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Bellini, capitão vascaíno da Seleção de 58, completa aniversário hoje

Nascido em 07 de junho de 1930, o zagueiro Bellini entrou para a história do futebol brasileiro. O ex-jogador foi o primeiro atleta nacional a erguer o troféu mais cobiçado do planeta: o da Copa do Mundo. Capitão do histórico time de 1958, o ex-atleta revelou que a fama que lhe rendeu por criar o gesto de levantar a taça foi simplesmente um ato para ajudar os repórteres que não estavam conseguindo realizar o seu trabalho.

\"Não pensei em erguer a taça, na verdade não sabia o que fazer com ela quando a recebi do Rei Gustavo, da Suécia. Na cerimônia de entrega da Jules Rimet, a confusão era grande, havia muitos fotógrafos procurando uma melhor posição. Foi então que alguns deles, os mais baixinhos, começaram a gritar: \"Bellini, levanta a taça, levanta Bellini!\", já que não estavam conseguindo fotografar. Foi quando eu a ergui\", conta Bellini, rindo ao se recordar do histórico momento.

Natural de Itapira, interior paulista, Bellini cresceu escutando vários nomes de jogadores na Praça Central da cidade que, aos domingos, lotava de fãs do futebol com os rádios sintonizados nos clássicos entre as grandes equipes paulistas que eram realizadas no estádio do Pacaembu. Em 1949, já com 19 anos, o futuro zagueiro da seleção brasileira conseguiu um lugar em uma equipe profissional.

Embora não tivesse grande qualidade técnica, Bellini demonstrava um futebol de muita raça, e acima de tudo, categoria e lealdade contra os adversários. Desta maneira, chamou a atenção do Sãojoanense, que o contratou sem que o zagueiro realizasse um único teste. Depois de três anos no modesto clube, Bellini, mesmo jogando a segunda divisão do futebol paulista, chamou a atenção dos grandes clubes do Brasil e acabou acertando um contrato com o Vasco da Gama.

No Rio de Janeiro, o zagueiro conseguiu entrar para a história do futebol brasileiro. O paulista permaneceu em terras cariocas por dez anos, conquistando três títulos cariocas, em 1952, 1956 e 1958, formando a equipe apelidada de \"Expresso da Vitória\". Bellini, porém, passou o primeiro ano na equipe de aspirantes do clube para ganhar experiência. Somente na segunda temporada é que conseguiu um lugar entre os profissionais.

Aos poucos, o camisa 3 vascaíno virou ídolo da torcida pela seriedade que exibia em campo. Mesmo sem contar com grande qualidade técnica, esbanjava disposição física, garra e dava segurança ao restante do elenco, o que arrancava suspiros do então técnico Flávio Costa. Com o sucesso já alcançado, Bellini foi lembrado pela primeira vez para a seleção brasileira.

Em 1957, nas Eliminatórias para a Copa da Suécia, mas precisamente no dia 13 de abril, o jogador estreou com a camisa canarinha no empate por 1 a 1 com o Peru, em Lima, para nunca mais sair. Um ano depois já era o capitão do Brasil e ajudou os sul-americanos a vencerem a Suécia na final da Copa do Mundo. Em 62, foi ao Chile como reserva do amigo Mauro Ramos, que acabou repetindo o seu célebre gesto, homenageando-o.

Mas, após dez anos vestindo a camisa do time da colina, o jogador voltou ao seu estado. Em 63, Bellini acertou a sua transferência para o São Paulo, clube que estava em uma grande crise em decorrência da construção do estádio do Morumbi, que impossibilitou o tricolor paulista de montar um grande time. No entanto, a tentativa deu certo. No auge de seu vigor físico, aos 32 anos, Bellini não decepcionou a diretoria do clube paulista que apostou alto em sua contratação.

Embora mantivesse a mesma regularidade, a fraca equipe do Tricolor não era páreo para o Santos de Pelé e companhia, e para o Palmeiras. Sem títulos pelo clube do Morumbi, Bellini mudou-se para Curitiba, onde passou a defender o Atlético-PR. Com 38 anos, e ao lado do também experiente lateral-direito Djalma Santos, o zagueiro permaneceu no Furacão por três anos.

Campeão paranaense em 1970, já aos 40 anos de idade, Bellini, apesar da idade avançada, ainda exibia grande forma física, graças a fidelidade com as suas obrigações extra-campo. Porém, decidiu pendurar as chuteiras para não prejudicar o restante do elenco do Atlético, terminando no Paraná uma das carreiras mais vitoriosas do futebol brasileiro, onde o principal título foi o gesto repetido por vários atletas do planeta, entre eles os brasileiros Mauro Ramos, Carlos Aberto Torres, Dunga e Cafu.

Ficha Técnica:
Nome completo: Hilderado Luís Bellini
Posição: zagueiro
Data de nascimento: 07/junho/1930
Local: Itapira (SP)
Altura e peso: 1,82m e 77 kg
Clubes: Sanjoanense (49 a 51), Vasco da gama (51 a 62), São Paulo (63 a 68), Atlético-PR (68 a 70)
Títulos: Campeonatos Cariocas de 52, 56 e 58 (Vasco), Copa Rocca de 57 e 60 (Brasil), Taça Oswaldo Cruz de 58 e 61 (Brasil), Torneio Rio-São Paulo de 58 (Vasco), Copas do Mundo de 58 e 62(Brasil), Taça Bernardo O\"Higgins de 59 (Brasil), Taça Atlântico de 60 (Brasil)

Fonte: Fanáticos por Futebol
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