Futebol

Olho tático: "Vasco já tem a cara do invicto PC Gusmão"

\"PcEle é o único treinador sem derrotas no Brasileirão entre os que trabalharam nas 13 rodadas e viu suas equipes sofrerem apenas três gols em toda a competição – um no Ceará e dois pelo Vasco.

Aproveitamento total de 74,3%, com oito vitórias (cinco com o Ceará) e cinco empates (três no Vasco). Apesar do desempenho ofensivo não tão notável (sete gols marcados por cada time), os números são impressionantes para quem conseguiu montar fortes sistemas defensivos e em pouco tempo de trabalho no time carioca que o lançou como jogador e treinador já vê seus conceitos assimilados pelos novos comandados e os resultados, mesmo sem empolgarem, começam a aparecer.

PC Gusmão conseguiu frear a euforia em São Januário pelos badalados reforços contratados e vai mudando aos poucos a formação titular para não perder a concepção tática trabalhada desde a conquista do Torneio de Florianópolis e sedimentada nas primeiras rodadas pós-Copa.

Assim como no Ceará que deixou ocupando a vice-liderança do campeonato, o técnico trabalha num esquema híbrido que muda de acordo com o sistema do adversário. As mudanças são de simples compreensão para os jogadores e ficam bem nítidas ao longo das partidas.

Tudo parte do 4-3-1-2, esquema base de PC desde os tempos de auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo. Mas com laterais que funcionam melhor como alas – Oziel e Ernandes no time nordestino e Fagner ou Irrazábal e Ramon, Carlinhos ou o jovem Max, utilizado contra o Vitória, o novo comandante vascaíno tem recuado um volante para trabalhar como zagueiro diante de equipes que jogam com dois atacantes para garantir a sobra da zaga.

Foi assim no triunfo em São Januário sobre o vice-campeão da Copa do Brasil. Armado no 3-4-1-2, o Vasco teve Fernando na sobra de Dedé e Nilton, que jogou mais fixo pela esquerda. Com Rafael Carioca vigiando Elkeson, o jovem Rômulo ficou mais plantado à direita e Felipe recuava pela esquerda para fechar os avanços de Ricardo Conceição, o volante pela direita no 4-3-1-2 dos visitantes que só apareceram à frente quando adiantaram e apertaram a marcação e usaram a velocidade de Soares pelos flancos.

Como era esperado, Carlos Alberto não jogou enfiado como um atacante de referência e revezou com Zé Roberto no tempo em que esteve em campo. Período que acabou sendo curto pela expulsão no final da primeira etapa que prejudicou sua boa atuação – articulou jogadas interessantes e cobrou falta no travessão de Lee – e atrapalhou o Vasco, que precisou abdicar da postura ofensiva que vinha empolgando a torcida na Colina para garantir a vantagem obtida com o gol de Zé Roberto, o primeiro do camisa 10 pelo novo clube, completando bom passe de Max pela esquerda.

\"Contra

Contra o Vitória, Vasco no 3-4-1-2 com Nílton como terceiro zagueiro pela esquerda, Carlos Alberto e Zé Roberto com intensa movimentação na frente e Felipe na ligação, mas também cumprindo funções defensivas.

No segundo tempo, o time cruzmaltino não mudou a distribuição em campo, mantendo o 3-4-1-1. Mas, a rigor, depois do chute de Rômulo que Lee soltou logo aos oito minutos, o jogo se resumiu a um duelo de ataque contra defesa. Com alas mais presos, deixando a retaguarda em vários momentos com cinco defensores, o time da casa resistiu com organização e bravura e, apesar de não ter articulado um único contragolpe com Fumagalli e Éder Luís, os substitutos de Felipe e Zé Roberto, conseguiu administrar o resultado que coloca o Vasco bem perto da metade de cima da tabela de classificação (11º).

Com todos disponíveis e em forma, é possível manter a estrutura tática com Felipe mais recuado pela esquerda, Carlos Alberto – se não perder espaço por conta das seguidas ausências por contusões e suspensões – na articulação e Éder Luís e Zé Roberto à frente. Mas este que escreve ainda acredita que Nunes ganhará uma vaga no ataque pelas características de homem de referência entre os zagueiros.

Na retaguarda, Nilton vem sendo útil como volante-zagueiro e pode permanecer entre os titulares. Nas laterais/alas, a disputa pelas vagas promete ser interessante. Hoje os melhores nomes são Fágner e Carlinhos, por combinarem melhor a eficiência no apoio e a correção nas atribuições defensivas.

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Com todos disponíveis e em boa forma, é possível manter o esquema híbrido (4-3-1-2/3-4-1-2) com Nílton como volante-zagueiro, alas que podem ser laterais, Felipe mais recuado pela esquerda e trio ofensivo rápido e em constante movimentação.

Ainda é cedo para vislumbrar a trajetória do novo Vasco na sequência da competição e é dever admitir que o estilo de PC priorizando a marcação não encanta as retinas nem é garantia de competitividade a longo prazo. No entanto, com paciência e sem se deixar levar pelo “oba-oba”, o técnico vai conduzindo a recuperação vascaína e trabalhando um elenco que ganha cada vez mais opções.

Mesclando a experiência dos que chegam com a vontade da boa garotada que sobe para os profissionais é possível crescer com consistência e sonhar com a campanha segura que ainda parece improvável.

Fonte: Blog Olho Tático - Globesporte.com
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