O presidente da Câmara Municipal do Rio, Jorge Felippe (PMDB), prometeu para terça-feira a análise de dez vetos que trancam a pauta. Para isso, entrou em acordo com os vereadores na tentativa de garantir quórum. Jorge Felippe reclama que, pela Lei Orgânica, o quórum necessário para a abertura da sessão equivale a 33% do total de vereadores, enquanto na Alerj são necessárias apenas 10% das presenças.
Além dos 15 vereadores candidatos na Casa, outros sete têm parentes que disputam eleições proporcionais. Eles se dedicam a pedir votos para eles, inclusive no horário das sessões. Entre os projetos a serem votados está a mensagem enviada pelo município do Rio para contratação de professores. O presidente da Casa afirma não acreditar que os vereadores utilizem a estrutura dos gabinetes para campanhas.
A Alerj informou que não houve recomendação sobre liberação da panfletagem do material de eleitoral dentro da Casa.
Ressaltou, no entanto, que, depois de reuniões com a Justiça Eleitoral, foram dadas orientações aos deputados sobre o que a legislação proíbe, como o uso da estrutura da Casa na campanha. Foram divulgadas informações sobre o tema no informativo da Alerj.
Já o deputado Carlos Minc informou que, em seu gabinete, não há distribuição de propaganda: Não chega e nem sai material de campanha. O que tem lá são exemplares para verificar possíveis correções. A Mesa Diretora também não se manifestou sobre isso.
Roberto Dinamite também contesta: Não faço isso. Se alguém está fazendo, não é por ordem minha.
O deputado Édino Fonseca não foi encontrado, sexta-feira, em seu gabinete.
Os vereadores Tio Carlos e Márcio Pacheco não retornaram às ligações.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)