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Jean foi titular em 18 das 19 partidas do Vasco no 1ª turno

Titular em 18 das 19 partidas do primeiro turno, o Jean é um dos principais destaques do Vasco da Gama na atual edição do Campeonato Brasileiro. Contratado no início da temporada junto ao Corinthians, o jogador possui apenas 22 anos, mas pode facilmente ser considerado um dos líderes do atual elenco cruzmaltino. Foi nessa condição que o volante concedeu entrevista coletiva na noite da última segunda-feira (08/08) no Complexo Esportivo de São Januário. 

Na ocasião, o "cão de guarda" comentou a situação envolvendo o técnico Milton Mendes, lamentou a atitude tomada pelo zagueiro da Ponte Preta, negou problemas de relacionamento no vestiário do Gigante da Colina e afirmou que o grupo receberá Nenê de braços abertos, caso o meio-campista consiga superar as etapas colocadas pelo departamento de futebol para o seu retorno ao elenco. 
- Episódio envolvendo Milton Mendes e Rodrigo, zagueiro da Ponte Preta

"Coisas ruins repercutem fácil e muito rápido. É um assunto desprezível e que não dá para tratar de uma maneira tranquila, de uma maneira branda. Foi algo, querendo ou não, que transpassa o limite de respeito, sobre tratar bem as pessoas, sobre não ter violência nas arquibancadas. Nós temos que dar exemplo dentro de campo, até porque somos o espelho para uma criança que está acompanhando a partida. Quando começou o acontecimento, eu fiquei assustado, não esperava. Eu estava conversando com o Lucca, depois fui na direção do vestiário e encontrei o Rodrigo, que estava no caminho. Parei para cumprimentar ele porque é um ex-companheiro de equipe, um cara que me apresentou muito bem o Vasco quando eu cheguei, que falou exatamente do que o clube estava precisando. Agradeci a ele por tudo que fez. Nesse pequeno tempo que ficamos juntos, ele simplesmente parabenizou por tudo que eu estava vivendo no clube, os momentos, os jogos que tenho feito. Ali, já quase se despedindo, foi o momento que o professor Milton chegou para nos chamar. Na hora que aconteceu, no momento que o professor Milton foi empurrado, ficamos surpresos. Quem vai esperar que uma coisa dessa vai acontecer? Quando o Paulo Vitor esboçou uma reação, eu sai em defesa, mas pedi perdão ao professor Milton porque minha reação pode ter sido tardia. De qualquer forma, quando percebi que poderia acontecer algo mais grave, tomei a decisão de ir até lá e me coloquei à disposição do professor Milton. Eu sabia que não poderia acontecer algo pior, por mais que o Rodrigo tenha tomado essa atitude, que eu acho totalmente errado. A partir do momento que agride uma pessoa, você acaba perdendo a razão. Fiquei vendo as imagens e pensando ontem em tudo que aconteceu. É algo que não pode acontecer, principalmente porque a família do professor estava no estádio, vieram de Portugal. Eu fico pensando o que a família dele achou ao ver aquela cena. Fica o apelo de que a gente tenha o máximo de respeito e seja vigilante em relação ao que fazemos dentro de campo. Há muitas pessoas que se espelham na gente e que olham o nosso caráter para fazer igual. Vi pessoas me chamando de covarde porque não ajudei o professor. Como é que eu não vou ajudar um cara que de 19 jogos eu joguei 18? Um cara que todas as vezes que eu chego e digo que estou confuso, ele me chama para conversar na sala dele"

- Ambiente ruim no vestiário do Vasco

"As pessoas têm criado algo em torno do grupo do Vasco que o grupo não gosta do treinador, não gosta da transparência do treinador, não gosta de ser cobrado, o grupo é mimado. Eu queria ver isso no dia a dia. Nós somos cobrados e sabemos que a cobrança que ele faz é para o nosso melhor. Quando isso acontece, nós buscamos fazer mais dentro dos treinos. Se a gente fosse jogadores perfeitos, não estaríamos nem na Europa, mas em outra galáxia. Não existe jogador perfeito. As pessoas estão criando uma ilusão em cima da gente. Falam bastante de uma reunião que teve entre os atletas, mas esquecem de falar que antes dela, na sexta, teve uma reunião com o presidente Eurico, onde ele cobrou todos os jogadores. Disse que a nossa visão já estava começando a ficar distante do nosso objetivo. A nossa visão não é de quem vai olhar para baixo, mas de quem vai brigar e olhar para a parte de cima da tabela. Nos reuninos no sábado justamente para discutir isso. E as pessoas falam que há complô dentro do Vasco contra o treinador. E por qual motivo existe complô? A nossa meta era atingir no mínimo 30 pontos no primeiro turno, não atingimos, por isso no sábado nos reunimos como grupo e vimos que algumas coisas precisavam ser melhoradas e cobradas por nós dentro de campo. Não dá para aceitar gol no começo do jogo, por exemplo. Também não dá para tolerar atraso nos dias de treino. São mínimos detalhes que precisavam ser corrigidos. Em Campinas, antes do jogo, nos reunimos com o professor Milton em condição de igualdade. Ele colocou uma cadeira na nossa frente e falou que não estava um passo acima, mas numa condição igual a nossa naquele momento. Foi quando começamos a conversar em relação ao clube, ao time, o que deveria melhorar. Sentamos para resolver tudo isso. Tínhamos que ter de novo aquela vibração, o ímpeto do começo do campeonato"

- Aceitação de Nenê no grupo do Vasco

"O nosso grupo é muito aberto, que não tem dificuldade de aceitação, que não tem dificuldade em entender as coisas. O caso do Nenê foi algo muito rápido. A princípio, não estava sendo exposto nada para nós, assim como não estava sendo para vocês. A diretoria decidiu blindar todos nós e o Nenê, até porque não se sabia se ele queria realmente ficar ou ir embora. Agora que o primeiro passo foi dado e ele acertou com a diretoria, agora cabe ao professor Milton o que espera dele como treinador. O afastamento do Nenê não aconteceu por conta do Milton, todos nós aqui dentro sabemos disso. Nós como grupo sentimos falta, até pela experiência, qualidade técnica e pela maneira que ele lidava com o grupo. A partir do momento que cada jogador que está no Vasco entende a dimensão do clube e que o Vasco é maior que tudo, ele será aceito não só pelo grupo de jogadores, mas pela diretoria, pelo treinador e pelo torcedor. Cada pessoa tem direito a uma segunda chance. O Nenê poderia estar passando por um turbilhão de coisas naquele momento. Como amigo dele, eu sei o tamanho do peso que é ter o Nenê do nosso lado. A minha torcida é que tudo se resolva da melhor maneira possível. Que ele consiga se resolver com o professor Milton num diálogo saudável, pois o grupo irá recebê-lo de braços abertos".

Fonte: Site oficial do Vasco
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