Política

Após 11 anos de batalhas, MUV chega ao poder

A posse de Roberto Dinamite na presidência será a coroação de mais de uma década de suor, sangue e lágrimas. E essa página histórica começou a ser traçada no Maracanã, em 1997. Liderados pelo ex-jogador de vôlei Fernandão, um grupo de vascaínos sonhava entrar na política do clube e modernizá-lo.

Nascia assim o Movimento Unido Vascaíno (MUV).

Faziam parte desse grupo Hércules Figueiredo, atual presidente do Conselho Fiscal, e os conselheiros Arthur Sendas, Olavo Monteiro de Carvalho, Pedro Valente, José Carlos Osório e Jorge Salgado, este último derrotado por Antônio Soares Calçada na primeira eleição em que o MUV participou, em 1998.

Com a derrota, também veio a deserção de alguns soldados, todos convidados por Eurico a acompanhar a delegação vascaína que disputaria o Mundial de Clubes no Japão: Ricardo Vasconcellos, Marco Antônio Monteiro, Antônio Porphirio, Carlos Miranda e Antônio Lopes (homônimo do técnico) passaram para o lado de Eurico.

Um soldado, no entanto, continuou na trincheira: Hércules Figueiredo foi eleito representante da oposição no Conselho Fiscal. E o MUV subia um degrau em sua caracterização oposicionista. De um movimento para simplesmente modernizar o clube, ao detectar, com Hércules, irregularidades contábeis, passou a ter como meta principal tirar Eurico e companhia do poder.

Mais uma vez derrotado na eleição, agora em 2000, o MUV encontrouemRoberto Dinamite a figura ideal para bater Eurico. E justamente num episódio provocado pelo próprio dirigente dois anos depois, quando Dinamite foi expulso da tribuna de honra de São Januário pelo ex-dirigente. Em 2003, Roberto é derrotado pela primeira vez em eleição questionada na Justiça e marcada pela violência: Fernandão chegou a ser agredido dentro de São Januário. Em 2006, a eleição foi anulada e o pleito se estendeu até a última sexta, quando Roberto, enfim, foi aclamado presidente.

Sacrifícios em nome do amor ao clube do coração
Depois de anos de luta, o comando do grupo que, enfim, chegou ao poder no Vasco está em outras mãos, que encararam a última e derradeira batalha desde 2006. José Henrique Coelho, atual presidente do MUV, é empresário do ramo de vestuário feminino e confessa ter deixado até mesmo a família de lado durante as inúmeras reuniões para traçar o planejamento para o futuro do clube.

– Não foram poucas as vezes que deixei de lado o lazer com a família para me dedicar a esta luta. Todos nós passamos, às vezes, por cobranças dentro de casa – disse José Henrique, casado com Cláudia e pai de Giovanna, 10 anos, e Manoela, 6 meses.

Juntos neste novo Vasco estão os bem sucedidos empresários Luso Soares da Costa e Olavo Monteiro de Carvalho. Profissionais muito respeitados em seus ramos, ambos deixaram as atividades de lado em alguns momentos para se dedicar ao Vasco. Assim como Fernandão, ex-jogador de vôlei do clube e ferrenho oposicionista a Eurico.

Na batalha para fazer o MUV forte, o ex-atleta teria perdido até na vida profissional. Nos bastidores, diz-se que Fernandão teria perdido seu emprego de comentarista num canal de televisão graças a um pedido de Eurico Miranda à diretoria. Mas nada foi provado. Isto sem contar com o episódio em que o ex-jogador foi agredido no Vasco, em 2003.

Fonte: Lance
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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