Política

Dinamite sonha com Juninho-PE e Olavo fala de patrocínios

No primeiro dia útil após o fim de semana que pode começar a mudar sua história, o Vasco vive panoramas distintos.

Enquanto a diretoria passa por momentos de tensão, correndo para tentar anular a eleição da Chapa Branca, Roberto Dinamite, o candidato de oposição que recebeu 827 votos no sábado, tranqüilo, mantinha os pés no chão. Numa entrevista coletiva em que a cúpula do grupo que o apóia parecia comemorar antecipadamente a vitória no pleito de sexta-feira, quando o Conselho Deliberativo vai escolher o presidente do Conselho Diretor, ele mostrava serenidade.

Como o eficiente artilheiro de seus tempos de jogador, ele sabe que está com a bola na marca do pênalti, aos 48 minutos do segundo tempo, e não pode falhar. E tem razão: como Eurico Miranda anunciou que não disputará o cargo caso não consiga anular o pleito de sábado, o Conselho de Beneméritos escolheu ontem Amadeu Pinto da Rocha, com apoio de Antônio Soares Calçada, para substituir o atual presidente. Precavido, conhecendo a força dos adversários, Roberto Dinamite adotou um discurso de prudência.

— É uma estratégia deles e não tenho que ficar falando muito sobre isso. Respeito quem está do outro lado, principalmente seu Amadeu e seu Calçada, com quem nunca tive problemas. A única coisa que eu espero é que os conselheiros confirmem o resultado das urnas — disse Roberto.

Juninho Pernambucano, um sonho de Dinamite

Numa entrevista coletiva que começou com uma hora e meia de atraso, Roberto mostrou segurança e acima de tudo serenidade. Sem bravatas ou provocações, levantando a bandeira da paz e do respeito mútuo, falou sobre o Vasco que pretende ajudar a erguer. Como aposta muito em imagem e a dele sempre esteve ligada ao Vasco, acredita que o segredo do sucesso está na contratação de um craque que tenha identificação com o clube e com a torcida. Na reestruturação que planeja, o dever de casa é a descoberta de um jogador-referência.

— Sei que é difícil, mas o Vasco precisa de um jogador do nível de um Juninho Pernambucano, que tem identificação com a torcida. Mas ele é heptacampeão francês... Hoje em dia, o Vasco não tem um jogador que seja uma referência, apesar do Edmundo. Ele saiu, voltou, saiu, voltou...

Dinamite garante que a reformulação vai respeitar o critério da competência. Cargos de confiança, no entanto, como os de vice-presidentes, serão renovados. O departamento médico, por exemplo, vai ser mudado. Médicos como Clóvis Munhoz e Fernando Mattar, que saíram em 2004 em meio a uma crise no setor, têm volta garantida se a oposição for confirmada na sexta-feira.

— Nem todos que estão lá estarão juntos no futuro. É preciso limpar as coisas erradas, mas de forma criteriosa, sem caça às bruxas — diz Roberto. O ponto nevrálgico é a comissão técnica. Apesar do discurso de respeito, a permanência de Antônio Lopes está comprometida. Se em São Januário Lopes se recusou a falar sobre futuro, no Centro do Rio Roberto driblou o assunto. Em momento algum garantiu ou deu a entender que o técnico poderia continuar: — Não tenho opinião formada, não vou decidir nada sozinho. Tenho ótima relação com Lopes, respeito-o como profissional — afirmou.

Roberto é favorável à reativação da camisa 11 Segundo o advogado Luiz Américo Chaves, do MUV, a situação não tem a menor possibilidade, por esgotamento de recursos e de canais competentes, de anular a eleição de sábado. Nesse contexto, os líderes da oposição asseguram que têm alternativas para preencher um buraco de R$ 250 milhões, a dívida vascaína estimada pelo MUV.

— Tenho sido procurado por empresas com ofertas para parcerias e patrocínios. Vai ter fila de gente na porta do Vasco — afirma Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Associação Comercial do Rio e da Assembléia Geral da chapa de Roberto Dinamite.

Mais cauteloso, Roberto manteve discurso sereno.

— Precisamos primeiro ver a real situação do Vasco, com um levantamento, uma auditoria.

Acredito em que dois, três meses podemos ter isso. A marca Vasco é muito forte.

De concreto mesmo na plataforma de Dinamite é a reativação da camisa 11. A estátua em homenagem ao Baixinho está sub judice no momento.

— A melhor forma de homenagear Romário é a volta da camisa 11. A estátua não é prioridade para nós, mas se colocarmos estátuas de todos os ídolos, a gente teria que colocar uma do Ademir, do Barbosa, do Vavá e até uma minha — diz o ex-artilheiro.

Fonte: O Globo
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