Futebol

Sócio eliminado é absolvido no Vasco

No segundo julgamento para apreciar recursos contra expulsões do quadro social, um sócio do Vasco escapou da degola do presidente Eurico Miranda. O advogado Walter Brito Lima, de 46 anos, foi absolvido no Conselho de Justiça, na última sexta-feira, por quatro votos pela permanência no quadro social contra três contra. Outro associado, Eduardo Wimmer, por outro lado, teve expulsão ratificada por unanimidade. Em programa de rádio veiculado na internet, "A Voz do Vascaíno", a dupla criticou e atacou o presidente Eurico e José Luis Moreira e questionou a motivação do acordo de pagamento de cerca de R$ 8 milhões em dois anos - de antiga dívida, contestada na gestão Dinamite, do clube com o vice de futebol.

De acordo com o estatuto do Vasco, o presidente da diretoria administrativa pode penalizar associados com advertência, suspensão de seis meses ou eliminação do quadro social, caso o associado revele "mau caráter ou inadaptabilidade ao meio social ou causar grande dano ao clube; competir contra o clube". Como não são membros natos ou eleitos do Conselho Deliberativo - neste caso, a exclusão passaria por decisão soberana de conselheiros -, os sócios Walter e Eduardo entregaram recurso ao Conselho de Justiça.

Votaram pela absolvição de Walter o presidente do Conselho Deliberativo, Luis Fernandes, o presidente da Assembleia Geral, Itamar de Carvalho, o conselheiro e vice-presidente de finanças Marcos Pereira de Carvalho e o conselheiro de oposição Rogerio Peres. Contra, votaram o presidente do Conselho Fiscal, Otto de Carvalho, o primeiro secretário do Conselho Deliberativo, Daniel Cerqueira, e Flávio Coelho de Carvalho, conselheiro da situação. Walter, que é sócio do clube desde 1995, escreveu defesa em cinco páginas reforçando e ratificando o que disse no programa de internet, chamando a pena de "injusta, absurda, imoral e ilegítima".

"lustre Comissão, fiz severas e duras críticas à atual administração, como é meu direito de sócio e torcedor apaixonado. Não ofendi nem faltei com a verdade. Minha fala foi baseada em documentos judiciais e uma sentença proferida pela Ilustre Magistrada Ana Lúcia Vieira", dizia outro trecho do documento enviado ao Conselho de Justiça. Walter se referia à sentença, reformada recentemente na Justiça, que ainda cabia recurso do Vasco. Na decisão anterior do judiciário, a magistrada não via comprovação de empréstimos de José Luis Moreira ao clube - com citação à perícia pedida pelo ex-presidente Dinamite e com base nas declarações de imposto de renda do empresário dono de frotas de táxi. O sócio lembrou da entrevista coletiva de Eurico no início da gestão, em que o presidente chamou de conluio o acordo entre Dinamite e um advogado que prestou serviço ao clube na antiga gestão e disse que "agora é este mesmo presidente da diretoria administrativa que prevarica de forma injustificada e absurda".

- Não fiz nenhuma declaração inverídica e muito menos insultei alguém. Tenho todo direito de mostrar meu descontentamento e minha revolta, desde que fundamentadamente, como foi o caso. Esse é um direito Constitucional consagrado e protegido contra qualquer suposto Ditador - atacou, por fim, Walter Lima, que considerava apena uma perseguição política.

- Acho que eles não tiveram como sustentar essa expulsão contra mim. Não tinham o que argumentar - afirmou Lima, referindo-se aos votos que recebeu a favor. O associado diz que não pertence a nenhum movimento político do clube.

Dois expulsos e três suspensos

Na nova administração, houve sete penas contra associados - com quatro suspensões e três expulsões, uma delas agora revertida no Conselho de Justiça, que ratificou outras duas eliminações do quadro social. Antes de Eduardo Wimmer, o associado Davidson de Mattos foi excluído por Eurico, a quem desejou a morte, em mensagem de página no Facebook.

A invasão de São Januário no início do Brasileiro foi motivo para as três primeiras suspensões. O advogado Alan Belaciano, que era da chapa "Sempre Vasco", também foi suspenso, segundo justificativa de ofício enviado por Eurico por ter feito "declarações inverídicas e atentatórias" ao clube. A maioria dos sócios punidos prepara ação para buscar recuperar o retorno do quadro social pela Justiça comum.

Com expulsão ratificada por unanimidade no Conselho de Justiça, Eduardo Wimmer chamou de "ladrão", "safado", "cafajeste" e "mau caráter" o presidente Eurico Miranda. No programa de rádio, o associado, agora eliminado do quadro vascaíno, disse que Eurico e José Luis Moreira iriam dividir o pagamento de "uma confissão de dívida fraudulenta".

Fonte: ge
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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