Eurico Miranda: ‘Hoje, nós estamos com uma espada em cima da cabeça’

Eurico Miranda esteve nesta quinta-feira em São Januário para assinar as contas de seus últimos seis meses de mandato. O dirigente chegou ao clube acompanhado de Amadeu Pinto da Rocha, vice geral em sua época, e Geraldo Teixeira, presidente do Conselho Fiscal até junho de 2008. O encontro ocorreu na sala dos grandes beneméritos.

Eurico foi indagado quanto aos questionamentos da atual diretoria sobre as contas e as dívidas do Vasco. Sem pensar duas vezes, o dirigente respondeu:

- Questiona? Quem questiona? Comigo não foi questionado nada. Vamos ver a hora que questionarem. Quem tem boca fala o que quer. Não sei se eles falam muito ou se falam menos. Eu já disse que o momento meu não é de tratar de nada. Quero que o Vasco esteja concentrado em evitar a queda para a Segunda Divisão, essa é a mácula maior. O resto vem depois – afirma o dirigente, que após a sua saída só retornou a São Januário em duas oportunidades.

A presença do carro do ex-presidente no estacionamento do clube foi uma surpresa para os jornalistas que foram a São Januário na manhã desta quinta-feira. Eurico ficou na reunião até às 14h30m, quando saiu para conversar com a imprensa. Posteriormente, ele retornou ao local.

GLOBOESPORTE.COM: O que significa a sua presença nesta terça-feira aqui em São Januário?
EURICO MIRANDA: Vim assinar documentos da minha gestão. Não assinei todos. Tenho que assinar os caixas que eu tenho desse período de seis meses. Vim assinar junto com a comissão fiscal.

Como você está vendo a atual administração?
Não quero fazer nenhum tipo de comentário. O momento do Vasco não é esse. Posteriormente, com Vasco livre da Série B, a gente fala qualquer coisa. Pedi para eles (membros da atual diretoria) ficarem calados. Às vezes que têm falado, eles só têm atrapalhado. Deixem o treinador, os jogadores, o apoio da torcida, que é fundamental, tirarem o Vasco dessa situação que tem deixado muita gente sem dormir, inclusive a mim.

Você está preocupado com a situação do time, com o rebaixamento?
Claro que estou preocupado com o rebaixamento. Tenho sentimento por essa instituição e as pessoas não conseguem entender muito, mas é um sentimento especial, próprio. O que eu mais tenho é orgulho dessa instituição. O Vasco não é passível de Segunda Divisão. Quando eu afirmo e reafirmo que o Vasco não cairia para a Segunda Divisão é que medidas seriam tomadas na minha gestão para que isso fosse evitado. Hoje, estamos com uma espada em cima da cabeça.

Você acha que a atual diretoria tem alguma parcela de culpa na situação do time no Campeonato Brasileiro?
Não quero fazer comentário nenhum sobre a atual diretoria. Já fiz alguns, já disse o que eu tinha que dizer.

E se o time for rebaixado?
Não quero pensar nessa hipótese.