Vasco aguarda verba da Caixa para quitar salário de funcionários

Não foi à toa que o Vasco se tornou um dos primeiros clubes brasileiros a aderir à MP do futebol, com reparcelamento das dívidas tributárias e alongamento dos pagamentos de cinco para 20 anos no total. Às voltas com penhoras e ações cíveis e trabalhistas que chegam quase todas semanas, o clube enfrenta dificuldades para manter os salários em dia. Na véspera do primeiro jogo contra o Flamengo, a diretoria conseguiu recursos para pagar os vencimentos de julho já com algum atraso - a grana saiu no dia 20, dez dias depois do que vinha acontecendo normalmente no início da gestão Eurico Miranda. Mas os funcionários ainda não receberam. 

Havia expectativa de que outra parte dos trabalhadores do clube recebessem nessa sexta, mas o clube não conseguiu efetuar o pagamento. A nova previsão é para semana que vem. Na virada do mês, com perspectiva de receber a segunda das três parcelas do patrocínio da Caixa Econômica Federal e também com o prêmio de R$ 820 mil da classificação de fase na Copa do Brasil, a diretoria vascaína deve cumprir o pagamento dos atrasados. 

Há também expectativa de outro acerto, desta vez com os jogadores. O presidente Eurico Miranda prometeu pagamento de "bicho" - premiação por vitória ou meta estipulada no futebol - para a classificação em cima do Flamengo, mas até a noite dessa sexta-feira o dinheiro ainda não havia saído para os atletas. 

Ainda sem a verba da Caixa, que paga R$ 15 milhões ao clube neste ano, o clube tem recorrido a empréstimos e ajuda de empresários para cumprir com as obrigações. Outra receita do clube, do contrato com a Umbro, o clube só volta a receber em novembro. O dinheiro da Vitton 44 é um dos poucos que entra no cofre do clube mensalmente. O alívio com a adesão à MP, porém, é bem grande. Eurico disse na reunião do Conselho Deliberativo da semana passada que a parcela de pagamento das dívidas com a União caem de quase R$ 2 milhões para menos de R$ 300 mil.