Jornalista questiona negociações de Jhon Cley, Ricardo Graça e Nikolas

O Vasco negociou o meia John Clay, de 20 anos, com o futebol árabe, e fechou contrato com o meia de Jefferson (aquele!), de 31 _ duas negociações cujos valores não foram revelados.

O Vasco emprestou para o Vitória de Guimarães por estes dias o zagueiro do time de juniores Ricardo Graça, de 18 anos _ os valores não foram revelados.

O Vasco negocia com o Oliveirense, da Segunda Divisão portuguesa, o zagueiro Nikolas Mariano, de 22 anos, jogador com passagens pela base do Corinthians e que estava veiculado ao Flamengo de Guaratinguetá _ Nikolas jamais foi apresentado como reforço e será negociado sem nunca ter atuado pelo Vasco.

Valores das transações?

Nem pensar.

O Vasco conseguiu na semana passada que a Justiça revertesse decisão proferida a seu favor, em primeira instância, e que dava ganho de causa a um processo movido pelo vice de futebol José Luís Moreira, o Zé do Taxi, que diz ter a receber dívida superior a R$ 4 milhões _ quantia não comprovada por peritos e que baseou decisão da própria Justiça em primeira instância.

O Vasco contratou cerca de 30 jogadores em 2015, 14 deles com idade acima de 30 anos _ todos renegados por seus clubes de origem, fora de forma.

Os valores das negociações não foram anunciados.

O Vasco tem uma diretoria administrativa que assumiu o poder graças aos votos de sócios cadastrados na secretaria do clube com o simples intuito de elege-los no pleito de novembro passado _ e a primeira medida da nova administração foi dispensar os executivos que controlavam as finanças do clube e o gerenciamento do futebol, há anos combalido.

O Vasco é o último colocado do Campeonato Brasileiro, humilhado pelos adversários, e virtualmente rebaixado para a Série B pela terceira vez nos últimos sete anos _ seu time não faz um gol na competição há mais de um mês.

Todas, ou quase todas, as negociações para aquisições de reforços foram articuladas por Eurico Brandão, filho do presidente do clube, que recebeu do pai o cargo de assessor da presidência _ um advogado que no período de afastamento do pai não conseguiu mais do que um cargo de conselheiro (sic) de um deputado estadual.

Enfim, há uma série de histórias estranhas contadas nos bastidores de São Januário, todas com versões medonhas e esquisitas envolvendo malversação de verbas, negócios de compra e venda que fogem à regra do bom senso, e atos que beiram a senilidade _ dentre elas a de que o presidente não anda muito bem de saúde.

Onde estão os vascaínos inconformados com a situação em que o clube se encontra?

Por onde andam os magos que amaldiçoaram o maior ídolo da história do clube _ justamente aquele que desafiou derrubar a dinastia que se arrastava por mais de vinte anos?

O que será do Vasco, mergulhado em dívidas, atolado em ações que ainda cobram rescisões não cumpridas no início dos anos dois mil, e completamente sem credibilidade no mercado?

O que será do Vasco nas mãos dessa gente sem qualificação profissional, sem desejo de dar aos vascaínos uma administração moderna e sem competência para zelar por uma instituição gloriosa?

O que será do Vasco _ que se contentou rapidamente com o sarro mesquinho sem perceber o conto do vigário que viria como pano de fundo?

O que será do Vasco?