Nenê faz balanço do ano e comenta troca de treinadores no Vasco

Nenê está em férias, mas não deixa de pensar em futebol um só segundo. Em Jundiaí, sua cidade natal, o meia do Vasco promove na próxima sexta-feira uma partida beneficente contra os amigos de outro ídolo da história cruz-maltina: Romário. Antes do jogo comemorativo, o jogador conversou com o GloboEsporte.com sobre a atual temporada no clube carioca, a troca de técnico, a possível reformulação no elenco e sobre a sua permanência ou não no clube em 2017 (confira a entrevista completa no vídeo acima).

O grande objetivo do Vasco em 2016 foi cumprido. Porém, o retorno à elite do Brasileiro não veio com o título da Série B. Mais do que isso, o desempenho na reta final desagradou os torcedores. Para o artilheiro do clube na temporada, com 21 gols, o saldo é positivo, apesar de admitir que o ano poderia ter terminado de uma maneira mais tranquila.

– Não queríamos que fosse dessa maneira sofrida, até porque tínhamos uma diferença muito grande no fim do primeiro turno e início do segundo, mas futebol é assim. Acontecem coisas que a gente não espera, os resultados não acabam vindo e acabam acontecendo uma série de fatores que contribuem para que isso aconteça. Mas o importante era marcar o nosso nome na Série A do ano que vem e botar o Vasco no lugar devido. Cumprimos nossa missão – analisa.

Além dos torcedores, a diretoria do Vasco também parece não ter ficado satisfeita com a campanha do time. A primeira mudança veio no banco de reservas: saiu Jorginho e chegou Cristóvão Borges. Homem de confiança do antigo treinador, Nenê elogiou o desempenho da dupla formada por Jorginho e Zinho, diz desconhecer o trabalho de Cristóvão, mas, apesar disso, crê em uma boa temporada no retorno à Série A do Brasileiro.

Entre 2011 e 2012, Cristóvão conquistou 60,2% dos pontos que disputou. Desde que foi demitido, nenhum outro treinador teve números tão bons. Apesar de boas campanhas no Brasileirão, na Copa Sul-Americana de 2011 (chegou às semifinais) e na Libertadores de 2012 (quartas de finais), ele não levantou taças pelo clube. 

– Eu não sei dizer se precisava ou não precisava [trocar de treinador e reformular o elenco]. O Jorginho fez um trabalho excelente, é uma grande pessoa e eu tive o privilégio de ter trabalhado com ele e com o Zinho. O Cristóvão eu não conheço, mas tenho certeza que o Eurico está vendo o que é melhor para o clube e está fazendo o possível para reformular o grupo, já começando pelo treinador. Tenho certeza que vai ajudar muito e dar o seu toque pessoal para que o Vasco possa fazer uma grande temporada – projeta o camisa 10.