 milhões por ano e R$140 milhões por seis anos. Com esse dinheiro, poderia comprar dez apartamentos na Vieira Souto, viajaria 40 mil vezes para Paris, compraria mil caminhonetes Pajero e 120 milhões de latinhas de cerveja.

Não estamos falando de um jogador de futebol, piloto de Fórmula 1 ou uma top model - nossas especialidades no exterior. O atleta em questão é Maybyner Rodney Hilário, ou Nenê (como é chamado pela mãe desde criança), o ex-jogador de basquete do Vasco - que ia treinar de ônibus e vivia lutando contra salários atrasados -, e que é hoje o atleta olímpico mais bem sucedido financeiramente do Brasil.

Para se ter uma idéia da dimensão da conquista de Nenê, ele, sozinho (fora os polpudos contratos publicitários), receberá por ano do Denver Nuggets, da NBA, valor pouco menor do que os R$28 milhões que a Confederação Brasileira de Vôlei recebeu de patrocínios no ano passado para manter as seleções de base e adultas na quadra e na praia.

- Magic Johnson assinou um contratão nos anos 80, ganhando US$1 milhão (R$2,1 milhões) por ano - compara o ex-cestinha Oscar, lembrando que naquela época os tempos eram mais modestos.

Segundo ele, que chegou a ser convidado nos anos 80 para atuar na NBA, (mas escolheu jogar na seleção, já que não era permitido ser profissional e atuar pelo Brasil), Nenê fechou um negócio histórico:

- O Nenê fez contrato de jogador-franquia na NBA (quando um atleta fica por muitos anos no mesmo time), isso é histórico e devemos ter orgulho dele.

A folha polpuda de Nenê inflacionou o mercado e encheu os olhos de pivôs de outras equipes da liga americana:

- Esse acordo virou a referência para o mercado, e nós gostaríamos de chegar próximos a isso - afirmou a um jornal americano o agente Calvin Andrews, que tenta acertar a permanência do ala-pivô Drew Gooden no Cleveland Cavaliers.

- Não tenho dúvidas de que Nenê receberia propostas melhores e, por outro lado, poderia mesmo deixar a equipe até por um valor mais baixo - completou Bret Bearup, um dos cartolas do Denver, lembrando que o jogador contratou o empresário Dan Fegan, famoso na NBA por fechar negócios milionários.

Menino humilde

Lula Ferreira, técnico da seleção brasileira masculina, também ficou impressionado com o contrato:

- Com o Nenê machucado (está há nove meses com uma lesão no joelho), foi uma prova de que eles apostam nele. Foi um menino humilde que venceu sozinho