No último domingo, o caos tomou conta do Maracanã e muitos vascaínos não puderam assistir à partida. Os 60 mil ingressos colocados à venda não foram suficientes para a imensa massa de vascaínos que compareceu ao estádio.
Sem ingresso nas bilheterias, cambistas circulavam livremente vendendo cadeiras inferiores (ex-geral) por valores entre 50 e 110 reais, mesmo após os 30 minutos do primeiro tempo.
A falta de comando da PM aliada à desorganização dos funcionários da SUDERJ, que liberaram os portões das cadeitas inferiores por pressão de torcedores sem ingresso, deu início a confusão que só não foi pior porque os torcedores vascaínos protestaram civilizadamente. A atitude precipitada dos organizadores da partida em liberar os portões por pressão dos torcedores sem ingresso deixou de fora milhares de vascaínos que tinham ingresso, mas que passaram todo o primeiro tempo do lado de fora do estádio tentando entrar.
Sem informação, o funcionário Araújo que portava um crachá da SUDERJ limitava-se a dizer que não liberaria nem os torcedores que possuiam cadeira cativa e que pagam anuidade para ter este direito.
Descumprindo a lei, os policiais militares informavam aos torcedores revoltados que o comandante da operação havia dado ordens para barrar inclusive os torcedores que tivessem ingressos, pois não havia mais lugar dentro do estádio e que não poderiam fazer nada para garantir o direito dos torcedores com cadeira cativa que insistiam em mostrar o número de suas cadeiras para os policiais.
Pressionados pelos vascaínos e por pessoas que passavam mal, os policiais consultavam um senhor de camisa amarela e calça branca que atendia pelo nome de Seixas, mas que mostrava-se pouco sensibilizado com as cenas de mulheres e crianças passavam mal e choravam.
A suposta alegação do comandante da PM não era verdadeira, mas explicável, uma vez que depois das obras que colocaram cadeiras verdes, brancas e amarelas nas arquibancadas, a polícia militar e a SUDERJ ainda não encontraram uma forma de organizar a divisão das torcidas quando uma delas é muito superior a outra.
No jogo de domingo, enquanto vascaínos dividiam em dupla cada cadeira, no espaço reservado a torcida do Botafogo era possível se observar cadeiras vazias e muito espaço sobrando, entretanto, novamente a Polícia Militar não deixava que os vascaínos se dirigissem para aquele local, mesmo sabendo-se que historicamente as torcidas de Vasco e Botafogo se respeitam e não se enfrentam em brigas.
No passado, quando não havia cadeiras nas arquibancadas, era comum que as torcidas solicitassem a retirada do cordão de isolamento feito por policiais e assim assistiam os jogos sem confusão.
Confira as fotos que demonstram a incompetência dos organizadores.
Em menor número botafoguenses não conseguem lotar cadeiras verdes
Imensa torcida vascaína é obrigada a se espremer por falta de organização da SUDERJ e da PM
NOTA DO SUPERVASCO.COM: O site SUPERVASCO.COM aconselha a todos os vascaínos que se sentiram lesados a procurarem seus direitos na Justiça contra os organizadores da partida, incluindo o Botafogo de Futebol e Regatas, mandante do jogo.