Com 5 gols de R.Dinamite, Vasco goleou o Corinthians em 1980: 5 a 2

Era um domingo, dia 4 de maior de 1980. O relógio marcava 27 minutos do segundo tempo para a partida, no Maracanã, quando Roberto Dinamite balançou as redes do Corinthians pela quinta vez naquela noite. Era o retorno triunfal de um dos maiores ídolos do Vasco ao futebol brasileiro. Um jogo histórico e que está guardado na memória os torcedores. 

O maior artilheiro que o Campeonato Brasileiro conheceu já tinha feito história pelo Vasco alguns anos antes. Dinamite defendeu a cruz de malta entre 1971 e 1979, conquistando o título nacional 1974. Foi em janeiro de 1980 que o jogador, na época com 25 anos, foi vendido ao Barcelona, mas jamais conseguiu se adaptar ao futebol europeu. Após 11 partidas e três gols no clube catalão, Roberto Dinamite voltou para sua casa, para seu clube de coração. Voltou para o Vasco. 

E a reestreia do jogador aconteceu no final de abril, contra o Náutico, fora de casa. Entretanto, o seu primeiro contato com a torcida no Rio de Janeiro foi somente uma semana depois e não poderia ter sido mais espetacular. Mais de 104 mil pessoas lotaram o Estádio Jornalista Mário Filho para ver o retorno de Dinamite contra o Corinthians. A torcida do Timão invadiu a cidade, e por alguns breves minutos, a festa vascaína pareceu ameaçada, pois foi Caçapava quem abriu o placar para a equipe paulista aos 11 minutos de jogo. 

Só que aquele 4 de maio já tinha um dono e o nome dele era Carlos Roberto de Oliveira. Dois minutos depois do gol do Corinthians, Dinamite deixou tudo igual no Maraca. E marcou outro aos 27 minutos. E outro aos 37. E outro aos 39. O Doutor Sócrates chegou a diminuir o placar para os visitantes aos 42 minutos do primeiro tempo. Mas o dia era mesmo do ídolo vascaíno, que fechou a goleada aos 27 minutos com um belo gol no ângulo. 

Hoje, 35 anos depois da noite de gala de Roberto Dinamite, Vasco e Corinthians se enfrentam mais uma vez no Rio de Janeiro, em uma partida válida pelo Brasileirão. Não haverá reestreia de ídolos, o jogo será em São Januário e as arquibancadas terão no máximo 22 mil pessoas. Mas o confronto promete ser histórico, independente do resultado final que ficar gravado na súmula.