Política

Veja as principais propostas de Nelson Rocha para a presidência

Lançado candidato por outro grupo de executivos vascaínos em dezembro do ano passado, Nelson Rocha é contador, foi vice-presidente da Suderj, secretário estadual de Fazenda e foi vice-presidente geral e de finanças do Vasco na administração Roberto Dinamite. Ele deixou o clube em setembro de 2012 quase ao mesmo tempo que José Hamilton Mandarino, Fred Lopes e outros vice-presidentes. Pela chapa “Vira Vasco”, ele logo se mobilizou para contestar na Justiça o processo eleitoral vascaíno, que tinha denúncias de adesão em massa de sócios que ficou conhecido como “mensalão”. Depois de levar o caso ao Ministério Público, Nelson foi para a Justiça e ainda tenta impedir os cerca de três mil sócios-eleitores de participarem do pleito vascaíno. Entre os projetos, propõe uma redução radical de vice-presidências - de quase 20 para cinco -, além de uma valorização obrigatória dos garotos formados em casa.

Criticado pela oposição quando ainda era vice-presidente de finanças pelos três anos com parecer de reprovação do Conselho Fiscal - todas as contas terminaram aprovadas em votação no Conselho Deliberativo -, Nelson rebate a sustentação técnica do Conselho e ressalta que foi ele quem alertou das falhas no contrato com a Penalty. Ele enxerga nas reprovações motivações muito mais políticas do que técnicas. Ao mesmo tempo fala em economia de R$ 17 milhões em acordo com dois ex-jogadores.

- É uma incoerência muito grande pedir reprovação das contas se o Vasco foi eleito em 2011 clube com a melhor gestão do futebol brasileiro. Isso não fui eu quem disse. Foi aquela consultoria, a Pluri Consultoria, que fez esse estudo. Naquele ano de 2011, o nosso resultado do exercício foi de R$ 3 milhões - afirma Nelson.

O candidato também rebate as críticas sobre a franquia da sua mulher na loja oficial do clube.

- Os que falam são aqueles que não acreditam no Vasco, porque botamos dinheiro num negócio que a minha esposa é a responsável. Investimos R$ 500 mil nas lojas. Diferentemente de gente que bota dinheiro do Vasco e recebe dinheiro de volta. As três lojas ao longo de dois anos geraram em royalties para o clube e até hoje nunca tiramos um centavo. Ao contrário, só botamos dinheiro.

Candidatura

- Não sou uma pessoa que surgiu do nada e chegou ali para participar de uma eleição. Não sou candidato porque quero, porque acordei de manhã e um raio de sol me pediu para ser candidato. Sou candidato porque um grupo de executivos me pediu para ser. Porque entendiam e viam em mim administração profissional e competente no clube. A credibilidade que tenho junto a mercados e empresas me credenciam para a melhor gestão que o clube já teve, eu diria. No campo da ética, sigo as normas e o estatuto para buscar a representatividade. Outros candidatos não agiram dessa forma, por isso estão sendo questionados sobre a adesão de sócios. Se eles são culpados ou não, a Polícia e a Justiça decidirá, mas de qualquer forma o nome envolvido já mostra para onde o sócio tem que olhar na hora de votar. O mais importante, por fim, é o amor ao clube e o sentimento que queremos resgatar de alguém que não tem medo de enfrentamento. Tenho o pulso com inteligência que o clube precisa. Sem arroubos, sem interesses pessoais.

Dívidas, acordos e renegociações

- Quando chegamos (primeiro mandato de Dinamite), traçamos uma estratégia, embora acho que poderia ter sido melhor. Saltamos de R$ 52 milhões de receitas (2008) para R$ 137 milhões (2009). Quase triplicamos as receitas, mas era normal que se aumentassem as despesas, porque você começa a ter um time mais competitivo, mas houve problema nas despesas. Mas os clubes brasileiros são perdulários: gastam acima da sua capacidade de arrecadação. O Vasco poderia ter tido resultado melhor. Traçamos estratégia em 2009 para a dívida, que continua válida. Dividimos a dívida em três pontos: a trabalhista, a cível e a fiscal. Na trabalhista, o ato no Tribunal Regional do Trabalho, que concentra as dívidas, havia sido descumprido um mês depois de assinado pelo ex-presidente. Conseguimos uma negociação melhor com o TRT e conseguimos alongar esse perfil de pagamento dessas dívidas para oito anos. Isso estava em vigor quando eu saí, acredito que continue, porque foi esforço muito grande. Só conseguimos isso por conta da credibilidade que passamos. Hoje, é uma quantia que deve chegar a cerca de R$ 10 milhões por ano.

- Eu disse quando entrei que seriam pelo menos cinco anos para botar a cabeça para respirar. No caso, equacionar ainda ia demorar muito mais. Na dívida trabalhista, alongamos ela. Na cível, equacionamos os principais processos, mas fizemos acordo dentro da nossa capacidade de pagamentos. E isso tudo comprometia tudo no atual fluxo. Na medida que vou tendo que pagar para trás, sobra menos para o atual. Eventualmente, como muitos já estavam em fase de execução, ou fazíamos isso (pagávamos) ou a gente comprometia um pouco a receita cotidiana. Não existe a possibilidade de ser diferente.

- Na questão fiscal, paralelamente discutimos isso de outra forma, que continuo achando a única saída para o futebol brasileiro. Não dá para se resolver essa questão na forma que está hoje. É enxugar gelo. Porque, primeiro, Timemania não quita a dívida. Se pegar o que recebe de receita do Timemania, não paga os juros. Por isso que a dívida cresce todo ano. Segundo, mesmo se o clube tivesse a intenção de pagar direto, os valores são em torno de R$ 250 milhões, mas se considerar a taxa de juros, são quase R$ 30 milhões por ano. É uma necessidade a discussão do Proforte, dessa lei.

Planos para o futebol

- Vamos ter um comitê, que será composto por cinco pessoas: o vice-presidente, o diretor executivo do profissional, o diretor da base, o vice-presidente de finanças e pelo vice-presidente de marketing. A inclusão desses últimos dois têm a ver com o seguinte: ninguém vai tomar decisão sem o financeiro e o marketing vai auxiliar e opinar numa contratação, na viabilidade de um investimento. Para não acontecer o que aconteceu comigo: o cara vai lá, contrata e quem paga a conta é o financeiro. Nossa chapa vai ter três pilares: transparência e ética; competência; e pertencimento, que é um conceito que vamos trazer. É o principal pilar da nossa estrutura. As pessoas não estão lá por acaso, elas pertencem a um clube, que não é qualquer um, então tem que ter orgulho. Se não tiver, não entra. Jogador que não tem orgulho de vestir a camisa do Vasco, está fora. Se não der sangue, está fora. Além disso, queremos resgatar a mística dos camisas negras. Vai jogar todo mundo de preto, do profissional ao infantil, o uniforme preto com a faixa branca, às vezes com o uniforme todo preto, eventualmente. Outra coisa: num elenco com 33 jogadores, queremos um terço desses da base. No mínimo. “Ah, mas essa safra não está boa”. Não interessa. O que queremos com isso: atrair os jovens, porque sabem que vão ter oportunidade lá na frente. Esses jogadores em cima, aqueles que não forem aproveitados, vamos poder vender, vamos fazer dinheiro.

Modelo de gestão

- Nossa ideia é trabalhar com comitês, uma estrutura enxuta, profissional. O corpo estratégico e político do clube são os eleitos, eles dão as diretrizes da gestão. Embaixo vem os profissionais, que tocam o dia a dia. Imaginamos uma estrutura de cinco vice-presidências só. Embora o estatuto preveja 14, vamos aglutinar em cinco apenas, que são a vice-presidência de futebol, a administrativo-financeira, marketing e comunicação, esportes olímpicos e social, que vai da relação com sócio a responsabilidade social.

Esportes olímpicos

- Vamos ter remo obrigatoriamente, porque faz parte da nossa tradição. Os outros esportes olímpicos são autossustentáveis, senão não existem, mas vamos trabalhar com vôlei, basquete e atletismo - outro tradicional, que teve Adhemar de Barros, está no hino etc. Mas estamos abertos para todos esportes olímpicos, com a exceção do remo que faz parte da nossa história e teremos obrigatoriamente, mas têm que ser autossustentáveis, senão não existem. Temos ideias específicas para conseguir patrocínio para o vôlei e o basquete.

Fonte: ge
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