Em três anos e meio na presidência do Vasco, Roberto Dinamite comandou um processo de reconstrução que levou o time da Segunda Divisão, em 2009, ao título da Copa do Brasil, em 2011. Ao fim de um ano excepcional, o dirigente agora encara um dos maiores desafios de seu mandato: encontrar para o comando do futebol do clube um substituto para Rodrigo Caetano, que pediu demissão quinta-feira, e contratar reforços que ajudem a equipe a brigar pelo título da Libertadores em 2012.
Criticado nos bastidores por não ter pulso firme em algumas de suas decisões, Dinamite agora enfrenta a acusação de que coloca seus amigos no comando da base vascaína. Perguntado se colocaria um ex-jogador também à frente do departamento de futebol profissional, o presidente descartou a promoção de profissionais como Galdino e Gaúcho, seus companheiros de longa data.
Nem pensar. Base é base, profissional é profissional, enfatiza Dinamite, que, ainda sobre Rodrigo Caetano, discorda dos comentários de que o ex-diretor de futebol não teve participação na base, o que seria um dos motivos de divergência entre os dois. Caetano queria profissionalizar o departamento e não teve apoio da diretoria.
Ele teve, sim. Já no profissional, o que foi dado a ele, eu duvido que qualquer profissional em qualquer outro clube tenha dado toda essa autonomia para que ele tocasse o trabalho, desabafa o presidente.
Após o pedido de demissão, Rodrigo Caetano já faz parte do passado na Colina. A ideia é, mesmo sem o dirigente, manter o trabalho que foi feito nesta bem-sucedida temporada.
O Vasco tem uma base de trabalho estabelecida, e no ano que vem existe a possibilidade de fazer um trabalho semelhante ao que foi feito em 2011. Certamente o profissional que chegar vai seguir essa linha deste ano, garante José Hamilton Mandarino, vice-presidente de futebol do Vasco. O nosso interesse, na verdade, é que o ano que vem seja ainda melhor do que este que passou.
Para Dinamite, a importância dos profissionais está abaixo da instituição: Quantos diretores já tiveram? Muitos. Mas o Vasco não pode parar.