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Vasco exibe rostos desconhecidos e quer lideranças que sejam o oposto de Edm

Em fila indiana, dez dos doze reforços do Vasco entraram no auditório de São Januário.
Imprensa e conselheiros do clube apontavam em direção a alguns daqueles rostos e perguntavam quem era cada um deles, exceção feita a Léo Lima. Na apresentação de seu elenco, o Vasco desenhou o perfil que procura para voltar à Primeira Divisão.

Apesar do discurso ambicioso, todos admitem a dose de incerteza que cerca reforços menos famosos. Ao mesmo tempo, o clube prioriza ter líderes. Dentro de campo, a aposta é em dois jogadores com um passado instável: Léo Lima e Carlos Alberto, que pode ser anunciado hoje.

— Carlos Alberto vive uma fase de amadurecimento, com sabedoria de vida. Léo Lima chega mais maduro.

Precisamos da liderança que faltou em 2008. Os dois influenciam, mas sem fragilizar os jovens — disse o agora vice de futebol José Hamilton Mandarino, evitando citar o nome de Edmundo, mas referindo-se à sua presença, considerada inconveniente para o grupo no ano passado.

Um técnico ao estilo Muricy
Léo Lima incorporou a missão que lhe foi dada e citou o ano em que deixou São Januário após problemas com diretoria e torcida: — Digo aos novos reforços que este é um clube de muita grandeza. É preciso se dedicar e suar bastante. Sou um jogador diferente de 2003. Era um jovem de família humilde e me perdi.

As pessoas do clube naquela época tiraram um pouco do meu sentimento pelo Vasco. Agora, estou reatando.

Perfilados, os reforços ouviram o presidente Roberto Dinamite pedir dedicação e prometer pagar salários em dia. Por falar em comando e liderança, fora de campo ela também foi alterada. Como vice-presidente, Mandarino participará do planejamento, mas a execução está a cargo de Rodrigo Caetano, novo diretor executivo. Carlos Alberto Lancetta segue na gerência, cuidando de questões logísticas, ligadas ao trabalho de campo.

Mas, acima de tudo, é na liderança de Dorival Júnior que o clube aposta.

— Aquele técnico do São Paulo (Muricy) influencia os jogadores.

Ninguém brinca com ele. E Dorival já foi seu auxiliar. Hoje, o discurso dele para os jogadores foi o melhor que já vi — exaltou Mandarino. — Com este elenco, brigaríamos lá em cima no último Brasileiro.

Apesar do otimismo, os paraguaios Pedro Vera e Milton Benítez, que perderam o voo em Ciudad del Este e foram os únicos ausentes ontem, simbolizam o outro lado da moeda: a possibilidade de que muitos dos reforços, sem experiência em clubes grandes, possam sentir o peso do desafio.

— Os paraguaios foram muito observados, inclusive pelo Humberto Rocha (supervisor de futebol de base). Tiveram um baita destaque lá, mas as condições eram diferentes.
Precisam de uma avaliação aqui — disse o dirigente. — Às vezes, até um jogador de extrema qualidade não se adapta. Mas estes têm experiência, inclusive de Série B.

É o caso de Jéferson, meia que veio do Santo André, do zagueiro Gian, exIpatinga, e de Fernandinho, lateral-esquerdo que chegou do Vila Nova e que, de longe, era o mais tímido diante do assédio. Também sob avaliação está o lateral Ulisses, ex-Fluminense, que o técnico Dorival Júnior não conhece. O lateral-direito Paulo Sérgio, de 30 anos, é o mais experiente dos contratados, com passagens por Grêmio e Palmeiras. Já o zagueiro Titi, embora não fosse o mais alto — tem 1,88m, contra 1,90m de Gian —, impressionou pelo porte físico. Ele foi cedido pelo Internacional, após jogar no Náutico. Também vestiram a camisa do Vasco ontem o lateral-direito Fágner, emprestado pelo PSV; Enrico, ex-meia do Atlético-MG e que estava na Suécia; e o meia Fernandinho, que vem do futebol japonês.

O Vasco ainda busca um goleiro e o alvo é Cássio, do PSV. Pode precisar de outro, já que a proposta de renovação feita a Rafael não agradou e ele tem clubes interessados. O clube tenta, ainda, o volante Nilton, do Corinthians.

Outra necessidade são dois atacantes. O acordo com o chileno Pinilla, que parecia certo, ficou distante depois que o jogador pediu reajuste salarial acima do esperado pelo Vasco. Vandinho, do Flamengo, interessa. Mas a relação entre os clubes, que no discurso seria de cooperação, sofre marcas da rivalidade que faz tudo caminhar lentamente.

— O discurso é uma coisa, mas o Flamengo está meio confuso sobre quem liberar — disse Mandarino.

Fonte: O Globo
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