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Mandarino comenta situação financeira do Vasco

O segundo vice-presidente e vice-presidente do departamento administrativo, José Hamilton Mandarino, fala sobre a situação financeira do Vasco nos três primeiros meses da gestão de Roberto Dinamite.

\"A rigor, a minha participação nesses 100 primeiros dias foi quase que totalmente concentrada na questão financeira do clube. O financeiro é um ponto crítico, na medida em que recebemos o clube com um caixa negativo de R$ 150 mil. O que isso significava? Significava que o limite de crédito do banco que operamos, que é de R$ 50 mil, estava todo tomado, então havia uma dívida de R$ 50 mil, que se somava ainda a um empréstimo de R$ 100 mil, que fora tomado junto ao mesmo banco e constituía uma dívida de curtíssimo prazo, do Vasco perante esse banco, que é, naturalmente, o banco que concentramos todas as nossas operações financeiras. Tínhamos um negativo de R$ 150 mil e não tínhamos, como não temos, perspectivas de receitas regulares. Precisávamos concentrar todos os esforços em cima desse aspecto, para que um colapso maior não ocorresse. Eu acho que até aqui temos conseguido levar isso adiante, de maneira bastante razoável. Evidentemente que devemos considerar que nos dias mais recentes enfrentamos problemas, mas problemas decorrentes dessa crise geral, uma crise geral que levou a uma trava de todo o sistema financeiro nacional - os bancos pararam de operar. Infelizmente, fomos levados a uma medida, evidentemente que com os seus efeitos nocivos e negativos, que foi privilegiar os salários menores administrativos. Pagamos a todos os envolvidos na estrutura do futebol, aos funcionários. Entretanto, os salários maiores tivemos um atraso mais significativo, atraso esse que deverá estar sendo resolvido ainda esta semana. Agora, isso aí foi uma coisa que eu diria absolutamente incontornável, na medida em que tivemos de nos dobrar a todas as restrições de crédito e operações bancárias que enfrentamos nessas últimas semanas. Isso não diz respeito apenas ao Vasco, mas a todas as empresas, instituições, eu diria no Brasil e no Mundo. Esse eu diria que foi o momento mais crítico dessa penosa administração financeira, em que partimos de um negativo de R$ 150 mil, no primeiro momento, sem nenhuma perspectiva, na medida em que os principais contratos de patrocínio e contratos que, naturalmente, proviam o clube de recursos, já estavam tomados até junho de 2009. Exemplo. O contrato perante a TV Globo e o Clube dos 13 já havia sido antecipado até junho de 2009. Ginásticas financeiras, malabarismos financeiros tiveram que ser feitos, para que carregássemos o clube até aqui. E vamos continuar carregando. Precisamos sim chegar a dezembro desse ano. Naturalmente, a essa altura, com novos contratos de patrocínio firmados e, conseqüentemente, com a possibilidade de contarmos com recursos novos, para que possamos, de alguma forma, normalizar essa situação, que é uma situação sempre de administração emergencial. Esse caráter da administração emergencial eu espero que até o final desse ano possamos substituí-la por uma administração mais planejada, organizada e regular\", disse no programa \"Só dá Vasco\", veiculado na Rádio Bandeirantes.

\"Na realidade, temos uma consciência muito grande do momento difícil que estamos vivendo. Temos uma consciência das dificuldades. A essa altura, eu diria que temos um conhecimento da realidade do clube bastante grande, um conhecimento que a cada dia se aprofunda mais. Temos trabalhado em cima de dois pontos fortes. A marca Vasco, que tem uma importância, um poder e um valor econômico muito grande. E mais, que eu considero um patrimônio público extraordinário. Eu considero e todos consideram. Esses clubes de maior apelo perante a sociedade brasileira constituem-se sim em um patrimônio cultural de todo o brasileiro e toda a sociedade brasileira. O Vasco faz parte daqueles que podem ser considerados como clubes nacionais. O Vasco é clube nacional. Temos então este ponto, que é um ponto forte - a força do Vasco, da instituição Vasco, do nome Vasco. E um outro ponto muito forte, que se chama credibilidade. Não se constrói qualquer solução sem credibilidade. E isso podemos atestar categoricamente que temos credibilidade. Não há lugar para tramóias, atos lesivos ao clube, substrações de benefícios e valores do Vasco. Essa é a nossa posição, uma posição intransigente. Não há lugar para meias verdades e mentiras. Há lugar sim para ouvirmos o cidadão comum, o vascaíno nas ruas, o vascaíno que se manifesta com sinceridade e amor verdadeiro ao clube. Os protestos, vindos dessa gente, são sempre bem vindos. Entendemos perfeitamente bem as reações negativas a um momento, um jogo em que perdemos, quando deveríamos e a expectativa toda era dirigida à vitória. Entendemos perfeitamente bem isso. E, sobretudo, o presidente entende o assédio do torcedor, do vascaíno apaixonado, quando protesta diante de uma situação de frustração. Estaremos sempre prontos a ouvir esse vascaíno, aquele vascaíno que verdadeiramente age com sinceridade, amor à instituição e o desejo inabalável de vê-lo mais forte, vitorioso\".

Mandarino complementa sobre a dívida com a TV Globo.

\"A dívida, eu diria que ela está concentrada exatamente nessas operações de adiantamento de receita que foram feitas. Na realidade, qual é a situação que nos colocamos? Não temos, até junho de 2009, qualquer recurso proveniente de transmissão do Campeonato Brasileiro a receber da Globo. Esses recursos todos já foram tomados em operações de antecipação realizadas. Além disso, também o Campeonato Carioca de 2009. Evidentemente que são situações que tornam o nosso trabalho muito mais difícil, mas não nos atemorizam. Vamos enfrentar esse leão aí e vamos vencê-lo\".

Fonte: Vasco Expresso
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