Política

Nelson Rocha responde as críticas sobre seu trabalho como VP de Finanças

Tenho visto muitas bobagens escritas sobre a crise financeira e as contas do Vasco. Por vezes entendo que seja por desinformação ou simples falta de conhecimento técnico. Outras vezes percebo a má fé e a leviandade nas abordagens que são feitas. Pessoas mal intencionadas que enxergam a oportunidade de criar uma confusão na cabeça dos eleitores do Vasco, tentando estabelecer o nivelamento (por baixo) da discussão sobre a moral e sobre a competência dos que devem estar à frente da administração de nosso glorioso e amado Vasco da Gama.

Isso me levou a escrever este esclarecimento, para colocar as coisas definitivamente em seu devido lugar e podermos voltar para as discussões que realmente interessam ao futuro do Vasco: crise financeira, administração do patrimônio, gestão do futebol (da base ao profissional), programa de sócios, etc.

Para começar, devo dizer que muito embora tenha participado politicamente durante 12 anos da luta para que o Vasco pudesse resgatar a democracia, não pude, por razões profissionais, ajudar de início a administração que se iniciou em julho de 2008. Em março de 2009, o presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, o presidente do clube Roberto Dinamite e o 2º Vice Geral José Mandarino pediram para que eu assumisse a Vice Presidência de Finanças.

Dados os problemas que se apresentavam nas finanças do clube, fui convidado principalmente em razão da minha experiência profissional em administração de crises financeiras. Desde o início alertei o presidente que deveríamos adotar medidas duras, uma gestão austera, para que o clube pudesse recuperar a capacidade financeira.

Meu posicionamento não foi somente interno ao Vasco. Declarei nos principais meios de comunicação (fazendo chegar a Torcida de nosso clube) a dificuldade que teríamos pela frente. O cenário aterrador encontrado, dado que os estragos feitos nas finanças do Vasco, demandavam, com os meios da época – e se adotadas as medidas que propus – no mínimo 5 anos para recolocar o clube em uma situação, se não confortável, ao menos administrável, permitindo a retomada do planejamento de médio e longo prazo e não só a gestão baseada em medidas emergenciais.

A situação encontrada tinha o problema do comprometimento das receitas futuras, não deixando muito espaço para ações imediatas. A administração anterior já havia adiantado 75% da principal receita do clube – os valores de transmissão da TV – até o ano de2011 (final do contrato). Dado o cenário de comprometimento foi dado início a um processo de recuperação financeira, tanto no que diz respeito ao incremento de receitas quanto ao desejo de controle das despesas. Sempre me coloquei contra qualquer ação que não estivesse alinhada com nosso plano de recuperação nas reuniões de diretoria, mas nem sempre obtive êxito.

No período em que estive na Vice-Presidência de finanças, praticamente triplicamos a receita, saindo de 52 milhões de reais em 2008 para uma receita de 137 milhões de reais em 2011. Formamos o time que ganhou a Copa Brasil, foi Vice no Brasileirão e terceiro na Sulamericana e mesmo assim terminamos o ano com um EBTIDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 28 milhões.

Alguns devem se perguntar: mas se fizeram o resultado positivo de R$ 28 milhões, como o clube passou tantas dificuldades financeiras? A resposta está na própria pergunta. Economicamente o Vasco foi muito bem, mas para pagar o seu passivo de curto prazo, precisava (e continua precisando) fazer durante muitos anos resultados positivos como este. O passivo herdado da gestão anterior (como sempre digo, a herança maldita herdada) comprometeu (e vai comprometer por muitos anos) o nosso clube.

Falando diretamente sobre as contas das quaisparticipei como Vice de Finanças. TODAS AS CONTAS FORAM APROVADAS. Basta de mentiras !!!

O Conselho Fiscal emitiu parecer contrário em 2011, esse parecer não significa dizer que a interpretação deles seja a correta, pois pode haver intenções políticas ou mesmo entendimento técnico distinto. Senão vejamos:

1. Em relação aos anos de 2009 e 2010, um ex-conselheiro fiscal, declarou que mesmo estando tudo certo, votaria contra. Isso está registrado em ata do CF.

2. No primeiro mandato o CF acabou composto por 2 membros da oposição, o que gerou pareceres contrários só desses membros da oposição e parecer favorável do membro da situação.

3. Outro fato importante é que o CF foi desrespeitado já no segundo mandato – 2º semestre 2011, quando convocou o coordenador do futebol da base – Sr. Humberto e o presidente Dinamite não autorizou a sua ida, o que gerou um ambiente hostil entre os poderes do clube.

4. Alguns pontos no parecer contrário do CF foi o próprio Deptº Financeiro que identificou e alertou sobre os problemas, (ex: Penalty e Programa de Sócios), encaminhando ao Deptº Jurídico e à Presidência para providências, que infelizmente não foram adotadas, ensejando a posição do CF.

5. Apesar desse ambiente, o CF sempre fez questão de frisar que não se tratava em hipótese alguma de dolo, mas de entendimento sobre questões técnicas.

6. Os posicionamentos técnicos podem ser distintos, tanto é assim que a Auditoria Independente, uma empresa idônea e independente, cujo signatário, ilustre auditor, ex-presidente do IBRACON-RJ (Instituto de atuação dos auditores no Brasil), emitiu parecer favorável à aprovação das contas, em todos os exercícios, o que diverge do parecer apresentado pelo CF.

Talvez o fato mais relevante para elucidar, como é desprovida de propósito as insinuações sobre contas reprovadas, seja a matéria publicada pela conceituada revista econômica EXAME em 17/05/2012, Vasco é o clube com gestão mais eficiente.

Isso foi motivo de orgulho para todos nós e, claro, para mim, uma vez que a Vice-Presidência de finanças teve um papel fundamental na construção desse resultado.

É uma situação no mínimo incoerente que as contas da gestão mais eficiente dos clubes brasileiros em 2011 tivesse tido parecer contrário do Conselho Fiscal.

O parecer foi uma opinião, quero acreditar, com base em uma visão técnica equivocada, da qual discordei e, lastreado em princípios contábeis brasileiros e internacionais, argumentei no Conselho Deliberativo, tendo a minha tese sido vencedora, e as contas aprovadas.

A conclusão a que os Vascaínos de boa índole e de bom senso chegarão, não pode ser outra de que os ataques, por vezes virulentos e maldosos, não têm sustentação na verdade e na realidade, e que minha gestão à frente da Vice-Presidência de Finanças se marcou pela lisura, pela competência técnica e pelo debate franco de ideias. Entendo ainda, que se tivéssemos continuado seguindo esse caminho, o Vasco estaria numa situação muito melhor – dentro de campo e fora dele.

Apesar de ter sido bem esclarecedor, não me furto ao debate, feito de forma técnica, com quem conheça da matéria, sem leviandade e má fé.

Aproveito para convidar a todos para clicarem no link abaixo e conhecerem o relatório apresentado ao Conselho Deliberativo com a contestação dos pontos apresentados pelo Conselho Fiscal.

Nelson Rocha

PS: Clique aqui e baixe a Apresentação sobre as Demonstrações Financeiras no Conselho Deliberativo.

Fonte: Facebook Vira Vasco
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