Política

Maracanã: Cabral admite que não ouviu a população na licitação

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, convocou a imprensa na tarde desta segunda-feira para admitir que cometeu um erro durante o processo de licitação do Maracanã. Em uma longa entrevista coletiva concedida na sede do governo, ele reconheceu que não ouviu atletas e população ao preparar a privatização do estádio. Por isso, determinou que Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Julio Delamare fossem demolidos.

\"Errei em não ouvir\", afirmou ele. \"O governante deve ouvir a opinião pública, deve ter a humildade para reconhecer. Isso é uma autocrítica. Não tenho vergonha de reconhecer.\"

Cabral tanto reconheceu o erro que disse que está disposto a corrigi-lo. Aos jornalistas, ele afirmou que já comunicou o grupo de empresas que ganhou o direito de administrar o Maracanã que o Célio de Barros não será mais posto abaixo. Disse também que a manutenção do Célio de Barros depende de uma posição da Federação de Atletismo do Estado.

\"A pista do Célio de Barros não atende as exigências olímpicas\", explicou o governador. \"O presidente da federação [Carlos Alberto Lancetta] que vê com bons olhos a transferência do estádio para outra área. Antes de qualquer mudança drástica, vamos ouvi-lo.\"

Apesar dos erros, Cabral disse que o grosso do projeto de concessão do Maracanã não muda. Segundo ele, não há chance de o governo do Rio de Janeiro desistir de repassar o controle do complexo esportivo à iniciativa privada. O governador informou que adaptações no contrato com a Complexo Maracanã Entretenimento SA serão feitos com base nas novas decisões.

\"Em relação ao Julio Delamare, isso está dentro do pacote de construções da concessionária do Maracanã. Seriam cerca de R$ 30 milhões para a demolição\", explicou. \"Vamos verificar se o consórcio paga isso direto ao governo ou se fará outro investimento.\"

De acordo com Cabral, até o plano de transformar o prédio do antigo Museu do Índio em Museu Olímpico está em xeque. O governador disse a Secretaria de Cultura ainda avalia a possibilidade de indígenas \"serem contemplados\" com a restauração do local.

A Maracanã SA, em nota, informou ainda não ter sido notificada oficialmente das mudanças nas obras exigidas na privatização. Cabral disse que avisou o consórcio por telefone.

Para o governador, a privatização do complexo esportivo trará um grande legado para o Rio. Estão previstas no entorno do estádio que vão revitalizar área importante e históricas da capital fluminense, como a Quinta da Boa Vista.

Por isso, mesmo com as mudanças na concessão, não chances da concessão ser revista. \"Não há hipótese. Não vamos desrespeitar contratos, mas adaptá-los às exigências do Estado.\"

\"Dos 12 estádios da Copa, noves serão concessionados\", complementou Cabral. \"Seria um populismo da nossa parte, fazer uma obra para ter aquele nível de equipamento esportivo, e ficar a Suderj [órgão do governo] administrando.\"

Fonte: UOL Esportes
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