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Eurico rebate acusações de Coelho e fala sobre debêntures

O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, fala sobre alguns assuntos.

"São absolutamente contraditórios quando se fala a respeito dos jogadores. No outro dia saiu um negócio no Ancelmo Gois [colunista de O Globo], falando sobre a revista Placar. Ela é tão contraditória, que diz, primeiro, que dos jogadores do Vasco não sabe. Porque o Vasco não tem nada do que esses caras têm. O Vasco não tem fatiamento - 20% para um, 30% para outro. O Vasco não tem, aí não pode aparecer. Eles não sabem. Não pode aparecer porque não tem isso", disse no programa "Casaca no Rádio", veiculado na Rádio Bandeirantes.

"Aí falam no número de jogadores. Apareceu o número de jogadores que os clubes têm. Fruto da Lei Pelé, que você é obrigado a ter os contratos de profissional, o Vasco é um ainda que tem um número menor de jogadores, comparado com os números que foram apresentados. O que fazíamos? Eles alegam que a gente fez contratos de jogadores. Os jogadores completavam 16 anos e fazíamos o primeiro contrato com o jogador. Esse luminar [Luiz Américo de Paula Chaves, vice-presidente jurídico] que tem lá e veio falar o outro dia, que não sei o que, iam fazer uma reformulação. Primeiro, desconhece a lei. O primeiro contrato de um jogador não pode ser de cinco anos. A FIFA não aceita. O máximo tem que ser de três anos. Depois você pode fazer de cinco. Dou um exemplo. No caso do Bruno Meneghel, fizemos um contrato de cinco anos, baseado nessa Lei Pelé. A CBF simplesmente ignorou e registrou o contrato de cinco anos. Quando terminou o terceiro ano, liberou o jogador, por determinação da FIFA. Simplesmente liberou. O jogador estava livre no terceiro ano do contrato, porque só podia ser feito dentro de três anos".

SALÁRIOS

"Aí vem o caso mais grave. Eles chegam com essa história de investidores e tal, \"Vamos adotar uma política\", \"Conosco o pessoal vai ter que receber no dia 5\". Todos os jogadores e funcionários do Vasco sabiam que recebiam no dia 20. Chovesse ou fizesse sol, a não ser que caísse em um feriado, sábado ou domingo, os jogadores e funcionários sabiam que iam na sua conta do banco e ver lá o seu dinheiro. Eles estavam pouco se importando se era no dia 5, 6 ou 8. Eles já se programavam. O jogador, quando era contratado no Vasco, sabia. \"O Vasco paga no dia 20\". Pode pagar antes, mas o normal é pagar no dia 20. Até o dia 20, todos recebem".

"Qual é a primeira coisa que esses caras fazem? Não pagam. Não pagam por quê? Porque o caixa estava zerado. É evidente que o caixa estava zerado. Vou explicar como funcionava e tinha tudo. Eles agora, para pagar, vão fazer a mesma coisa. Já pleitearam no banco para levantar o dinheiro da forma como era levantado - em cima dos recebíveis. Tem uma proposta para levantar em cima dos recebíveis. Só pagam se for aprovada essa proposta ou receberem o dinheiro da negociação que fiz do Philippe Coutinho. Senão não pagam. Acham que não têm que pagar".

"Mandam os empregados todos embora. Os empregados vão embora. Marcam com eles para fazer a homologação na segunda-feira. Chega lá e nada. \"Que vão reclamar na Justiça\". Isso é o negócio chamado credibilidade, transparência, modernidade. Vou abordar, porque são tantas coisas".

O grande benemérito responde a José Henrique Coelho, presidente do MUV (Movimento Unido Vascaíno) e vice-presidente de marketing na gestão de Roberto Dinamite, que assinou uma coluna no site SuperVasco fazendo uma série de acusações à sua administração.

"Quero abordar o que esse senhor escreveu, em uma coluna que ele assinou, dizendo uma série de inverdades. Vou abordar assunto por assunto, para mostrar como, infelizmente, estou vendo a situação muito negra no Vasco. Negra não é no sentido do negro pejorativo. Não tem nada e nem nenhuma ligação com o negro. Muito pelo contrário. Se tivesse alguma ligação com o negro, estava ótima a situação do Vasco. Ela está negra, do lado que a gente coloca, no sentido, quando se tinha uma colocação do negro, como se estivesse obscuro. Faltando luz. Exatamente. Quando falta luz. É só isso, justamente isso. Faltando muita luz".

LEILÃO DO COLÉGIO VASCO DA GAMA

"Vamos agora pontualmente para cada caso. O problema do leilão da escola. Está aqui. Não é tratado por eles, é tratado por nós, nas diversas ações. Primeiro, ele mente, dizendo que foi um sócio que morreu na piscina, que não tinha salva-vida. Mentira. Esse rapaz pulou na piscina. Pulou o muro e apareceu morto na piscina de manhã. É claro que de noite não tem salva-vida. E diz que correu à revelia pelo seguinte, porque o Vasco nem citado foi. Fizeram a ação contra Club de Ragatas Vasco da Gama. Se você tirar no Tribunal de Justiça, não vai encontrar essa ação no nome de Club de Regatas Vasco da Gama. É Club de Ragatas. Tudo bem. Mas a ação correu, como iria correr, contestada ou não contestada, como sempre, e como a gente tinha que fazer. Quando entramos em uma fase de execução, para contestarmos essa ação, demos um imóvel em garantia, como fizemos inúmeras vezes, com inúmeras ações, e sempre resolvendo. Vocês lembram, há tempos atrás, que eles também diziam que ia ter o leilão de São Januário e não sei o quê? A gente vai discutindo as ações até o ponto em que, se não tem mais condição de discutir, ou paga-se ou compõe-se. Isso é como funciona. Já tinha sido pedido, como fizemos em muitas ações, um parcelamento dessa dívida. Aliás, o pedido que estava lá, e vou revelar, era um pedido para parcelar em 30 vezes, como fizemos algumas composições de algumas dívidas. O valor da dívida, que é o valor inicial, de R$ 36 mil, está suspenso porque fizemos um pedido de parcelamento. Não foram eles que fizeram nada. Não venham com essa história de que eles foram... Nenhuma ação foi deixada ao abandono, para correr. Infelizmente, só uma, que levou a esse golpe, em que eles tomaram o Vasco. No golpe. Tomaram o Vasco no golpe. Para fazer, infelizmente, isso que estão fazendo com o Vasco. O assunto do leilão está sendo claro no negócio da escola, que não tinha leilão nenhum, o leilão está suspenso, foi requerido o parcelamento da dívida, só estava precisando da concordância da Defensoria Pública, e feito por nós. Nenhuma ação foi deixada de lado. Nenhuma".

TIMEMANIA

"Acho que o único clube regular na Timemania é o Vasco. O único clube que parcelou oficialmente a sua dívida do Fundo de Garantia em 240 meses, porque foi a única que, até agora, consolidou o débito e fez, foi o Vasco. Mais. Já pagou a sua dívida até 2014, com a recuperação dos créditos. Que dívida é que o Vasco tinha? Todas as ações que o Vasco tinha do Fundo de Garantia são anteriores e correspondem a mais da metade da dívida - ao período anterior a 1994. Todas as ações que lá tinham foram parceladas. O Vasco já parcelou oficialmente na Caixa [Econômica Federal] em 240 meses. Da mesma maneira, em relação ao Imposto de Renda. Todas as ações ajuizadas eram anteriores ao período de 2000. Desde 2001 que assumi no Vasco. Mas todas elas estão consolidadas. Foi requerido o parcelamento, só que a Receita [Federal], por problemas ainda internos, de botar no computador, etc, não consolidou a dívida e não fez o parcelamento. INSS, a mesma coisa. Foi cuidado por nós, como deveria ter sido feito, rigorosamente como tinha que ser feito".

LIQUIDAÇÃO PARA A ENTREGA DAS CHAVES

"Como é que o Vasco... Eles aprenderam e estão tentando ver se conseguem fazer igual. O que fazíamos? Não tínhamos condição de sobreviver com a receita e trabalhávamos com os recebíveis. O que é trabalhar com os recebíveis? Expliquei a eles, porque é para eles aprenderem. Parece que eles estão fazendo, porque muitos, a maioria dos clubes está fazendo isso. Trabalhar com os recebíveis é algo que não foi criado por nós. Foi criado, por exemplo, na Europa. Eles fazem isso muito. É você pegar um contrato e negociar esse contrato, ter antecipação da receita desse contrato. Os grandes clubes europeus funcionam assim, desse maneira, trabalhando em cima dos recebíveis. Conseguimos criar uma situação, em que trabalhávamos em cima dos recebíveis. Todo mês tínhamos quais eram os compromissos que teríamos para aquele mês, principalmente da folha de pagamento e dos acordos que a gente fazia. Fazíamos uma operação em cima dos recebíveis, tomando dois meses para a frente, mais dois meses depois no outro mês. Invariavelmente, fazíamos uma operação de R$ 2,5 milhões, às vezes de R$ 3 milhões, para cobrir todos os pagamentos do mês. Fomos fazendo e fazíamos isso. Eles podiam ter pago os salários se quisessem. O que eles estão pedindo agora, já podiam ter pedido".

"Ele por exemplo acusa que no mês de junho foram feitas três operações. Mente. Não foram feitas três. Foram feitas duas. Uma no início do mês, porque no mês de maio não foi feita operação. Estava naquela história de você ter um novo contrato. O contrato ainda não estava assinado e você não podia negociar. Fez uma operação no dia 2 e outra no dia 20. O Vasco invariavelmente fazia uma operação no dia 20, 18, 19. Não houve nada de diferente. Houve isso".

"Esse mês, por exemplo, eu não ia fazer operação, porque já tinha negociado o Philippe Coutinho e ia utilizar do Philippe Coutinho. Se precisasse no mês seguinte, eu fazia. Quando aparecia em uma negociação, a gente não precisava tomar o dinheiro, fazer o empréstimo dos recebíveis. Funcionava dessa maneira".

TCU (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO) - TERRENO EM DUQUE DE CAXIAS

"Uma outra acusação que foi feita aqui. O problema do TCU. Vocês já conhecem bem o problema do TCU. Quem andou procurando o Marcus Vilaça - que foi quem deu o despacho - e andou dando camisa para ele, foi esse cara mesmo. Esse cara mesmo é que deu para o Marcus Vilaça. Quem cutucou lá, foi esse cara. O Marcus Vilaça é que deu um despacho, que recorremos e estamos continuando recorrendo. Ele deu um despacho que a doação foi ilegal, o decreto foi ilegal. Ora, ilegal por quem? Então vai lá prender o Fernando Henrique [Cardoso]. Qual foi a ilegalidade do Vasco? O Vasco tem uma ação do Seu Jorge Azevedo, que era um dos grileiros que estavam no Vasco de Caxias. Continua essa ação. Que ele vá cobrar da União agora, se é que prevalece isso que está aqui. Quem contribuiu, desde o início, cutucando para fazer esse tipo de coisa, foram eles. O Vasco gastou, não só com grileiros, como contratando advogados, escritório de advocacia em Brasília, para contestar essa decisão do TCU".

PERDA DO ACORDO COM O TRT (TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO)

"Perda do acordo com o TRT. Ninguém perdeu acordo nenhum, muito pelo contrário. Vão lá e cumpram. Assinem vocês o acordo. Não queira que eu fique o fiel depositário. Vocês é que têm que ser fiéis depositários. Vão lá e assinem o acordo. O que pedi foi a substituição, porque sou o fiel depositário de um acordo. Se eu não pagar, posso ser até preso. Vão lá e assinem".

CONTRATO DOS JOGADORES SEM GARANTIA DE CLUBE

"Que imbecilidade é essa? A maior prova que a gente dá, de que os contratos têm a maior garantia, é o exemplo do Leandro Amaral. Está aí, com toda a Lei Pelé e todo o não sei o que. É isso. Todas as garantias o Vasco tem. Todos os jogadores são".

"Não tem um jogador que tenha saído do Vasco, que não tenha sido por interesse do próprio Vasco. Os jogadores que tinham contrato e saíram alguns, às vezes não eram utilizados. De comum acordo, o jogador pedia para rescindir o contrato. Da vontade dele, se rescindia o contrato e ele era livre para ir para outro lugar. Enquanto tivesse o contrato e isso não acontecesse, o Vasco tinha que cumprir com as suas obrigações".

"A primeira coisa que eles fizeram. \"Vamos afastar os jogadores\". Como afastar, se o jogador tem contrato? Então paga o contrato deles todos. Quiseram fazer coisas que nunca fiz. O jogador [Gustavo] Breda, por exemplo. Ele teve uma lesão. Bruno Recife teve uma lesão. Foi operado e voltou. Sempre fiquei com os jogadores até a recuperação deles. Sempre foi uma política minha no Vasco não pegar um jogador que se lesionava e largar ele abandonado por aí. Jogadores nossos, ali, que começaram de meninos. Sempre adotei esse tipo de político. Aí chegam lá \"Lista\". Outro bota \"Barca\". Como se você pudesse chegar e fazer da maneira como eles estão fazendo".

"Tudo isso, a propósito, reflete nos que lá estão, porque o cara raciocina assim \"Amanhã vão fazer comigo\". \"Hoje estou assim aqui à parte\". O cara não cometeu nenhuma indisciplina, cumpriu sempre com as obrigações dele. Por que ele tem que estar à parte? Raciocina o jogador, o outro que está lá \"Amanhã sou eu\". Isso tudo reflete no grupo".

PLACAS DE BRONZE PARA FAZER ESTÁTUA DE ROMÁRIO

"Que barbaridade o que foi dito aqui, que as placas de bronze foram derretidas para fazer o Romário. Que coisa. A que ponto o Vasco chegou, com essa gente falando pelo Vasco. A que ponto de desmoralização o Vasco chegou".

EXIGIR A APROVAÇÃO DE CONTAS

"Exigir a aprovação de contas. Outra mentira grossa. Não foi a reunião. Foi antes da posse, em uma reunião. Eu já disse isso aqui. Tinha três situações que eu queria, para me afastar totalmente. Eu queria a retirada de todas as ações, não queria retaliação e queria uma coisa que é um direito, e vou fazê-lo, de prestar as minhas contas até os seis meses. E ele diz que isso aqui foi uma exigência. Nessa reunião não se colocou nada. Não tinha nem tomado posse".

"A seguir, fui procurado pelo Seu José Carlos Osório [presidente do Conselho Deliberativo] e o Seu [José Hamilton] Mandarino [segundo vice-presidente]. Passei a eles duas coisas. Vou falar a respeito disso que tem aqui. Duas coisas eu coloquei. São coisas que estavam sendo mantidas em sigilo, porque não importam. Uma é a venda do Philippe Coutinho, que realmente ele manteve em sigilo, também por interesse em relação aos outros. E tem uma dívida - que vem do ano de 2000 - que tem uma confissão de dívida, foi repassada, está no balanço do Vasco e vem passando no balanço do Vasco todos os anos, absolutamente discriminada. São R$ 4 milhões e tanto. Eu não sabia qual era o valor certo. \"Essa dívida tem uma confissão de dívida. Também vou repassar isso para vocês\". Foi o que fiz".

"E esse cara se ventou a teta contra uma figura que tem um passado de Vasco, como o Amadeu Pinto da Rocha, de 50 anos de serviços prestados ao Vasco. É tratado da forma como é tratado por esse indivíduo. Vamos ter que ir à Justiça. Estou respondendo isso, mas eu não queria responder. Eu não queria trazer as coisas do Vasco, da forma como estou trazendo, porque acho que isso é um assunto interno. Mas as acusações passam a ser públicas e muitas pessoas dizem que a gente não responde porque quer esconder alguma coisa. Garanto o seguinte. Tudo, absolutamente tudo, está espelhado nos balanços do Vasco. Não tenho absolutamente nada a esconder. Nada. Agora, tenho a obrigação de defender as pessoas que trabalharam, colaboraram comigo, principalmente uma figura que era o vice-presidente de finanças, quem apresentava os balanços, como o Amadeu. É uma figura absolutamente inatacável. Eles passavam a tratar um grande benemérito do Vasco, como ele é, da forma como está sendo tratado".

"O Seu Geraldo Teixeira, quem o conhece sabe que figura é o Geraldo Teixeira. É tratado aqui da forma... Todos sabiam e sempre pagaram ingresso. Uma das coisas que instituí lá, que era para colaborar, era que os meus diretores todos pagassem ingresso. Quase todos os diretores compraram uma coisa chamada pacote. O cara às vezes... Nesse dia o Geraldo não levou o ingresso do pacote. Barraram o Geraldo e disseram que ele não queria pagar ingresso. Tratando o Geraldo como ele trata aqui".

GABINETE DA PRESIDÊNCIA

"Chama o gabinete da presidência do Vasco. Não encontrei um dos estrangeiros - posso chamar assim, de estrangeiros -,que lá tenha ido, e não tenha elogiado aquele gabinete. Chama de sala da vergonha, sala do antigo presidente. Aquela não era a sala do antigo presidente. Aquela era a sala, o gabinete da presidência do Vasco, que foi ocupado pelo [Antônio Soares] Calçada e depois por mim. Ele enxovalha dessa maneira".

PAPÉIS ESCONDIDOS

"Os papéis anteriormente escondidos. Não tinha papel nenhum escondido. Tinha papel com cuidado, para evitar que eles fizessem as denúncias, como levaram para a CPI, para fazer as denúncias. Como levaram outras, como esse que falei do TCU. E outras, em que eles foram os autores, de fazer contra o Vasco".

PREJUÍZO NO MARACANÃ

"Prejuízo no Maracanã. Conhecem nada de nada. Prejuízo, eles estão dando quando admitem esse contrato com a BWA, que é altamente lesivo. Eles estão fazendo uma reportagem em cima agora do Fluminense. Eles tinham que fazer reportagem em cima da BWA. É ela que emite os ingressos. Nunca permiti. Jogo do Vasco era feito ingresso físico. \"Tem contrato no Maracanã\". \"Não importa. Nada de ingresso online, porque não sei quantos foram emitidos. Quero ingresso físico, contado\". \"Tenho contrato com o Maracanã\". \"Paciência, então o Vasco não jogo na Maracanã. Para jogar, ingresso físico\". Conclusão disso. Vasco x Flamengo no Maracanã. Ingresso físico: R$ 45 mil. Ingresso online: R$ 115 mil. O mesmo número de ingresso. Somente uma diferença de R$ 70 mil. Era o que acontecia. Eles não satisfeitos, foram para o jogo do Fluminense de novo com ingresso online. Já dizia um filósofo antigo, que errar é humano. Agora, persistir no erro é burrice. Burrice ou má intenção".

Eurico comenta uma matéria do jornal Valor Econômico, a respeito de debêntures.

"Valor Econômico. Isso é um negócio antigo, de uma imbecilidade tão grande. A conclusão minha é a seguinte. Que importa que eu tenha jogado no meu ativo algo, como um papel, jogando no meu ativo, por um determinado valor? Que importa que eu tenha colocado aquilo valendo R$ 35 milhões ou se tivesse aquilo botando valendo por R$ 15 milhões? Qual é a diferença? Vamos botar logo caro e explicar o que é. Aonde está lesando em alguma coisa? Aonde tem algum erro de natureza contábil ou fiscal? A única coisa que pode refletir, quando você joga um papel por um determinado valor, e que você está jogando no ativo, é que naquela... Quando você chega ao patrimônio líquido, vai chegar se ele está positivo ou negativo. Mas o que tem isso de natureza contábil? Não tem. Agora vou explicar direitinho o que é isso. Primeiro, para mostrar que não tem ilegalidade nenhuma", veiculado na Rádio Bandeirantes.

"De onde partiu isso tudo? Partiu desdes os primeiros balanços lá atras. O Seu Antônio Miguel Fernandes, que é o presidente do Conselho Regional de Contabilidade. Ele foi eliminado do Vasco, junto com outros. É participante do MUV [Movimento Unido Vascaíno]. Está lá agora junto com eles. Qual é a isenção que ele tem para fazer alguma análise de alguma coisa? Absolutamente nenhuma. Ainda dizem que o presidente não participa disso. Que cascata é essa? Vai cascatear em outro lugar, que não participa".

"Agora, temos um laudo. Comprei debêntures, pelo valor real delas. Não paguei nem mais, nem menos. Para me aproveitar possivelmente de créditos futuros, que a gente tenha em relação... É um assunto que se discute a débitos fiscais. Tem o laudo de perita contábil, que mé dá aquele laudo. Lancei no meu balanço esse valor. Aonde é que está a irregularidade nisso? Qual é a irregularidade? Qual é ilegalidade que tem nisso? Tenho o laudo de uma perita contábil, dando o valor daquelas debêntures. \"É questionável\". Paciência. As perícias são questionáveis. Eles não deram o golpe em cima daquele Jabás e Farsantes [Jharbas Barsanti]? Não deram lá aquele golpe? São os peritos. É um perito juramentado, etc. Está lá o laudo. Qual é a irregularidade? Nenhuma".

"Aí eles querem botar o negócio preparado, porque o Amadeu respondeu muito bem a isso. Eles estão preparando, querendo preparar... Eles não estão preocupados em administrar o Vasco. Eles estão preocupados em dizer o seguinte. \"Rombo em 2005\", \"Rombo em 2006\", \"Rombo em 2007\". Eles estão preocupados em rombos, para justificar a sua incapacidade. O Amadeu disse muito bem. Os balanços foram aprovados, auditados por uma auditoria independente, aprovados pelos Conselhos, devidamente registrados, homologados. Vai discutir o quê? O que eles querem discutir?".

"A preocupação deles, ao invés de estar cuidando da administração, é cuidar disso, fazer um preparatório para justificar toda a situação que eles vieram falando durante esses dez anos todos. Preparatória do golpe, para justificar o golpe. Isso tudo é na tentativa de justificar o golpe. Eles dizem \"O Vasco tem uma dívida de R$ 300 milhões\". Aí eles são surpreendidos. Vem lá O Globo, que é um jornal altamente isento em relação ao Vasco, que todos sabem da isenção dele em relação ao Vasco (sendo sarcástico). Publica, por uma auditoria paulista, os clubes. Botaram. Quem quiser, que leia isso. Mostra como é a situação do Vasco. Isso foi feito pessoalmente por mim e um advogado que contratamos para ver o negócio da Timemania. Contrataram para dizer porque o Vasco tinha isso, aquilo. Chamaram esse advogado. Como ensinar? As coisas profissionais vai ensinar? Tem um contrato lá. Paguem a ele os honorários que tem que pagar. Honrem os compromissos".

FOLHA SALARIAL

"Uma das coisas elementares que tem na sociedade civil é que a sucessão responde por tudo que é anterior. Honrem os compromissos. Eles não se preocuparam em honrar os compromissos. Eles se preocuparam em dizer que tinha uma folha inchada, que foi inchada uma folha às vésperas. Que mentira. A folha do Vasco... O futebol do Vasco é a menor folha do Brasil, dos clubes da primeira divisão. Isso era a mágica que a gente fazia no Vasco. A folha total do Vasco, com o futebol e os funcionários, nunca ultrapassou R$ 2,1 milhões. Isso o Corinthians pagou de luvas a um treinador".

MULTAS

"Que criamos multas. Outra maledicência. Nada foi criado. Então fiz alguma coisa achando que ia acontecer esse golpe no Vasco? Claro que não. Nunca me passou na cabeça que esse golpe fosse acabar sendo concretizado. Nunca admiti que isso pudesse vir a acontecer. Mas infelizmente aconteceu e estão lá".

PERMITIREM QUE COELHO FAÇA TAIS ACUSAÇÕES

"Acho o seguinte. Cheguei à seguinte conclusão, infelizmente. Eles costumam dizer que eles é que controlam, mas eles não controlam nada. Esse cidadão é que controla eles todos. É sempre muito bom você dizer que não... Há uma situação diferente. Vocês me acompanharam no Vasco durante esses anos todos. Eu nunca disse que o que fulano falou não era responsabilidade minha. Ou eu encampava o que ele tinha falado, ou ele zunia da minha frente. Eu nunca botei alguém falando em nome do Vasco e eu dissesse \"Não, isso é opinião dele\". Alguém tem que ter responsabilidade. Um lá em cima tem que ter responsabilidade. Sempre tive e assumi a responsabilidade. Agora não tem quem assuma a responsabilidade".

CASA QUE NÃO TEM PÃO, TODOS RECLAMAM E NINGUÉM TEM RAZÃO

"Quando você ouve esse moço [Manuel Fontes, o Neca, vice-presidente de futebol] que foi para o futebol dizer \"Casa onde falta pão, todos discutem e todos têm razão\". Que pão que falta? Que coerência? Onde é que falta pão, se o cara chega e diz que o Vasco tem as melhores instalações, tem instalações de primeiro mundo? Que pão é que falta? Falta é capacidade e competência".

ESTADUAL DE REMO DE 2008

"Acho que o Vasco tem uma bela vantagem, mas podem botar fora. Construiu uma vantagem, que se as coisas correrem como têm corrido... Só quero saber se eles vão pagar a folha do remo, se esse patrocínio [Cavacas] é integral pagando a folha do remo. Não sei. Não devem ter pago. Não pagaram a ninguém. Não pagaram a desse mês, até o dia 20. Espero que paguem até pelo menos a regata".

O QUE PODE SER FEITO PELOS BENEMÉRITOS SOBRE OS \"DESMANDOS\"

"Nada".

Fonte: Vasco Expresso
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