A velocidade da pirataria dos jogos para video game é proporcional às gozações com torcedores de outros times. Cinco dias após o Flamengo ser eliminado da Libertadores, os camelôs da Rua Uruguaiana, Centro do Rio, já vendiam a "última versão do Winning Eleven" com Cabañas, o carrasco rubro-negro, na capa.
Até mesmo o DVD do jogo é ilustrado com a foto do gordinho do América (MEX). Na contracapa, mais ironias com os flamenguistas. Em um canto, uma charge ironiza Joel Santana. Em outro, o atacante Ronaldo também é alvo de piadas, que relaciona o vexame rubro-negro com o seu envolvimento com travestis. Além de, claro, várias fotos do desespero dos jogadores do Flamengo na partida.
Caso o freguês seja flamenguista, há uma mesma versão do jogo com Kaká na capa. O novo Winning Eleven custa R$ 10.
Evite a pirataria, ela custa caro ao seu time
Os clubes brasileiros deixam de lucrar muito por causa da pirataria, afirma o especialista em marketing de gestão de clubes Amir Somoggi. Segundo ele, esse tipo de crime é uma realidade mundial, mas agravada no Brasil por causa da baixa renda nacional.
- Há pesquisas que indicam que camisas de clube piratas vendem de 30 a 40% a mais do que as originais. As instituições não podem perder esse dinheiro. A fiscalização deve partir dos órgãos governamentais e do próprio clube, já que é este que sofre o prejuízo - analisa o especialista.
Uma solução apontada por Amir são os clubes agregarem serviços aos seus produtos:
- Comprar uma camisa e ganhar ingresso para um jogo já é uma iniciativa-aponta o especialista.