Dança dos números

De um a 11, os motivos que explicam a série vascaína de 11 jogos sem perder podem ser escalados, como um time de futebol.
A começar pelo goleiro Cássio, que entrou no time após a derrota contra a Cabofriense. De lá para cá, pegou tudo - até pênalti. Por extensão, a defesa também melhorou: são dez gols em 11 jogos, média de menos de um por jogo. Algo impensável no Campeonato Carioca, quando o time, também em 11 jogos, sofreu 21 gols.

- A nossa marcação, agora, começa lá na frente. Todos participam, conseguimos corrigir os principais defeitos - avaliou, há uma semana, o técnico Renato Gaúcho.

Da defesa para o meio, os números continuam provando a evolução da equipe. O meio-de-campo é o setor que dá padrão a um time. Regularidade não tem faltado: seja em São Januário ou fora do Rio, com os titulares ou os reservas, o Vasco não perde desde 15 de março. A torcida começa a apostar na vitória independentemente do adversário.

- Todo mundo aqui tem condição de jogar. Temos de ter atenção para não perder a vaga no coletivo da madrugada - brincou o titularíssimo Morais, resgatando a velha piada sobre o jogador que vai dormir titular e acordar na reserva.

No ataque, Edilson começa a reencontrar seu futebol, Valdiram passa por turbulências, mas a diferença parece ter sido mesmo a saída de Romário. O time passou a ter 11 jogadores que correm como loucos durante os 90 minutos.

Fora de campo também é possível encontrar explicações para a boa fase vascaína. Manter Renato Gaúcho mesmo após o fiasco no Carioca parece ter sido uma decisão acertada. O técnico ainda conta com total confiança do elenco e começa a mostrar resultados.

Números explicam o passado mas não garantem nada para o futuro. A bola continua com o time para conquistar o que a torcida mais quer: títulos, que podem escapar com uma simples derrota, após meses de invencibilidade.