Futebol

Ex-presidente do Botafogo pede suspensão de 6 meses para Rildo

Carlos Augusto Montenegro engrossou o coro dos revoltados com a entrada de Rildo em João Paulo, que tirará o melhor jogador do Botafogo em 2018 por pelo menos quatro meses. Depois de Alberto Valentim e do agente do meio-campista, o presidente da conquista do Brasileiro de 1995 se manifestou nesta segunda-feira e pediu punição dura ao atacante adversário e a Leonardo Garcia Cavaleiro, árbitro da vitória vascaína por 3 a 2 sobre o Alvinegro, no domingo.

- Toda semana sai ofício que o juiz que eles ensinaram, instruíram, errou. O certo seria o Rildo ficar seis meses sem jogar, e o árbitro, seis meses sem apitar. Dizer que pode apitar de novo é um incentivo para quebrarem pernas de jogadores e tomar só amarelo. Estão estimulando a violência, é uma vergonha - protestou.

O Botafogo entrou na tarde desta segunda-feira com uma representação contra Leonardo Garcia Cavaleiro na Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj).

"À FEDERAÇÃO DE FUTEBOL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - FERJ

A/C. Ilmo. Sr. Rubens Lopes da Costa Filho - Presidente

Prezado Presidente,

Servimo-nos do presente para manifestar o absoluto inconformismo do BOTAFOGO com a lamentável atuação do árbitro LEONARDO GARCIA CAVALEIRO na partida de ontem (18/03), diante da equipe do CR Vasco da Gama, válida pela 6ª rodada da Taça Rio (2º Turno do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro 2018), no Estádio Nilton Santos.

Logo no início do jogo, o jogador Rildo, do Vasco da Gama, atingiu de maneira temerária e violenta o atleta João Paulo, do BOTAFOGO, causando revolta imediata, no Estádio ou fora dele, em todos que presenciaram a aludida conduta antidesportiva. Naquele exato momento, já fora constatada a gravidade da lesão provocada no jogador do BOTAFOGO, devidamente comprovada pelas imagens.

A falta sofrida pelo atleta João Paulo acarretou em fratura de tíbia e fíbula, de maneira que o jogador seguiu imediatamente para um hospital, sendo operado ainda ontem pelos médicos do BOTAFOGO.

Contudo, sem qualquer compromisso e, acima de tudo, respeito com os participantes do evento, o árbitro LEONARDO GARCIA CAVALEIRO ousou aplicar tão somente uma advertência ao jogador Rildo, do Vasco da Gama, mesmo diante da cristalina infração cometida pelo referido atleta. É inconcebível que um lance de tamanha violência acarrete apenas um cartão amarelo ao infrator, ficando configurado o erro crasso cometido pela arbitragem.

A conduta imprudente e temerária do atleta Rildo, assumindo o risco de causar lesão no adversário, o que infelizmente ocorreu de maneira efetiva e visível a olho nu no gramado da partida, era merecedora de expulsão direta pelo árbitro, com a aplicação de cartão vermelho. O Sr. LEONARDO GARCIA CAVALEIRO presenciou o resultado da falta praticada pelo atleta do Vasco da Gama e o atendimento ainda em campo ao jogador João Paulo, mas ainda assim optou pelo descumprimento da regra ao somente advertir o atleta Rildo.

Mas a indignação e revolta não ficaram apenas no campo de jogo, com a infeliz atuação do árbitro LEONARDO GARCIA CAVALEIRO. Ainda na noite de ontem, horas após a partida, a COAF-RJ (Comissão de Arbitragem de Futebol) publicou no site oficial da FERJ que, após uma reunião por teleconferência, o GGP (Grupo de Gerenciamento de Problemas) decidiu “pelo não afastamento do árbitro, levando em consideração sua atuação durante os oitenta e oito minutos da partida, que fora disputada de forma leal pelos atletas de ambas as equipes”.

Tão lamentável quanto o erro grosseiro cometido pelo Sr. LEONARDO GARCIA CAVALEIRO, somente a avaliação sem fundamentos do GGP. A ausência de punição exemplar ao árbitro da partida entre BOTAFOGO x Vasco da Gama configura flagrante desrespeito aos ditames legais do futebol, em detrimento ao jogo limpo que almejam todos os participantes dos eventos esportivos.

Com efeito, a COAF-RJ e o GGP pareceram buscar a análise global acerca da conduta do árbitro no jogo, ao citarem explicitamente a “atuação durante os oitenta e oito minutos da partida”, deixando de lado momentos cruciais e decisivos, notadamente o FLAGRANTE EQUÍVOCO na conduta disciplinar, a fim de justificarem uma boa avaliação de seus comandados. Seria cômico, se não fosse trágico.

Desta forma, o BOTAFOGO solicita da FERJ as providências cabíveis junto à Comissão de Arbitragem de Futebol – COAF e ao Grupo de Gerenciamento de Problemas - GGP, para que o árbitro LEONARDO GARCIA CAVALEIRO seja devidamente afastado de suas atividades, tendo em vista o notório e inequívoco descumprimento das Regras do Jogo".

Cordialmente,
BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS
Nelson Mufarrej Filho
Presidente

Montenegro, aliás, se revoltou com o fato de a Coaf (Comissão de Arbitragem de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) ter considerado a atuação de Cavaleiro como satisfatória.

- Estou falando como torcedor, grande benemérito, sei das dificuldades do clube para montar o elenco. O campeonato estadual, principalmente a arbitragem, é um retrato do estado. Toda semana é uma reclamação. E o mais ridículo são os ofícios da comissão de arbitragem. Há três semanas, teve um gol em impedimento claro (de Rhodolfo), a comissão reconheceu o erro, afastou o juiz e disse que não teve influência no resultado, e o jogo foi 1 a 0.

Para o ex-presidente e grande benemérito alvinegro, a solução é a Ferj trazer árbitros de outros estados para apitar os jogos do Campeonato Carioca.

- Errar é humano, mas errar toda semana contra o Botafogo é desumano. A gente não vê reclamações dos outros times. Coincidências têm limites. Vamos ter jogo quarta e quinta, não custava nada o presidente da comissão reconhecer o baixo nível. Que se peguem árbitros de outros estados, garanto que o Botafogo arca com as despesas. O Botafogo teria uma mínima chance de disputar o título se os juízes fossem de fora. Os daqui não têm condições de apitar.

Fonte: ge
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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