Futebol

Funcionários celebram a história do estádio de São Januário

Há 90 anos que São Januário serve de pano de fundo para todo tipo de história. Humilde e protetor, acolhe todos, sem distinção: desde presidentes e craques, até pessoas simples, como seu Agenor e dona Denise. Hoje, no dia em que festeja seu nonagésimo aniversário, ele é celebrado em meio a desafios e uma certeza: não importa o que aconteça, será para sempre um templo, tanto do futebol mundial quanto de quem o reconhece como casa.

Afinal, por que seria diferente para alguém como Agenor Mariano de Brito, que trocou João Pessoa pelo Rio e, sem ter onde morar, passou três meses vivendo no estádio? O paraibano bom de natação chegou à Colina no distante ano de 1955. Para ser mais exato, foi contratado em 1º de abril de 1955. São 83 anos, 62 como salva-vidas e um orgulho.

- Quando eu morrer, vou levar comigo a alegria de nunca ter deixado ninguém se afogar na piscina do Vasco. Conheci o presidente Eurico Miranda quando ele tinha dez anos e frequentava o clube - lembra, aos risos.

Quando fala de São Januário, ele se emociona. Viu o estádio brilhar intensamente e depois ser ofuscado pelo abandono. O parque aquático lentamente se recupera da pior crise que viveu, entre 2012 e 2014, na gestão de Roberto Dinamite, quando esteve fechado, com as piscinas vazias, tomada de entulho e mosquitos. Seu Agenor fala da Colina com a gratidão de filho e o zelo de pai.

- Quando estou no Vasco, é como se estivesse em casa - disse, embargado: - Veja, a água da piscina está linda de novo. Quando for reaberta, vamos nadar aqui.

Mãezona de Milton Mendes nos anos 1980

Aos 90 anos, São Januário luta contra o desgaste do tempo. De 2015 para cá, ganhou novo campo de treinos e o Centro Avançado de Preparação, Recuperação e Rendimento Esportivo (C.A.P.R.R.E.S), mas sofre para conter o encolhimento da capacidade, decorrente das regras mais rígidas de segurança. Em 1978, recebeu 40.209 pessoas, seu público recorde, mas atualmente só suporta 21.880 torcedores. Em meio à situação econômica difícil, os diversos projetos de ampliação e modernização nunca saíram do papel.

Justamente a distância em relação aos tempos áureos é o que mexe com Denise Garcia. Quem a conhece, diz que o Vasco pararia se não contasse mais com os serviços da supervisora administrativa do futebol, há 31 anos na função. Por suas mãos passaram a papelada dos nomes mais importantes da história do clube, como Roberto Dinamite, Romário, Edmundo e tantos outros. De um, bem menos cotado, lembra bem.

- Quando o Milton (Mendes, atual técnico do Vasco) estava começando, ele ia até minha sala e pedia para usar o telefone, porque não tinha dinheiro para comprar a ficha do orelhão.

Assim, adotou o Vasco e os jogadores. Sem filhos e divorciada duas vezes, afirma:

- O Vasco é o amor da minha vida. Só espero que, nos próximos 90 anos, quem vier para cá tenha o mesmo amor que tive esse tempo todo.

Fonte: Extra
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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