Futebol

Confira a entrevista com o atacante André Dias

Ele jogou ao lado de Robinho e Diego nos juniores do Santos. Passou frio na Rússia quando jogou pelo Spartak. Em 2006, por causa de uma cirurgia, ficou longe do futebol e acabou jogando no time de seu empresário, o Iraty. No último domingo, porém, André Dias foi o grande personagem da primeira rodada do Campeonato Brasileiro. E tudo por causa de um gol que o Brasil inteiro viu, ouviu ou ficou sabendo. Um gol até normal - um simples toque rasteiro na saída do goleiro. Diferente foi o pós-gol.

Na hora de comemorar, André resolveu beijar a canela. E, para estranheza geral, deu uma bitoca na canela esquerda depois de fazer o gol com a direita. Na última segunda, ele foi estrela aqui deste espaço por causa do gol feito, dos gols perdidos e da inusitada homenagem à canela. Ontem, a Coluna 2 bateu um papo com o jogador do Vasco para entender o que aconteceu exatamente no gramado do Machadão em Natal. Que motivos teriam levado um artilheiro a celebrar sua própria canela. Aos 26 anos, o bem-humorado André Dias contou a seguinte história:

Por que você beijou a canela?
Eu vinha há algum tempo me recuperando de lesões, torções, problemas no púbis. No ano passado tinha acertado com o Atlético-MG, mas acabei tendo que operar o púbis... não pude ir pra lá. Esses problemas atrapalharam muito. Então quando fiz o gol, nem passou pela minha cabeça beijar a perna com que tinha feito o gol. Eu queria beijar uma parte do corpo. Podia ser o joelho, a coxa, a cabeça... não dá pra beijar o púbis, né? Acabou sendo a canela. Era um agradecimento pela recuperação. Acabei beijando a perna - porque as pernas são fundamentais. Claro, você trabalha com a cabeça. Mas sem elas... não sou ninguém.

A celeuma criada em torno disso não acabou sendo boa?
Como diz o Dadá Maravilha, feio é não fazer gol. Mas não foi nada intencional. Nem se eu quisesse eu planejaria algo assim. Mas.. por mais que tenha recebido algumas críticas, foi até legal - entre aspas. Em Minas, em São Paulo, em Curitiba... as pessoas já perguntam quem é esse cara que beijou a canela? Eu falei da canelinha era abençoada porque, desde pequeno, minha mãe brincava comigo, me chamava de caneludo, de magrelo de canelas grandes. Nada a ver com caneleiro. Mas essa canelinha abençoada ainda vai me levar muito longe.

Mas você não teme ficar marcado?
Talvez. Eu falo demais dos meus erros. Talvez ajude a criar a imagem de que erro muito. Ninguém fala quantas bolas o Souza, por exemplo, erra num jogo. Quantas chances o Obina perde... ou mesmo o Romário. Todo mundo perde gol, às vezes três, quatro num jogo... Eu também. Só que como eu assumo e falo dos erros... isso talvez acabe me atrapalhando. O torcedor pode pensar que erro demais. Eu erro como os outros. Se você pegar as estatísticas do ataque do Vasco, vai ver que eu pego muito na bola... e que meu índice de erros não é diferente. Todo mundo perde gol.

Mas aquele último gol perdido... foi qualquer coisa...
Eram 50 minutos do segundo tempo. Eu cheguei cansado naquela bola. O Celso Roth pede pra gente marcar a morrer - essa é uma expressão dele. E isso não é fácil. Desgasta. Como atacante, tenho que me desdobrar. E o gramado estava ruim, algumas placas se soltavam, outras estavam mais fixas. Não é desculpa, mas não é como chutar num gramado europeu que é um tapete. O gramado lá ainda vai ficar bom - mas naquele dia estava muito ruim. E o torcedor às vezes não entende isso.

E por que você deu entrevista deitado?
Quando errei o chute, caí com cãibras nas duas pernas. Tentei me levantar, senti a dor de novo. Quando me virei... os repórteres já estavam ali. Nem pensei. Comecei a falar.

Fonte: Coluna 2 - Gustavo Poli
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