Torcida

Sob olhar da mãe e da namorada, Pimpão é ovacionado na Colina

Em três jogos oficiais com a camisa do Vasco, o atacante Rodrigo Pimpão já caiu nas graças do torcedor cruzmaltino. No último sábado, durante a vitória por 3 a 1 sobre o Duque de Caxias, pela terceira rodada da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, o jogador teve o seu nome gritado nas arquibancadas da Colina. E justamente nesse confronto, ele contava com um apoio ainda maior nas sociais do estádio. A mãe, Selení, e namorada, Luiza, de 22 anos, assistiram à boa atuação do garoto, que foi um dos destaques do time.

Na coletiva após o jogo, Pimpão agradeceu o apoio dos familiares.

- A família estava aí, isso é muito bom. A energia positiva estava maior ainda. Não fiz o gol, mas ajudei o time a conseguir o resultado positivo. Isso é o mais importante – avaliou o atacante.


Enquanto o jogador ainda estava em campo, em um bate-papo descontraído com o GLOBOESPORTE.COM, Selení falou da origem do sobrenome Pimpão e da emoção de ver o nome do filho gritado na arquibancada. Luiza, por sua vez, falou do início do namoro e da esperança de ver o atacante homenageá-la após marcar um gol com a camisa cruzmaltina.

GLOBOESPORTE.COM: Como iniciou o seu relacionamento com o Rodrigo e há quanto tempo estão juntos?

LUIZA: Estamos namorando há dois anos. Desde que a gente se conheceu, eu percebi que ele era um menino inteligente. Ele não era jogador, estava na faculdade. Ele era muito querido, muito comportado. E foi indo. Acabamos namorando.

E como é ver o nome do Rodrigo ser gritado em coro na arquibancada?

SELENÍ: É uma emoção incrível. Passei uma mensagem para o meu marido ainda agora. Disse ao Ivan (pai de Pimpão que não pôde comparecer ao estádio) que ele não tinha noção do que é sentir um estádio inteiro gritando o nome do nosso filho. É uma emoção incrível.

Você está esperando alguma homenagem do Pimpão caso ele marque um gol?
LUIZA: A gente sempre combina alguma coisa. Vamos ver se ele faz o meu golzinho.

Como foi a reação de vocês quando ele disse que largaria a faculdade de odontologia?
SELENÍ: Quando ele chegou para nós e disse: ou eu jogo futebol ou faço a faculdade. Nós ficamos com um ponto de interrogação naquele momento porque foi de surpresa. Sabemos que ele estava envolvido com futebol a vida inteira. Meu marido foi técnico dele no interior e ele sempre gostou que o filho jogasse futebol. Nessa oportunidade, nós apoiamos a ida dele para o futebol. Para o esporte, a hora era agora. A faculdade, ele poderia fazer depois. Ele precisava aproveitar as chances e ser jogador é o sonho de qualquer menino. Falei para ele ir atrás do sonho dele.

E qual foi a sua reação quando ele disse que seria jogador?

LUIZA: Quando ele decidiu, a gente não estava namorando. Ele me disse que ia parar de fazer faculdade porque ia jogar no profissional. Eu fiquei feliz, já que nada acontece por acaso. Ele pode fazer a faculdade depois, ele não vai precisar atropelar nada.

E de onde vem o sobrenome Pimpão?
SELENÍ: É aquela história mesmo que ele contou. O sobrenome Pimpão vem da família Araújo. Era Araújo e virou Pimpão. Ele é Pimpão da minha parte, o sobrenome é meu. Desde a faculdade todo mundo chama ele de Pimpão, urso, ursinho. E ficou de um jeito que para ele é importante. As pessoas gostaram.

E para você?

LUIZA: Ele já começou carismático por causa do nome.

Fonte: Globo Esporte.com