Futebol

Na série B do RJ, Ramon Menezes, ex-Vasco, é destaque

A tática dos clubes menores do Rio de Janeiro em contratar jogadores rodados - os populares medalhões - não é uma novidade. Com poucos recursos, os pequenos recorrem à experiência dos nomes consagrados do futebol brasileiro para compor o elenco juntamente com jogadores mais novos e, consequentemente, mais baratos.

No entanto, em 2013, um fato chama atenção. Na elite do futebol do Rio de Janeiro, muitos medalhões foram contratados, mas poucos corresponderam à expectativa. Nomes como Somália, Frontini, Geraldo, Fabiano Eller, Acosta, Josiel e Tony desfilaram discretamente pelos gramados fluminenses na Série A do Carioca.

Um degrau abaixo, na Série B, apenas dois clubes investiram pesado nos medalhões: Goytacaz e Cabofriense. No entanto, diferente dos representantes da Série A, os dois clubes não se arrependeram do investimento. O atacante Clodoaldo, do Goyta, e o meio-campo Ramon, da Cabofriense, são os maestros das suas equipes e, mesmo com a idade avançada para o futebol, continuam sendo produtivos e referências onde atuam.

Para explicar melhor, o GLOBOESPORTE.COM listou os clubes do interior do Rio, das Séries A e B, que investiram nos famosos medalhões. Uma análise de cada jogador mostra quem viveu boa fase e conseguiu sobrevida no mundo do futebol, e também avalia quem decepcionou e deixou a aposentadoria mais próxima.

Novato, Audax Rio contou com ajuda discreta dos medalhões

Estreando na Série A do Carioca em 2013, o Audax Rio foi a sensação entre os pequenos durante a Taça Guanabara. O clube de São João de Meriti lutou pela classificação até as últimas rodadas e terminou na surpreendente quarta colocação do Grupo B, com 14 pontos ganhos.

Com participações discretas de Fabiano Eller, ex-Inter, Flu, Vasco e Internacional, e Leandro Bonfim, ex-Flu, Vasco, o clube não viveu drama de rebaixamento em nenhum momento da competição. Na classificação geral, o Audax Rio terminou na sétima posição com 22 pontos.

Acosta amargou banco no Resende

Contratado para ser o astro da equipe do Resende no Carioca, o atacante Acosta, ex-Corinthians e Náutico, sofreu uma lesão logo no início da competição. Logo em seguida, o centroavante de 36 anos não conseguiu se firmar e passou a maioria das partidas no banco de reservas.

Com a chegada de Elias durante a competição, Acosta perdeu ainda mais espaço no comando de ataque do Resende. Nas poucas oportunidades que começou na equipe titular, o atacante sofreu com as vaias da torcida e passou o estadual sem marcar nenhum gol. O contrato de Acosta termina no fim de maio, mas a diretoria do clube pretende renovar o compromisso.

Apesar do rendimento ruim de Acosta, o Resende fez um bom Campeonato Carioca. Após uma Taça Guanabara irregular, o Gigante do Vale conseguiu classificação para a fase final da Taça contra o Botafogo, mas foi goleado e acabou ficando fora da decisão do segundo turno. No entanto, o Resende conseguiu classificação para a Série D do Brasileirão após terminar na quinta colocação na classifcação geral.

No Volta Redonda, Frontini corresponde, e demais decepcionam

O Volta Redonda foi o clube de menor expressão que mais investiu em medalhões para a disputa da Série A do Carioca. A diretoria do clube foi ao mercado e trouxe o atacante argentino Frontini, ex-Santos, Figueirense, Ponte Preta, Goiás, Bragantino e Remo; o lateral-direito Jancarlos, ex-Flu e São Paulo; o centroavante Josiel, ex-Fla e Goiás; e o meio-campo Geraldo, ex-Fortaleza e Ceará.

Apesar da quantidade de nomes consagrados, apenas o atacante Frontini se destacou. O centroavante de 31 anos foi o comandante do setor ofensivo do Voltaço no estadual e terminou como artilheiro da equipe na competição com quatro gols. O contrato do jogador expira no fim de julho.

Os demais tiveram apenas atuações discretas. Josiel chegou ao Voltaço com o campeonato em andamento. Geraldo não se firmou e acabou amargando o banco de reservas. No entanto, a pior situação ficou o com a do lateral Jancarlos, que foi dispensado do clube antes mesmo do fim da Taça Guanabara.

O rendimento abaixo do esperado dos medalhões não impediu uma boa campanha do Voltaço no estadual. Após uma Taça Guanabara cambaleante, o Volta Redonda conseguiu classificação para a fase final da Taça Rio. Na semifinal, acabou sendo derrotado para o Fluminense, em casa.

No Boavista, Tony comanda, e Somália vive má fase

Tradicionalmente um clube que também investe nos medalhões, o Boavista repetiu a dose dos anos anteriores e repatriou a dupla Tony e Somália. O meio-campo foi o comandante da equipe durante o Campeonato Carioca. No entanto, o centroavante Somália não conseguiu repetir a boa fase que teve no estadual do ano passado, quando terminou como artilheiro. Logo no início da competição, o próprio Somália sugeriu ao então técnico da equipe, Lucho Nizzo, que o substituísse pelo seu reserva imediato Gilcimar.

Gilcimar agarrou a oportunidade, não saiu mais da equipe, terminou como um dos destaques do Boavista no Carioca e acabou deixando o clube alegando propostas de outras equipes. Somália, por sua vez, amargou o banco de reservas e teve raras oportunidades na equipe, mas sempre com uma atuação abaixo do esperado. Tony e Somália também têm condições contratuais com o Verdão de Bacaxá diferentes. O meio-campo tem acordo até o fim do ano, e o centroavante tem vínculo apenas até o início do mês de maio.

Neste estadual, o Boavista, apesar de quase ter conseguido classificação para a fase final da Taça Guanabara, decepcionou na Taça Rio e ficou na sexta colocação na classificação geral com 22 pontos.

Na Série B, Clodoaldo e Ramon se destacam

Se na elite do estadual os medalhões decepcionaram, o mesmo não se pode dizer na Série B do Carioca. Goytacaz e Cabofriense foram os clubes que mais investiram em nomes consagrados. A equipe de Campos conta com o centroavante Clodoaldo, ex-Fortaleza e Ceará, e o volante Bóvio, ex-Vasco e Santos. O Tricolor Praiano tem uma lista de medalhões que incluem Têti, Abedi, Ramon e Leandro.

No entanto, entre todos estes, dois se destacam: Clodoaldo e Ramon. Os dois são os líderes de suas equipes dentro de campo e mostram que a idade também pode ser aliada dentro de campo. Clodoaldo, aquele mesmo, o Matador, aos 34 anos, chegou e logo na estreia decidiu a vitória do Goyta em cima do maior rival: o Americano. Além disso, o baixinho goleador é o artilheiro do time na competição com sete gols marcados. No litoral, atuando pela Cabofriense, Ramon conduziu o clube até a final do primeiro turno da Série B do Carioca. Aos 40 anos, o meio-campo ainda dá aula de categoria e condição física.

Fonte: ge
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