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Léo Jardim surge como herói no apagar das luzes no Maracanã

O primeiro clássico na temporada do Campeonato Carioca terminou sem gols no Maracanã. Porém, mesmo em um jogo disputado, marcado por lampejos pontuais, as duas torcidas saíram com a certeza de que poderiam ter levado os três pontos para casa. Do lado do Vasco, por causa das bolas inacreditáveis que Pablo Vegetti perdeu. No Flamengo, pelo pênalti batido por Gabigol e defendido por Léo Jardim no apagar das luzes.

O panorama geral da partida, como a própria força dos elencos ditaria, mostrou um rubro-negro tentando dominar as ações no meio, controlado inicialmente por Arrascaeta e De La Cruz, dupla que ainda não conversa da melhor forma em campo. Já o cruz-maltino entrou com uma linha de cinco defensores para povoar a frente do gol e apostar em saídas pelas laterais.

Dois principais jogadores sob o comando de Tite, os atacantes Pedro e Everton Cebolinha — que quase marcou um gol do meio de campo — não encontraram muito espaço. Tanto que o destaque do time foi o zagueiro Léo Pereira, responsável não apenas por salvar o Flamengo nas duas vezes em que Vegetti esteve de cara para o gol, como também por cabeçadas que levaram perigo ao gol do adversário.

Gabigol entrou no segundo tempo, junto de Bruno Henrique, e teve em seus pés a chance de dar a vitória ao rubro-negro, em um lugar onde costumava oferecer garantias de gols à sua torcida. Mas o atacante cobrou mal o pênalti, e Léo Jardim, que foi um dos melhores jogadores vascaínos na temporada passada e responsável por manter a equipe de Ramón Díaz na Série A, pulou seguro no seu canto esquerdo para virar o herói da noite.

— Com a ajuda dos nossos preparadores de goleiro, a gente busca sempre estudar e tentar ter alguma base do que eles podem fazer. Mas entra muito como está o andamento do jogo — disse o goleiro. — Fico feliz de poder ter defendido o pênalti e ajudado a equipe a sair com um ponto. Foi um jogo muito difícil, disputado, mas eu acho que vale o empate.

Aposta no contra-ataque

Apesar de permanecer em sétimo na tabela, agora com nove pontos, o Vasco pode se sentir satisfeito, pois o prejuízo poderia ter sido maior. Não era um dia de muita sorte, por exemplo, para o volante Jair. Após retornar de uma suspensão contra o Bangu, na rodada retrasada, quando foi expulso no começo da partida, ele sentiu uma lesão logo no início do clássico e precisou sair de campo.

Sem o volante, a equipe seguiu com a estratégia de explorar contra-ataques. A falta de efetividade do adversário, que dominava a posse de bola, também ajudou a equilibrar as ações. Numa boa chegada de Lucas Piton pela esquerda, Vegetti teve a grande chance do primeiro tempo, cabeceando sem chances para Rossi, mas vendo Léo Pereira se esticar todo para tirar a bola de dentro do gol.

Na segunda etapa — em que o rubro-negro trocou a camisa vermelha e preta pela branca —, a oportunidade foi ainda mais clara após um bate-rebate, onde ele parou uma vez na trave, e duas vezes no zagueiro rubro-negro, novamente.

Payet não conseguiu ser tão decisivo quanto em outros momentos, também se envolvendo em algumas batalhas com De La Cruz no meio. Vale destacar a estreia do atacante Adson, que mandou uma finalização próxima ao gol e mostrou as primeiras credenciais aos cruz-maltinos.

Pouca efetividade

Do outro lado, os problemas do Flamengo começaram antes mesmo de a bola rolar. Ayrton Lucas sentiu uma gastroenterite, e Tite improvisou Varela na lateral esquerda — Viña ainda não está regularizado —, deixando Wesley na direita. O jovem deixou muito espaço pelo seu lado durante a partida, justamente o setor onde o Vasco levou mais perigo. Rossi também não passou tanta segurança, saindo mal do gol em algumas oportunidades.

A cartada final de Tite foi lançar a dupla que marcou época no Flamengo, mas o campo mostrou porque Gabriel e Bruno estão no banco de reservas atualmente. Além do pênalti, o camisa 10 perdeu uma chance de cara para Léo Jardim. No fim do jogo, porém, manteve-se com o discurso otimista.

— Podia ter batido (o pênalti) um pouco mais forte. Foi um lance que ele (Léo) pôde ir muito bem. Fiquei feliz por ter jogado mais tempo. Temos muito pela frente — disse Gabi, antes de completar: — Estou muito bem, muito feliz. Tenho melhorado bastante das dores que vinha sentido desde o ano passado. Estou me sentindo 100% (fisicamente).

O rubro-negro também chegou aos nove pontos, e está na 6ª colocação, mas com um jogo a menos. Na próxima rodada, faz clássico contra o Botafogo, enquanto o Vasco encara o Audax.

Fonte: Agência O Globo
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