Futebol

Vasco escreve nova história contra o Fluminense

A história do que é, até aqui, a temporada do Vasco pode ser contada através dos confrontos com o Fluminense. Do time que, no fim de janeiro, perdeu por 3 a 0 na estreia do Estadual, só restavam dois jogadores neste domingo. Do reencontro, em abril, com nova derrota de 3 a 0, para o duelo de ontem, houve mais quatro mudanças.

O rejuvenescimento do time e o tempo, ainda escasso, de trabalho de Mílton Mendes ajudam a explicar o aumento da competitividade. As constantes transformações com a temporada em andamento, inclusive a de treinador, mostram por que o Vasco oscila. O que também se explica por não se tratar de um elenco tão rico.

Mas da tarde cheia de simbolismos neste domingo ficarão os bons sinais para a torcida do Vasco. Uma virada, nos acréscimos após duas duras derrotas no ano; o gol da vitória, marcado no último suspiro do jogo por Nenê, personagem de ampla discussão desde que passou a começar jogos no banco; a sensação de que o Campeonato Brasileiro pode não ser um calvário, tudo isso passa na cabeça do vascaíno após os emocionantes 3 a 2 deste domingo. A virada no clássico, a virada de rumo nos encontros com o rival, pode ser uma virada no ano do Vasco.

JOGO DE POSIÇÃO

O tempo, tão subestimado no futebol, talvez vá dando a cada um dos jogadores seu papel num elenco que não para de mudar. Tomando o dramático jogo deste domingo como parâmetro, parece haver indicações de que Manga Escobar mereça mais minutos do que Kelvin para atuar num dos lados do campo. Os cerca de 35 minutos dados a Nenê ontem, contando os acréscimos, podem sugerir que o grande nome vascaíno das últimas temporadas não precise, necessariamente, ser banco em todos os jogos. Mas sua presença, com seus 35 anos e o físico preservado, na hora decisiva do clássico, dão subsídios a Mílton Mendes para justificar a decisão de dosar sua utilização.

Do Fluminense, alterado em sua forma sem Wellington Silva e com Gustavo Scarpa, ficam também algumas observações. Scarpa foi praticamente um quarto homem de meio-campo, deixando o lado para Lucas. No primeiro tempo, o Fluminense até teve posse de bola, mas pouca velocidade e profundidade, suas armas características. No segundo, nos momentos em que predominou, o fez pela maior presença no centro do campo. Dois chutes de fora da área iniciaram os lances dos dois pênaltis a favor do tricolor. Wendel, que cresceu no segundo tempo, e Scarpa andaram combinando. Mas a capacidade de ser incisivo foi afetada. E a recomposição pela direita nem sempre funcionou.

Foi um jogo de mais luta, mais disputas por espaço do que de grandes predomínios ou grandes demonstrações de técnica. E que, aos poucos, foi sendo decidido em lances descolados do contexto. Este Vasco mais jovem tem dado a Luís Fabiano mais chances de fazer o acabamento da jogada. Foi assim, numa cabeçada em que mostrou raro senso de deslocamento sobre Nogueira, que o atacante abriu o placar aos 26 minutos.

DESFECHO MARCANTE

O segundo tempo virou um jogo dos volantes. Douglas era o homem do Vasco, teve duas boas chances da entrada da área. Mas Wendel e Douglas, com a infiltração de Scarpa, deram mais volume ao tricolor, que virou nos dois pênaltis batidos por Henrique Dourado.

O clássico preparava um desfecho dramático. Milton Mendes trocou Kelvin por Manga e forçou justamente o lado direito da defesa tricolor. Com a marcação à distância de Lucas, o colombiano acertou drible e chute aos 29. Abel soltou o time com Marcos Júnior, Mendes com Muriqui. Mas o destino deu a Nenê, em passe de Manga, a bola do jogo. Sobravam-lhe pernas, frieza e a habitual categoria para dar ponto final a mais uma bela história para a rica coleção de São Januário.

Fonte: Globo Online
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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