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Campeã no Pan é ex-atleta de handebol do Vasco

Quando encerrou a prova do stand up paddle race em primeiro lugar nesta sexta-feira, a brasileira Lena Guimarães Ribeiro, de 38 anos, foi ao delírio. A festa com sua família nas areias foi marcante, sobretudo após uma prova onda ela precisou lutar para conseguir uma recuperação incrível e superar a americana Candice Appleby nas águas de Punta Rocas, no distrito de Punta Negra, em Lima. Afinal, é a primeira medalha do Brasil em Jogos Pan-Americanos. E de ouro, ainda por cima

- É felicidade, sensação de dever cumprido e alívio também. Quando se treina muito, se dedica muito, a gente se cobra muito e não quer decepcionar quem está com a gente. A gente leva esse peso, não queremos, mas vem. Então quando termina, dá um alívio - comentou.

A guerreira Lena é tricampeã brasileira de SUP e tem um currículo vitorioso internacionalmente. Recentemente, ganhou o 11 City Tours, uma prova de 220 km, com cinco dias de duração e onde os atletas passam navegando pelos canais fluviais de 11 cidades na Holanda. Ela ganhou também duas medalhas de ouro nos Jogos Sul-Americanos de Praia em Rosário, na Argentina, em março.

Mas seus principais troféus são Kauai e Maui, seus filhos. Casada com o treinador da seleção brasileira de Stand Up Paddle, Américo Pinheiro, ela se divide entre o papel de mãe, atleta e professora universitária. Lena é formada em Educação Física e Nutrição. Antes de virar uma mulher do mar, seu terreno eram as quadras.

Lena começou jogando handebol, chegou à seleção brasileira sub-16 e fez parte do time do Vasco da Gama como profissional na época em que Eurico Miranda, então presidente, criou um projeto e investiu nos esportes olímpicos do Cruz-Maltino. Ela chegou a ser campeã brasileira.

- Fui ficando mais velha, e o nível estava muito alto. Eu engravidei, minha vida mudou um pouco, parei de jogar. Me mudei, fui morar em Arraial do Cabo, e meu marido Américo pegava onda. Eu sempre gostei desse universo do surfe, comecei a pegar umas ondinhas de longboard, mas só para me divertir. Passado um tempo, o SUP surgiu na vida dele, e ele me convenceu a participar por lazer, só que começou a ter muita competição, e eu sou muito competitiva - falou.

Nascida em Niterói, onde começou a carreira no handebol, Lena foi para Arraial do Cabo com a família, o ambiente propício para evoluir no SUP. A ficha caiu que ela havia se tornado uma atleta dessa modalidade quando ganhou sua primeira premiação em dinheiro no valor de R$ 700.

- Na primeira prova que eu ganhei dinheiro, lembrei do handebol. A minha equipe de Niterói, no júnior, ganhou uns campeonatos brasileiros, e a gente não tinha patrocínio, fazíamos rifa, vendia isso, vendia aquilo. Ai fui para um esporte que eu tinha mal começado, era amadora, fui para uma prova e ganhei R$ 700. Na hora, o Américo tirou da minha mão e falou: "vamos comprar um remo de carbono. Vamos investir". Ele estava investindo na minha carreira e fui crescendo. Fui campeã brasileira amadora e galgando degraus até chegar aqui - lembrou.

Lena Guimarães espera que o SUP, assim como o surfe convencional, entre nos Jogos Olímpicos. Como a modalidade não estará em Tóquio 2020 e, muito provavelmente, não entrará também em Los Angeles 2024, é muito difícil que ela esteja presente como atleta.

- Quem sabe como comentarista? - perguntou.

A tendência é que Lena não busque o bicampeonato no Pan de Santiago 2023. A brasileira torce para que uma nova geração se inspire em sua conquista e possa abrir mais ainda os caminhos do SUP no Brasil.

- Não adianta a gente vir, conquistar, fazer crescer e morrer. Espero, na verdade, que venha uma renovação. Creio que o SUP tem grandes chances de virar olímpico, é um esporte que tem todas as características pra ser. Até o público mesmo perguntou: "será que não tem que ser olímpico? Foi emocionante". Acho a olimpíada um evento incrível, pela minha idade, com certeza não vou estar competindo, mas só de poder saber que fiz parte da primeira semente, que foi o Pan, é incrível.

Fonte: ge
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