Política

Casaca emite nota sobre protesto ocorrido próximo a residência de Dinamite

REVOLTA E LIMITE - Por Sérgio Frias

Hoje, pela madrugada, nos chegaram informações de um movimento de torcedores que revoltados teriam levado faixas, morteiros e gritado palavras de ordem contra a permanência de Roberto Dinamite no poder, em ato realizado próximo à sua residência. A velocidade da informação veio inclusive com o conteúdo de fotos que corroboraram tais informações.

Faixas com os dizeres “Renuncia Dinamite”, “Pior presidente da história do Vasco”, “Primeira divisão é obrigação” estão de acordo com a revolta dos torcedores e os fatos.

No entanto, é preciso atentarmos para o limite de tudo isso.

A saída de Roberto Dinamite da presidência do clube foi decidida democraticamente, a partir de uma decisão da Justiça para que o Conselho Deliberativo definisse a questão.

Em qualquer circunstância, num estado democrático de direito, a votação de quem é competente para tal traz em seu bojo a certeza de que aquela decisão será respeitada pelo grupo perdedor, por mais revolta existente no seio dele.

A votação no Conselho Deliberativo foi limpa, estatutária, configurou-se no maior quórum presente e votante do clube na atual gestão, teve publicidade (embora o estatuto do Vasco não diga que tipo de publicidade é necessária nestes casos) no site oficial do clube, globo.com, lancenet, além do envio de e-mails aos conselheiros e cartas com A.R.

Nenhum conselheiro que deixou de ir à reunião foi à Justiça propor uma ação contra o clube, pelo contrário, os autores das ações presentes no Poder Judiciário são todos representantes de uma minoria derrotada que, simplesmente, não aceitou a derrota e obteve junto a outros, também inconformados com a derrota nas urnas, auxílio para urdir uma estratégia composta por mentiras e distorções, objetivando a que a democracia não fosse respeitada, a vontade da maioria presente no Conselho Deliberativo não fosse respeitada, dezenas de senhores com 70, 80, 90 anos ou mais não fossem respeitados como partícipes de uma decisão DEMOCRÁTICA.

Nessas horas o torcedor, o associado, o conselheiro, o benemérito, o grande benemérito do clube imagina ser a Justiça o ponto de apoio para que a democracia seja mantida, ratificada, respeitada, mesmo com qualquer deslize que tenha ocorrido numa decisão liminar por falta de documentos comprobatórios, já há muito aditados ao processo.

E o que toda a comunidade vascaína, toda a sua massa de torcedores vê? Uma decisão de plantão perdurar por quase um mês, mesmo já tendo sido comprovado todo o respeito ao trâmite estatutário previsto naquela oportunidade. Uma decisão incontestável foi dada pelo Conselho Deliberativo do clube, portanto.

Não são todos que entendem mais a fundo de leis, liminares, recursos, etc… mas há um entendimento inequívoco: acabou o mandato de Roberto Dinamite como presidente do Vasco e o poder competente não permitiu a que este mandato fosse prorrogado. Assim o foi também com relação a todos que perderam seus cargos de direção e no Conselho Deliberativo.

Temos a preocupação de narrar semanalmente o andamento do processo, desde a distribuição errada por equívoco administrativo, ocorrida três dias após ter sido dada a liminar, passando pela vergonhosa petição do Vasco que enseja para muitos advogados a evidência de uma simulação processual entre o autor e o réu em benefício de ambos, mostramos que o novo prazo dado de 10 dias para o Vasco se defender fora errôneo, pelo fato de o clube já ter apresentada defesa antes da concessão, que o prazo de cinco dias pedido pelo clube também não cabia, mas a cada decisão dada fica para o público a ideia de que há uma protelação sem fim, na qual, sem sombra de dúvida, o Club de Regatas Vasco da Gama não é beneficiado.

Não vamos nos ater na sequência sem vitórias no futebol, mas sim no todo institucional. O Vasco completa hoje dois meses de salários atrasados, São Januário permanece abandonado e sujo, até em dias de jogos, o Vasco não se faz representar em reunião da Federação de Futebol deste Estado, o clube acena com um recadastramento intempestivo, discursa de várias formas e só vem a mostrar que em momento algum se preocupou, de fato, com recadastramento ao longo dos últimos anos, pois nem plano tinha para fazê-lo, mesmo após o fim do mandato de Dinamite.

Qual o efeito prático do recadastramento, em relação ao próximo pleito? Evitar qualquer tipo de fraude, correto?

A grande preocupação dessa gestão, há mais de um ano é perseguir os associados com data de admissão entre março e abril do ano passado. Tanto perseguiram, que os associados fazem hoje parte do grupo que menos apresentam inconsistências no cadastro.

O maior problema está nos associados do “Vasco é Meu”, mais de 1000 casos de inconsistências e naqueles que não pagam ao Vasco, pois mais de 5000 das diversas categorias de remidos não possuem dados básicos para cadastro.

E aí vem a direção do clube na semana passada para avisar que não participará do recadastramento exatamente o grupo que possui mais inconsistências no cadastro. Parece piada.

De nossa parte, temos tentado de todas as formas fazer com que prevaleça a democracia, prevaleça o estatuto, prevaleça o direito dos associados, prevaleça a data da eleição, prevaleça o bom senso, mas nos vemos cercados pela incapacidade, incompetência, desídia e cinismo de uma direção interina, mas permanentemente inconsequente nos seus atos, simplesmente porque tem perdida uma eleição.

O vale-tudo da própria direção não pode atingir o associado, o torcedor que se revolta com tudo isso. Ele não é socorrido pela mídia convencional, que silencia diante da interinidade, ignora o que sabe ser verdade (uma ação entre amigos promovida por autor e réu), enquanto a Justiça deixa que se procrastine a questão mais e mais. O prejuízo é do Vasco, da democracia, do respeito à autonomia dos clubes.

O que dizer ao torcedor, ao associado, em defesa da Justiça, do estatuto, da autonomia constitucional do clube, da democracia? Estamos ou não numa ditadura acobertada por setores midiáticos e com aval do Poder Judiciário?

O que ocorre quando o torcedor e o associado, imerso neste mar de injustiça, passa a não aceitar uma realidade tão injusta ou ditatorial, mas não enxerga nas instituições competentes o saneamento do problema?

Hoje, mais uma vez, outra vez, de novo, novamente, das 16 às 18 horas, estaremos no Vasco para auxiliar os associados (pagantes) a fazerem o recadastramento e assim sanarem quaisquer dados inconsistentes (caso existam tais inconsistências), recomendando a que eles levem xerox do documento de identidade, CPF e Comprovante de Residência e que protocolem na Secretaria tais documentos, junto a uma declaração na qual constarão outros dados que ajudarão o Vasco a ter naqueles cadastros as informações necessárias para identificá-lo, encontrá-lo, contactá-lo.

Que novembro chegue logo.

Fonte: Casaca!
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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