Futebol

Ex-vascaíno que estragou festa de Ronaldinho Gaúcho está sem clube

"Antes de começar o jogo, me falaram no vestiário que ele estava chegando ao corredor do Maracanã. Como sou fã, eu larguei o que estava fazendo naquela hora e corri para porta só para vê-lo: ‘Caraca, mano! É o Ronaldinho Gaúcho!’".

É assim que Jhon Cley, então atacante do Vasco, se recorda de 19 de julho de 2015, o dia que avalia como o mais importante de sua carreira.

Aquele domingo deveria ficar marcado pela apresentação de R10 ao Fluminense, mas, ao final do confronto, todos só falaram do jovem vascaíno de 21 anos. Isso porque ele foi autor de uma assistência e um gol na vitória por 2 a 1 pelo Campeonato Brasileiro.

"Vou levar aquela partida para o resto da minha vida na minha memória. Era um jogo muito difícil e tinha muita pressão sobre a gente porque era apresentação do Ronaldinho Gaúcho, um mágico da bola! É um cara que sou muito fã mesmo", disse John Cley, em entrevista ao ESPN.com.br.

Os lances também ficaram guardados na memória do jogador. Primeiro ele deu um passe para Andrezinho abrir o placar para o Vasco. O Fluminense até empatou com Marcos Júnior, mas, antes do final da partida, o atacante acertou um belo chute de fora da área no ângulo da meta defendida por Cavalieri, que decretou a vitória cruzmaltina.

"Foi um belo gol, que vai ficar guardado para o resto da minha vida. Ver aquele mar de gente pulando e gritando. É inesquecível", recordou Cley.

Naquele dia, os vascaínos também vibraram por algo que estava além do confronto.

A chegada de Ronaldinho ao clube das Laranjeiras foi mais um capítulo na rivalidade entre as equipes. O Flu deu um chapéu no Vasco, mesmo após Eurico Miranda afirmar que "estava 90% fechado com o jogador".

Outro elemento que apimentou o jogo foi a polêmica sobre o posicionamento das torcidas no Maracanã. Os tricolores ficaram no setor à direita das cabines de rádio do estádio, tradicionalmente reservado aos cruzmaltinos.

"Depois do jogo eu vi nas redes sociais os torcedores do Vasco comentando sobre aquela velha discussão dos lugares no Maracanã da torcida. Eles falavam: 'A torcida do Flu queria ficar no lugar que era nosso para poder ver melhor o gol que o Jhon Cley fez' [risos]", recordou o atacante.

A única lamentação dele naquele dia foi não ter falado com seu ídolo. "Pena que depois do jogo eu não consegui vê-lo outra vez nem abraçá-lo ou falar com ele".

Ronaldinho teve uma passagem apagada pelo Fluminense: foram apenas 9 jogos oficiais e nenhum gol marcado.

EM BUSCA DE UM CLUBE

Dono de um nome bastante incomum, que parece saído de um filme de ação dos anos 80, Jhon Cley Jesus da Silva tem uma explicação igualmente curiosa para explicá-lo.

"O Jhon veio do cantor John Lennon. O Cley veio do nome do meu pai, que se chama Francus Cley. Deu nisso aí, Jhon Cley (risos)" explicou o atacante.

Ainda garoto, ele começou a jogar futebol em escolinhas do Distrito Federal antes passar por Brasiliense-DF e Olé Brasil, clube de empresários de Ribeirão Preto-SP.

Do interior paulista, ele passou por um longo períodos de testes no Vasco, antes de finalmente ser aprovado.

"Fiquei em São Januário e foi o clube que me acolheu e ajudou bastante na minha formação. Me profissionalizei por lá e foi um lugar que me deu conhecimento e fez tudo por mim", agradeceu.

Jhon Cley comemora gol contra o Fluminense Getty Images

Em 2012, ele estreou pelos profissionais na vitória contra o Boavista por 1 a 0 pelo Campeonato Carioca. Depois, revezou entre a equipe principal e a sub-20. Chamou a atenção na conquista da Taça BH de futebol júnior, em 2013, sendo artilheiro e considerado o melhor jogador da competição.

"Me destaquei muito com meus companheiros. Depois, fui chamado para seleção de base pelo técnico Alexandre Gallo e joguei um amistoso. Espero um dia poder defender a seleção principal", relatou.

Em 2015, Jhon Cley fez 30 jogos pelo Vasco e foi campeão do Campeonato Carioca, no mesmo ano em que frustrou a estreia de Ronaldinho, naquela que foi a melhor temporada no Brasil.

Depois, foi vendido ao Al-Qadisiya, da Arábia Saudita.

"Foi muito difícil porque não me adaptei. No primeiro ano já pedi para ser emprestado para voltar ao Brasil e fui ao Goiás. Fui campeão estadual e jogamos Série B do Brasileiro. Fiz uns jogos bons, outros não", analisou.

Ano passado, John Cley voltou ao time árabe, mas não conseguiu se destacar. "O clube e eu entramos em um acordo e veio a rescisão de contrato", relatou.

Jhon está sem clube há três meses e espera logo conseguir voltar ao futebol.

"Estou treinando com um personal trainer chamado Vágner Reis. Estou bem e firme porque creio em Deus que logo uma porta irá se abrir e preciso estar bem. Quero aparecer novamente", finalizou.

Fonte: ESPN Brasil
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