Política

Veja como foi o debate na Rádio Globo entre os candidatos à presidência

A Rádio Globo realizou na tarde deste domingo(03/08), durante o programa Enquanto a bola não rola, um debate entre os candidatos à presidência do Club de Regatas Vasco da Gama, cujo processo eleitoral está marcado para o dia 6 de agosto. Estiveram presentes os candidatos Julio Brant, da chapa 'Sempre Vasco', Nelson Rocha, da chapa 'Vira Vasco' e Tadeu Correia, representando a chapa 'Vasco passado a Limpo'. Os candidatos Eurico Miranda, da chapa 'Volta Vasco Volta Eurico' e Roberto Monteiro, da  chapa 'Identidade Vasco', foram convivados, mas não compareceram. Confira como foi o debate a seguir.

Por que ser presidente do Vasco?

Julio Brant- indignado com a situação do Vasco, considera a tradição jogada no lixo e  vê a instituição desrespeitada. “Eu sempre digo que minha infância no Vasco da Gama foi de clube social, de alegria e muita confraternização no Club de Regatas Vasco da Gama. Hoje em dia vemos o clube largado, abandonado, triste, cinza, desagradável e de um ou dois donos, acho isso um absurdo pro Vasco. Isso me indignou e quando fui chamado pelo grupo IBMEC, que começou a pensar num modelo novo pro Vasco, do qual o Edmundo faz parte, eu entendi que seria  a oportunidade que eu tinha de trazer para o grupo e esse time a minha indignação e colocar isso na prática.”

Nelson Rocha- Considerou a candidatura como uma convocação e uma convocação para o clube que ama e disse não poder deixar de lado. “É uma convocação de vários executivos do mercado, de advogados e pessoas que se uniram e tinham percebido o quanto o Vasco se apequenou e entenderam que deveríamos formar uma chapa. Antes do interesse na candidatura, preparamos um projeto, pensamos em como administraríamos o clube para depois uma candidatura, que não é fruto de um desejo pessoal do Nelson, mas do entendimento de uma melhor proposta, de um melhor modelo para que o clube pudesse voltar a ser chamado de  ‘o Gigante da Colina’. O clube precisa de preparo, competência, credibilidade para resgatar esse status que o clube sempre teve ao longo da sua história e perdeu.”

Tadeu Correia-começou cedo no Vasco, nos anos 70, esteve no departamento de futebol profissional  e amador. “Estou muito triste, o que destrói o Vasco hoje é o processo político em que os objetivos pessoais estão sempre à frente do objetivo maior, que é o Club de Regatas Vasco da Gama. Não falta projeto para o Vasco, mas saber colocar em prática os projetos que foram estudados e que existem, é o x da questão. Quem for o profissional da área de gestão, vai levar tremenda vantagem nesse processo. O problema não é aparecer um candidato com um projeto mirabolante, mas saber quem vai colocar em prática. Eu me preparei academicamente, meu sonho era chegar no Vasco e ajudar o Vasco, principalmente na área de gestão do esporte.”

Planos para o futebol profissional

JB-Comitê gestor do futebol, com um grupo de profissionais preparados e ligados diretamente ao futebol com condições de entender o futebol moderno, como trazer o conceito de futebol de resultado.

NR-Futebol profissional terá no mínimo um terço de jogadores da base, criação de cargo de diretor executivo da base, remuneração variável para maior competitividade, um terço de valor fixo e outra parte variável, conforme resultados, comitê formado pelo vice-presidente de futebol, diretor executivo de futebol, diretor executivo da base, vice-presidente de finanças e vice-presidente de marketing.

TC-Plano de cargos e salários enxuto, com atletas trabalhando por produção, futebol amador com linha de montagem e gestão de qualidade, jogador formado nos juniores ser aproveitado e não jogado diretamente no mercado.

Por que motivo não há chapa única e quem é candidato de situação e oposição?

JB-considera candidatura de Roberto Monteiro de situação, assim como de Eurico Miranda. “Os nomes que estão presentes estão gerindo o Vasco há muito tempo, vejo duas candidaturas de situação. A do Eurico é de situação, por questões óbvias, e a do Roberto Monteiro que, no fundo, é uma parte do todo que está gerindo o Vasco, e levou o Vasco a essa falência. Nossa proposta é moderna, um projeto de pessoas ligadas a gestão e ao futebol, nunca passou no conceito do grupo em pensar em nomes. Deixamos d elado a politicagem e focamos nosso trabalho num trabalho técnico e de gestão para o Vasco da Gama. E me perguntam a razão de ter demorado a lançar o nome, nossa ideia era maturar o projeto, pensar num projeto bom para o Vasco.”

NR-Prega a necessidade de uma terceira via, tendo em vista o quadro atual do clube.. “A situação do atual presidente e do ex-presidente é fruto de não ter ninguém querendo apoiar a situação e ninguém quer a continuidade do que está aí, face à apatia do que se apresentou no segundo mandato. O que é necessário hoje é uma terceira via, alguém que possa efetivamente, a partir da experiência acumulada, em futebol, principalmente em gestão esportiva, para administrar de forma efetiva, contundente e com firmeza de propósito. O clube não pode se apequenar, tem que ter pessoas firmes, mas sem arrogância, sem truculência, que façam o Vasco retomar o prestígio que teve ao longo do tempo que se perdeu.”

TC-proposta de união entre grupos políticos. “Natural seria a situação estar ao lado do presidente atual, isso naturalmente acontecia. Quando houve a denúncia do denominado ‘mensalão vascaíno’, começou a transcorrer o processo e quando chegou 2014, alguns problemas foram parar na delegacia, tentando pegar documentos à força, e percebemos que o posicionamento da atual presidência não foi condizente com garantir os documentos que são do Vasco. Ficamos com receio, fizemos uma reunião e decidimos que teria um candidato. Não se define quem é situação ou oposição, mas divido em blocos de coisas positivas e negativas,chapas positivas e negativas, seria esse o cenário. A melhor solução seria todos nós nos unirmos”

Proposta para a base

JB- “A base é a base. O Vasco tem o histórico de lançamento de craques e ídolso todos formados na base do clube, ídolos que foram artilheiros históricos, a história do Vasco mostra que o caminho é a base ”, diz o candidato. Ideia de construir CT, conversa com investidores, há carta de compromisso para viabilizar o investimento. CT como centro de excelência de formação de jogadores, com profissionais multidisciplinares, como psicólogos, fisioterapeutas, professores, médicos, nutricionistas, profissionais de diversas áreas para formar o cidadão, e não só o jogador.

NR-“Quando falei em ter um terço nos profissionais com atletas oriundos da base, começa aí o projeto. Os meninos que forem para o profissional não terão interesse por outro clube porque sabem que vão ter mais oportunidade.”. Para o candidato, o clube deve ter 100% dos direitos econômicos e diminuir a relação com empresários. O sentimento de pertencimento, também destacado, significa que só jogará no Vasco quem tiver orgulho de vestir a camisa do clube, não sendo mais um clube de aluguel, regate dos camisas negras, com time sempre vestido de preto.

TC-“Antes de olhar para a base, tem que haver boa estrutura”, disse Tadeu. Faz proposta em 2013 de modelo de desenvolvimento para revelação do talento, frisa pela existência do supervisor que entenda do processo de treinamento e cobre do treinador.

Nominação de responsáveis por caos financeiro e soluções

JB-Para o candidato, o responsável pelo clube é o presidente e é importante que o presidente saiba delegar poderes a quem saiba gerenciar as contas do clube. “Quando se fala de responsabilização, é uma só, do presidente, é dele a responsabilidade de gerir o clube e de delegar.

NR-Ex-presidentes responsáveis, como Eurico e Calçada, além do atual, Roberto Dinamite. “Há nome e endereço, é lá na rua General Almério de Moura, os ex-presidentes todos têm responsabilidade. O futebol brasileiro é perdulário, nãompode continuar o que está fazendo, é preciso ter rigor.”

TC-“A piscina é um dos sintomas do problema do Vasco nas administrações anteriores. Se fizermos um divisor de águas, em 2008 e antes de 2008, a  dívida era 70%, todos têm 70% de culpa até 2008, mas de 2008 até hoje são 30%. O presidente atual tem uma culpa relativamente alta porque conseguiu acelerar o processo. O problema está no clube, que não tem gestão e um processo administrativo caótico e em queda vertiginosa.”

Projeto para questão social do Vasco

JB-“O Vasco vive 3 crises, operacional financeira e de imagem, mas a mais grave é a de imagem, o sócio chega ao clube e não sente mais aquele arrepio de entrar no estádio, o tempo é limitado para entrar na sala de troféus, não é a melhor maneira de tratar a história do clube. O passo é vencedor, de glórias e superação. Quero resgatar isso.” O candidato propõe fazer pequenas intervenções em São Januário para fazer deste um estádio agradável, como limpeza, melhora na acessibilidade de idosos e portadores de deficiências.

NR- “O clube se apequenou e isso afasta sócios, primeira coisa é ter sócios e tentar fidelizá-los e que não haja vinculação só ao futebol”, disse Nelson. Propõe convênios com casas portuguesas para torcedores se tornarem sócios do clube, resgate ao projeto de integração da Sede do Calabouço e torná-lo um grande complexo esportivo e que este seja sede associativa e com participação efetiva. Além disso, há proposta de tornar São Januário uma arena multiuso para ser usada pelo futebol e shows e acoplamento do estádio a um shopping.”

TC-“Vemos o projeto social como de sustentabilidade. O sócio tem que ser cativado, ele não tem uma piscina para frequentar, nem evento para participar. Onde estão os bailes de carnaval e os eventos que o pessoal vivia e esperava dentro do Vasco? Temos que fazer um plano de sócio que agregue esse valor a esse programa, isso é fundamental.” Sugere um departamento de marketing agregado,  divisão no departamento social de responsabilidade social para mudar os enfoques no clube.

Por: Cesar Augusto Mota

Fonte: SUPERVASCO.COM
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