O mandatário do Fluminense, Roberto Horcades, é o novo 1º vice-presidente do Clube dos 13. Em reunião realizada na tarde desta terça-feira, com a presença dos 20 membros da entidade, o dirigente do atual vice-campeão da Libertadores recebeu 14 votos. Seu adversário, Roberto Dinamite, do Vasco da Gama, teve apenas cinco citações.
A disputa inicial ainda tinha Alvimar Perrela, presidente do Cruzeiro, no páreo. Porém, momentos antes do início da eleição, já prevendo a sua derrota, o mineiro retirou a sua candidatura e se absteve do voto.
Como era esperado, a grande maioria preferiu o presidente do Fluminense graças ao seu histórico como dirigente do clube e da entidade. No C-13, Horcades integrou recentemente a comissão especial criada para discussão acerca da renovação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para o triênio 2009-2011.
Já o candidato derrotado recebeu os votos do chamado grupo dissidente, composto por Flamengo, São Paulo e Corinthians, além do Botafogo e do próprio Vasco da Gama.
A eleição realizada nesta terça-feira serviu para nomear o sucessor ao cargo que era ocupado por Eurico Miranda. Com a saída do dirigente do comando do Vasco da Gama, uma nova eleição teve que ser feita, conforme manda o novo estatuto do Clube dos 13, para definir o dono da cadeira.
Além de Horcades, o C-13 tem como presidente o gaúcho Fábio Koff. O 2º vice-presidente é Affonso Della Monica, do Palmeiras, o 3º vice é Vitório Piffero, do Internacional, e o 4º é Milton Bivar, do Sport.
Conformado, Dinamite esperava \"sucessão automática\" no C-13
Candidato derrotado na eleição para 1º vice-presidente do Clube dos 13, o mandatário do Vasco, Roberto Dinamite, se mostrou conformado, mas não totalmente satisfeito com a decisão dos membros da entidade. Para ele, o seu clube deveria continuar ocupando o cargo, mesmo com a renúncia de Eurico Miranda, no início de julho.
- Foi um processo democrático, pois tivemos uma eleição. Cada um teve o direito de se posicionar, mas eu continuo entendendo que essa vaga, como estava sendo ocupada por um representante do Vasco da Gama, e ainda não havia se encerrado o mandato, deveria permanecer com o clube, lamentou Dinamite.
Pelo novo estatuto do Clube do 13, todos os cargos de diretoria são das agremiações, e não dos dirigentes. Porém, se o titular da cadeira, na época da eleição, renunciar, um novo plebiscito deve ser convocado, não permitindo uma "sucessão automática", como desejava o mandatário vascaíno.
Apesar de receber o apoio do Botafogo e dos três membros do chamado grupo dissidente (Corinthians, Flamengo e São Paulo), o presidente do Vasco diz que não pretende engrossar a oposição do Clube dos 13.
- Estou do lado do futebol brasileiro. Se as pessoas trabalharem em prol disso, terão o apoio do Vasco. Eu deixei isso muito claro após a eleição. Respeito os outros clubes e me coloco à disposição para brigar aqui, em Brasília, ou no próprio Rio de Janeiro, desde que seja em favor do futebol, completou o presidente do Vasco.