Torcida

Projeto social usa paixão pelo Vasco contra evasão escolar

Um projeto criado em 2013 pela paraibana Ângela Diniz, torcedora do Vasco da Gama, vem tomando proporções cada vez maiores. Em 2014, o “Enquanto Houver um Coração Infantil” atendeu 58 crianças na cidade de Taperoá, interior da Paraíba. Mas neste ano, o saldo foi quase três vezes maior. Realizado neste final de semana, 151 estudantes da rede pública de ensino dos municípios de Patos e Mossoró (na Paraíba e no Rio Grande do Norte respectivamente) foram contemplados.O projeto, que está no seu segundo ano, premia alunos cadastrados que tiveram bom rendimento escolar durante o ano letivo.

Cada criança aprovada na escola ganhou uma camisa personalizada do Vasco da Gama e um kit escolar contendo lápis, borracha, apontadores, lápis de cor e outros itens do clube, incluindo o livro “Meu Pequeno Vascaíno”, escrito por Fernanda Abreu.

A idealizadora do evento conversou com a reportagem e falou sobre as novas conquistas do projeto:

- Eu poderia resumir o projeto deste ano em apenas uma palavra: "sucesso". Tudo ocorreu bem. Os voluntários fizeram um trabalho excelente fora da sala de aula. Realizamos encontros bimestrais, quando falávamos da importância do estudo e também da história do Vasco da Gama, que é muito linda. A maioria das crianças foi aprovada com notas muito boas – resumiu Ângela, comemorando também a melhoria do desempenho escolar médio das escolas contempladas com relações a outras da região.

O projeto surgiu após uma sobrinha de Ângela pedir uma camisa do Vasco para ela. A tia resolveu atender ao pedido, mas só com uma condição: a menina tinha que estudar e ter um bom rendimento escolar. A ideia deu certo e a criança conseguiu ser aprovada na escola. Ângela então percebeu que poderia unir sua paixão pelo Vasco e seu desejo de ver nascer cada vez mais torcedores do clube, com o combate à evasão escolar e o incentivo aos estudos. E em pouco tempo, a brincadeira virou o projeto "Enquanto Houver um Coração Infantil", que já está em seu segundo ano e tem como padrinho o ex-jogador e ídolo do clube de São Januário, Juninho Pernambucano.

Além dos kits escolares e das camisas personalizadas, o projeto ainda vai sortear uma camisa autografada por Juninho Pernambucano e pelo volante Guiñazú,que chegou ao clube no ano passado. Ângela disse que o sorteio deve acontecer até a segunda semana de fevereiro.

Apesar de ser criado e usar o nome do Vasco da Gama, o projeto não tem ligação direta com o clube e trabalha com a doação de torcedores vascaínos. Além disto, ele conta com alguns parceiros ligados ao clube, como a Cruzada Vascaína, o Vasco Dívida Zero, o Vascaíno é Sangue Bom, o Caldeirão Vascaíno, a Petrovasco, entre outros.

Durante o ano de 2014 foram realizados três encontros com as crianças inscritas: o primeiro tratou de falar sobre a importância da educação em todos os âmbitos, o segundo encontro foi contada a história do Clube de Regatas Vasco da Gama e o terceiro serviu para tratar de temas importantes com base na história do Vasco, como o combate ao racismo.

Projeto atendeu cinco crianças com surdez

Em 2015, o projeto atendeu pela primeira vez cinco estudantes com surdez. E quatro delas conseguiram a aprovação escolar. Para Ângela, o fato é um marco na ainda breve história do projeto.

- Este ano tivemos cinco alunos deficientes auditivos em Patos e em geral eles tiveram resultados positivos. Apenas um estudante não conseguiu passar de ano, mas a gente abriu uma exceção e também a contemplou com a camisa. Isso é um marco histórico no projeto – comemorou.

Possível expansão para novas cidades

Se em 2015 o projeto quase triplicou o número de beneficiados, a ideia de Ângela é aumentar cada vez mais. Porém, ela não quer dar um “passo maior que a perna”. Ela explicou que o fato de trabalhar com doações não permite que o projeto tome proporções maiores.

- Se a gente quisesse, pelos contatos que já recebemos, abraçaríamos até o Brasil, sem querer soar pretensiosa. Iríamos fazer jus ao hino, “Norte a Sul, Norte a Sul deste país”. Mas como é o trabalho é feito de doação, a gente não pode abraçar um número grande de cidades para não correr o risco de não cumprir e frustras as crianças, porque trabalhar com criança é complicado. Então temos que nos limitar, colocar a mão até onde alcança. Mas vamos nos reunir com todas as pessoas que querem se voluntariar e apresentar o que viveu em Taperoá, em Mossoró e em Patos – explicou.

Deixando a rivalidade de lado, Ângela admitiu que gostaria que torcedores de outros clubes do Brasil tomassem a mesma iniciativa que ela. Para ela, o futebol tem um poder muito forte e poderia usar isto para incentivar as crianças a se dedicarem cada vez mais aos estudos e colherem no futuro o fruto plantado agora.

- Os clubes têm uma força muito grande e se você usa essa força para fazer o bem, você consegue ajeitar o país. Eu queria que os outros clubes copiassem. Coisas boas têm que ser copiadas e o Vasco ainda assim seria o pioneiro (risos). Mas precisamos fazer um trabalho de formiguinha e só dessa maneira daremos um futuro melhor para essas crianças e para o Brasil – finalizou.

Fonte: ge
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