Futebol

Celso Roth comenta possibilidade de ser demitido

A nova goleada sofrida pelo Vasco, desta vez por 3 a 0 para o Corinthians, na noite desta quarta-feira na Arena Itaquera, pode antecipar a saída do técnico Celso Roth. Com a equipe mantida em penúltimo lugar do Brasileiro, com 12 pontos em 16 jogos, torcedores planejam um protesto para a chegada do time ao Rio, prevista para as 13h no Aeroporto Galeão. Além disso, a diretoria deve se reunir nesta tarde para decidir o destino do treinador. Como haverá dez dias de preparação até o próximo jogo, contra o lanterna Joinville, dia 9 de agosto no Maracanã, é possível que Roth seja demitido nesse intervalo para seu substituto ter mais tempo de treinar.

Apesar do retrospecto de cinco derrotas e três vitórias, com 15 gols sofridos nos oito jogos que esteve no comando do Vasco no Brasileiro (um a menos do que a equipe levou nas primeiras oito rodadas com Doriva), Roth confia na “sequência do trabalho” para permanecer no cargo. Questionado pelo GLOBO sobre quais os riscos de ser demitido nos próximos dias, após as goleadas para São Paulo (4 a 0), Palmeiras (4 a 1) e Corinthians (3 a 0), ele reagiu ironicamente.

- O risco de cair, a partir do momento em que tu é (sic) contratado, com 10 jogos em 38 dias, e eu corro risco de cair, é bem interessante essa sua colocação... Acho que tu devia (sic) pensar bem antes de fazer essa pergunta, apesar de que nós temos uma cultura aqui no Brasil disso infelizmente - respondeu o treinador dirigindo-se ao repórter. - Jogamos hoje (quarta) com um time que tem uma sequência de trabalho, que iniciou 2015 como melhor time do Brasil, não ganhou as competições que planejou, deu uma caída e se recuperou. Por quê? Sequência de trabalho. Todo time passa por determinados momentos, e a sequência que determina o nível de qualidade técnica, física, tática para disputar um Brasileiro longo que nem esse. Agora, se nesses 10 dias, a coisa acontecer para o lado contrário (ser demitido), é a vida do treinador.

Por ironia do destino, a torcida vascaína não confia nele desde que o técnico abandonou a “sequência do trabalho” para assumir o Internacional, após apenas cinco jogos em 25 dias à frente da equipe de São Januário em 2010. À época, foram três derrotas, um empate e uma vitória. Agora, a situação é mais complicada. Ainda mais depois do desgaste com o elenco provocado pelo corte de Martín Silva para o jogo com o Corinthians, após o goleiro ter sofrido três gols no primeiro tempo contra o Palmeiras e ser substituído no intervalo por Jordi. Depois do episódio, o meia John Cley saiu em defesa de Martín e disse que “o grupo está todo fechado com ele”. Já Roth não gostou de ser perguntado se o elenco ainda está fechado com o treinador:

- A pergunta é bem óbvia, né? Eu acho interessante isso... Primeiro, o Martín faz parte do grupo também. Nós todos estamos fechados com ele. É interessante isso: jogador não pode errar. E se errar e sair, o treinador fez errado. Futebol é jogo de erro e acerto. Acho que nós temos que ter cuidado com isso. O Martín voltou, fez uma semana de preparação, e não foi ele o culpado do resultado contra o Palmeiras Foi o coletivo, nós todos erramos. Mas eu achei que, naquele momento do jogo, era interessante nós mudarmos alguma coisa para ver o que acontecia no jogo. Tanto que mudamos, e o segundo tempo foi 1 a 1. Não interessa. Foi 4 a 1 o jogo, mas o segundo tempo foi 1 a 1 com as nossas mudanças. Isso é uma circunstância absolutamente dentro da normalidade.

Por essa lógica, o Brasil perdeu para a Alemanha apenas por 2 a 1 no segundo tempo da semfinal contra a Alemanha, na Copa de 2014, apesar de o jogo ter terminado 7 a 1. Sem conseguir fazer com que o Vasco marque gols em campo - até agora foram apenas 8, com o segundo pior ataque, atrás somente do Joinville, com 7 -, Roth prefere contra-atacar fora das quatro linhas. Inquirido por uma jornalista se perdeu o controle sobre o elenco, ele recebeu a pergunta como uma crítica, tal qual as ofensas que lhe foram dirigidas no Twitter por Regis Marques, empresário de Martín e Julio dos Santos. Apesar de a repórter não ter se referido ao fato de Marques ter chamado o técnico de covarde, ruim e arrogante, ele desconversou:

- Isso é uma coisa que você (a jornalista que fez a pergunta) está me perguntando em cima de rede social, o que é complicado. Então, sem resposta. Porque eu tenho tido um retorno muito grande dos jogadores, e continuaremos assim mesmo com resultados negativos. E te diria o seguinte: eu seria o primeiro a sair do grupo se não sentisse o retorno dos jogadores. Já fiz isso várias vezes e não seria a primeira vez. Eu não conversei com a direção a respeito disso. Mas as redes sociais são isso, né? E a avaliação de uma pessoa que trabalha com os jogadores para mim não existe. Essa coisa de interesse próprio é complicado. Não sei nem quem é a pessoa. Mas deixa para lá. Estou na minha função para tomar atitudes, agrade ou não qualquer representante. O jogador sabe que quando está bem continua e, se não está bem, tem que melhorar. Se não melhorar, nós temos que tomar as atitudes necessárias.

Com a pior campanha de sua história nos pontos corridos, o pior saldo de gols (-21) entre os 100 times das quatro divisões do Campeonato Brasileiro e a defesa mais vazada da Série A, com 29 gols sofridos, o Vasco precisa realmente tomar as atitudes necessárias para melhorar (e muito), a fim de não ser rebaixado pela terceira vez. O zagueiro Rodrigo, que teve seu contrato renovado por dois anos, não quis comentar sua opinião sobre a manutenção (ou não) de Roth no comando da equipe:

- Isso não é pergunta para mim.

Nos bastidores, o assessor de um jogador veterano disse que o clima no grupo é ruim e que a permanência de Roth como técnico é cada dia mais difícil.

Fonte: O Globo
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