Futebol

Relembre os estrangeiros que já passaram pelo clube desde 2005

Artilheiro da última Copa Libertadores com cinco gols, Julio dos Santos já começa a conquistar seu lugar no time titular do Vasco na temporada 2015 - foi bem nas vitórias recentes contra Fluminense e Bangu. Ao lado do goleiro uruguaio Martín Silva e do volante argentino Guiñazu, o meia paraguaio tem tudo para consolidar a espinha dorsal hermana de São Januário. O técnico Doriva ainda tem o colombiano Montoya no banco de reservas. É a esperança de apagar um passado recente de frustrações da torcida.

O bom momento dos gringos atualmente contrasta com o retrospecto dos últimos dez anos. De 2005 a 2014, o Vasco acumulou estrangeiros desconhecidos com passagens apagadas pelo clube - alguns sequer jogaram. O GloboEsporte.com fez uma pesquisa para saber por onde eles andam. No ano passado, o clube contava ainda com o meia uruguaio Maxi Rodriguez, que hoje defende o Universidad de Chile, e o volante paraguaio Aranda, emprestado ao Olímpia.

Relembre outros gringos que passaram pelo Vasco:

Yotún (Malmö-SUE)

Eleito o melhor lateral esquerdo das Américas pelo jornal uruguaio El País em 2012, Yotún chegou ao Vasco em janeiro do ano seguinte cercado de expectativa. Convocado constantemente para a seleção do Peru, o jogador disputou apenas 33 jogos pelo Cruz-Maltino. Depois da passagem pelo Rio, voltou para o Sporting Cristal e no último mês de janeiro foi contratado pelo Malmö FF, da Suécia.

Tenório (Bolívar-BOL)

''El Demoledor'', como era conhecido, quase completou 50 jogos pelo Vasco. Terminou sua passagem de dois anos no fim de 2013 com 48 partidas e 14 gols marcados. Em São Januário, sofreu com diversas lesões - a mais séria uma ruptura no tendão de Aquiles - que atrapalharam seu desempenho. No adeus, ironizou a antiga diretoria em função de atraso salariais e falta de pagamento de pontos estipulados no contrato. Chegou a dizer a uma TV equatoriana que se lhe pagassem tudo, seria o dono do Vasco. Hoje joga no Bolívar, da Bolívia.

Chaparro (Beira-Mar-POR)

Foram dois anos e pouco futebol em São Januário. Revelado pelo São Lorenzo, o argentino acumulava ainda passagens pelas seleções de base de seu país. Fez apenas dez jogos (sem gols) pelo Vasco entre 2011 e 2012 e acabou dispensando no fim do contrato. Após a passagem por São Januário, chegou a defender o Madureira duas vezes antes de acertar com o Beira-Mar, da segunda divisão de Portugal, seu atual clube. Curiosidade: marcou em fevereiro passado, aos 24 anos, seu primeiro gol como profissional na derrota por 3 a 2 para o Sporting B.

Abelairas (Banfield-ARG)

Revelado pelo River Plate, chegou ao Vasco em 2012 como aposta. Na época, não jogava uma partida oficial há dois anos - desde uma grave lesão no joelho. Também não vingou. Rescindiu seu contrato seis meses depois de ser anunciado, após apresentar uma proposta do Puebla, do México. Vestiu a camisa cruz-maltina em apenas quatro jogos. O argentino Jesus Dátolo, hoje brilhando no Atlético-MG, chegou a ser oferecido ao clube de São Januário na mesma época, mas o negócio não progrediu. Depois de uma passagem pelo futebol romeno, Abelairas recentemente foi contratado pelo Banfield e voltou ao futebol argentino.

Matias Palermo (desconhecido)

Dos jogadores estrangeiros que passaram pelo Vasco desde 2005, é o único com destino desconhecido. Chegou a São Januário depois de ser revelado pelo Independiente e ficou três meses em testes no clube. Disputou apenas um amistoso na pré-temporada de 2010 contra a seleção capixaba. Dispensado, rodou por clubes como Vila Nova-MG, Rio Branco-AC e San Telmo-ARG. Seu último registro encontrado é da passagem pelo Bonsucesso, em 2012 - de onde foi dispensado em março do mesmo ano.

Irrazábal (Deportivo Capiatá-PAR)

Destaque do Cerro Porteño, Julio Irrazábal chegou ao Vasco em junho de 2010 sob elogios de Gamarra e Arce. Mas o lateral-direito paraguaio pouco fez em São Januário. Disputou apenas 12 jogos e não marcou gols. Apesar do pouco brilho, integrou o elenco campeão da Copa do Brasil. Dispensado no fim de 2011, rodou por clubes de menor expressão da Argentina e do Paraguai e hoje, aos 34 anos, defende o Deportivo Capiatá, da primeira divisão paraguaia. No ano passado, se envolveu em uma polêmica pelo Twitter antes das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O zagueiro Mariano Echeverría, do Boca Juniors-ARG, disse, na época, que seria uma catástrofe ser eliminado pelo Capiatá. Irrazábal não gostou e respondeu pela rede social com um xingamento. Mesmo vencendo o primeiro jogo na Bombonera, o clube paraguaio acabou sendo eliminado na partida de volta.

Benitez (Nacional-PAR)

Com passagem pelo Liverpool-ING, Milton Benitez também teve vida curta no Vasco na temporada 2009. Se destacou em alguns amistosos, mas disputou apenas quatro jogos oficiais e não marcou gols. Chegou a fazer testes no Elche-ESP (época em que visitou São Januário em 2010) e não foi aprovado. Passou por Sportivo Luqueño-PAR, Huachipato-CHI e recentemente foi contratado pelo Nacional-PAR.

Pedro Vera (Comercial-SP)

Apresentado ao lado de Benitez, o também volante paraguaio Pedro Vera sequer estreou pelo Vasco. Jogou apenas uma partida do "Expressinho" (time formado por juvenis, juniores e alguns poucos profissionais) na Coréia do Sul. Contratado em 2009 para a disputa da Série B, ficou apenas seis meses no clube. Passou por clubes como Olímpia-PAR, Cobreloa-CHI, Ranges de Talca-CHI, Cerro de Franco-PAR, Sportivo Luqueño-PAR e 3 de Febrero-PAR, antes de voltar ao Brasil. No último mês de fevereiro, foi anunciado pelo Comercial-SP para a disputa a Série A2 do Campeonato Paulista.

Abubakar (Pembroke Athleta-MLT)

O nigeriano foi uma das novidades do Vasco para a temporada 2008. Vindo do Internacional, chegou ao clube com 19 anos por indicação do ex-jogador e hoje empresário Bismarck. O negócio começou a dar errado logo de cara: Abubakar precisou esperar sete meses pelo visto de trabalho para estrear. Foram apenas quatro jogos e nenhum gol marcado. Depois ainda passou pelo Caxias-RS antes de seguir para o futebol de Malta, onde atua desde 2010. Hoje, ainda com apenas 26 anos, defende o Pembroke Athleta.

Villanueva (Magallanes-CHI)

José Luis Villanueva chegou ao Vasco para a temporada 2008 sob elogios de Conca, com quem havia jogado no Universidad Católica-CHI em 2005. Disse ter aceitado a proposta muito em função da presença de Romário na equipe. Mas a idolatria pelo baixinho não lhe ajudou em nada: fez apenas cinco jogos, não marcou gols e rescindiu o contrato em em julho, logo após o início da primeira gestão Roberto Dinamite, para defender Bunyodkor, do Uzbequistão, onde foi comandado por Zico e Felipão. Atualmente tem 33 anos e veste a camisa do Magallanes, da segunda divisão chilena.

Na época, aliás, sua contratação foi envolvida em uma lenda nunca confirmada. No mesmo período, outro chileno mais novo e com o mesmo sobrenome, despontava na seleção de seu país e era pretendido por vários clubes (entre eles o poderoso Real Madrid-ESP): Carlos Villanueva, do Audax Italiano-CHI. Chegou se a dizer que o Vasco teria contratado o Villanueva errado por engano. O promissor jogador, no entanto, não vingou. Passou pelo Blackburn Rovers, da Inglaterra, e hoje defende o Al Shabbab, dos Emirados.

Pinilla (Atalanta-ITA)

Foi a primeira contratação de impacto da primeira gestão Roberto Dinamite. Antes do Vasco, defendeu clubes como Inter de Milão-ITA, Chievo-ITA, Celta-ESP, Sporting-POR e Racing-ESP. Chegou em São Januário em setembro de 2008, recebeu dicas do compatriota Villanueva para não cair nas tentações da noite do Rio e agradou nas únicas três vezes que vestiu a camisa vascaína pela disposição. Mas sofreu uma grave lesão no músculo adutor da coxa esquerda e ficou fora do restante do Campeonato Brasileiro. A diretoria tentou sua permanência para a temporada seguinte, só que ele preferiu aceitar uma proposta do Apollon Limassol, do Chipre.

Após o Vasco, Pinilla ainda voltou ao futebol italiano e passou por clubes menores como Palermo, Cagliari e Genoa. Hoje, com 31 anos, defende o Atalanta. Na Copa do Mundo de 2014, aliás, o atacante ganhou as manchetes ao quase eliminar o Brasil nas oitavas de final. Acertou um chute no travessão no fim do segundo tempo da prorrogação. Nos pênaltis, a seleção de Felipão levou a melhor. O lance lhe marcou a ponto de tatuar nas costas a imagem da bola batendo no travessão junto com a frase ''Um centímetro para a glória''.

Conca (Shanghai SIPG-CHN)

Um dos poucos gringos a dar certo em São Januário nos últimos dez anos, Conca chegou ao Vasco em 2007 após se destacar por clubes como Universidad Católica-CHI e Rosário Central-ARG. Depois de um inicio tímido, ganhou a vaga no time titular e terminou a temporada com 50 jogos e oito gols marcados. No ano seguinte, no entanto, o argentino acertou sua transferência para o Fluminense. Nas Laranjeiras, o meia se tornou um dos principais ídolos recentes do clube com mais de 200 partidas e participação decisiva na conquista do Campeonato Brasileiro de 2010. Atualmente tem 31 anos e defende desde janeiro passado o Shanghai SIPG, da China.

Dudar (Deportivo Merlo-ARG)

Pincipal amigo de Conca no Vasco, Emiliano Dudar chegou ao Vasco por DVD. Realizou testes no clube e foi aprovado em 2006. No total, disputou 34 partidas pelo clube, mas uma lesão na temporada 2007 lhe prejudicou. Acabou dispensado no fim daquele ano. Ficou marcado por erros em duas disputas de pênaltis: na semifinal da Taça Guanabara de 2007, contra o Flamengo, e na semifinal da Taça Rio do mesmo ano, contra o Botafogo. Após deixar São Januário, passou pelo futebol suíço (onde chegou a entrar em coma após um choque de cabeça em 2010), pelo DC United, dos Estados Unidos, e atualmente defende o Deportivo Merlo, da terceira divisão argentina. Está com 33 anos.

Martin Garcia (Atlético Marte-ESA)

O atacante colombiano ficou apenas três meses em São Januário. Contratado em 2007 após boa passagem pelo São Caetano, Martin Garcia disputou nove jogos e marcou três gols pelo clube. Depois passou pelo futebol mexicano, chinês e peruano. No ano passado, defendeu as cores do América de Cáli-COL e virou notícia ao perder um gol inacreditável - quase na pequena área e sem goleiro - em jogo válido pela segunda divisão da Colômbia. No início de 2015, o jogador de 34 anos foi anunciado pelo Atlético Marte, de El Salvador.

Frank Lobos (aposentado)

Mais um da série "contratado que não estreou". Pior: Frank Lobos anunciou o fim de sua carreira em 2006, aos 29 anos, um mês depois de assinar com o Vasco. Sequer ser relacionado para o banco de reservas. Meia da geração chilena que revelou o atacante Marcelo Salas, se viu envolvido em um escândalo de suborno e manipulação de resultados em seu pais.

Acabou suspenso de qualquer atividade ligada ao futebol profissional por dez anos. Desde então, já treinou o time da Penitenciária de Santiago (quando ajudou na reabilitação do jovem russo Maxim Molokoedov), dirigiu um programa de inserção social para presidiários através do esporte e está terminando cursos no INAF (Instituto Nacional del Fútbol, Deporte y Actividad Física) para se tornar técnico profissional. Tem 38 anos e sonha trabalhar nas divisões de base da seleção do Chile.

Claudio Salinas (aposentado)

Apresentado ao lado de Lobos em fevereiro de 2006, também não entrou em campo. Sem poder ser inscrito no Campeonato Carioca porque o prazo já havia terminado, não agradou nos treinos e foi dispensado no fim de março. Depois ainda passou por mais dois clubes chilenos antes de encerrar a carreira em 2009. Atualmente, com 38 anos, tenta a vida no futebol fora das quatro linhas. No ano passado, fazia parte da comissão técnica do Rangers de Talca, da segunda divisão chilena, como auxiliar.

Vergara (Deportes Temuco-CHI)

Com passagens por seleções de base do chile, Adán Jonathan Vergara chegou como esperança ao Vasco em agosto de 2005. Seu jogo por vezes violento e pequenas lesões, no entanto, atrapalharam sua passagem por São Januário. Foram apenas oito jogos e um gol. Deixou o clube em janeiro do ano seguinte para defender o UInión Española-CHI. Ainda passou por Suíça, China, Chile e Venezuela antes de voltar novamente ao seu país para defender o Deportes Temuco, da segunda divisão. Está com 33 anos.

Dominguez (aposentado)

Terceiro português a vestir a camisa do Vasco, José Dominguez chegou ao clube no início de 2005. Acumulava passagens pela seleção de Portugal e por países como Inglaterra e Alemanha. Empolgou a torcida nas primeiras partidas e recebeu o apelido de ''Portuga''. Deixou o clube após seis meses, 11 jogos, nenhum gol e algumas lesões. Na época, o vice-presidente de futebol José Luis Moreira (que voltou ao cargo recentemente) se disse decepcionado com o desempenho do jogador. Logo em seguida, o gringo anunciou o fim de sua carreira profissional aos 31 anos. Dez anos depois, início a carreira de técnico e já passou por clubes como União Leria-POR, Sporting B-POR e Real Cartagena-COL.

Fonte: ge
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