Torcida

Revolta de torcedores vira crédito de confiança

Poderia ter sido sinistro.

Mais de 20 fortões invadindo o Vasco-Barra para cobrar empenho e exigir atitude dos jogadores na luta para o Vasco fugir do rebaixamento neste Brasileiro. Do outro lado, um punhado de seguranças e um elenco inteiro surpreso e amedrontado por causa da correria.

Por sorte, os ânimos exaltados se acalmaram e a invasão virou uma forte cobrança pacífica.

O momento de maior tensão ficou por conta da tentativa de entrar em campo, quando o treinamento já tinha acabado e o técnico Renato Gaúcho participava de uma aposta de chutes a gol com alguns jogadores.

Seguranças e funcionários do clube conseguiram impedir que invadissem o campo, e Renato concordou em conversar com os líderes do grupo.

Leandro Bomfim pretende resgatar sua imagem O treinador, que iria conversar com os chefes de torcidas hoje à tarde, levou os seis escolhidos para a sala de musculação e, junto com os jogadores, o tema ameaça de rebaixamento foi discutido com espantosa tranqüilidade.

Após o susto, ficou a impressão de que os torcedores queriam apenas ser ouvidos. Pediram aos jogadores empenho, moderação na balada e nada de corpo mole.

Com jeitinho, Renato falou o que pensava e pediu apoio no jogo de sábado, contra o Figueirense, em São Januário. Alguns jogadores, entre eles Jorge Luiz e Edmundo, apresentaram o mesmo argumento.

— Eles falaram que o time está lutando e se esforçando pelo mesmo objetivo: sair da zona de rebaixamento. Ninguém está satisfeito com a situação — explicou o gerente de futebol Carlos Alberto Lancetta.

— Ficamos espantados, surpresos com cerca de 30 homens entrando correndo no clube, mas não houve empurrão, nenhuma violência. Foram cobranças normais, o tom não podia ser mais cordial.

O encontro acabou aliviando a pressão sobre os jogadores, porque insistentemente corriam pelo clube boatos de que as tropas de choque das torcidas mais ferozes estariam a ponto de uma explosão, com conseqüências imprevisíveis.

Alguns jogadores como Pedrinho, cria da casa, mostravam sentimento de que era preciso desarmar os espíritos.

Ontem de manhã, bem antes da invasão, ele afirmara: — O Vasco é grande. Tem que vencer. Não podemos ficar com o pensamento de admitir a derrota como normal. Tem me incomodado bastante essa situação de você ir para casa e ver o time nessa situação.

Coincidentemente, a invasão da torcida aconteceu na tarde em que, após longo e tenebroso inverno, Leandro Bomfim e Wagner Diniz voltaram aos treinos em campo.

Há tempos longe do time e recuperando-se lentamente de lesões na coxa e joelho, respectivamente, eles voltaram após alguma polêmica e comentários de que não estariam interessados em jogar tão cedo.

Entregues aos preparadores físicos, de acordo com a previsão do médico Fernando Mattar eles estarão à disposição do técnico no clássico contra o Flamengo, no dia 19.

Insatisfeito e preocupado com o que foi falado sobre sua recuperação, inclusive de que estava demorando a voltar aos treinos por comportamento antiprofissional — teria disputado peladas enquanto fazia tratamento —, Leandro Bomfim vai procurar hoje ou amanhã o presidente Roberto Dinamite e Renato Gaúcho para uma conversa esclarecedora.

O apoiador pretende explicar que se machucou e agravou a lesão porque era a época de transição no Departamento Médico, com a troca de profissionais da área, logo após a eleição de Dinamite.

Fonte: O Globo
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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