Futebol

Espetáculo garantido na volta do Maracanã

A reabertura não poderia ter sido melhor no palco mais sagrado do mundo. Num clássico emocionante, com muitos gols, lances geniais, o Botafogo derrotou o Vasco por 5 a 3 no novo gramado do Maracanã igual ao usado nos campos de golfe. A bola agradece. Rolou macia no tapete do campo dos sonhos. E os torcedores dos dois times não podem reclamar. Se Romário, a uma semana dos 40 anos, com seus três gols marcados ontem, reviveu a glória e magia de artistas principais de outros tempos, como Ademir, Zizinho, Pelé, Coutinho, Garrincha, Didi, Gérson, Jairzinho, Nilton Santos, Tostão, Dirceu Lopes, Eduzinho, Almir, Rivelino, Paulo César, Doval, Zico, Júnior, Leandro, Adílio, Roberto Dinamite, Bebeto e tantos outros, a equipe alvinegra provou que jogo coletivo também é espetáculo e acaba em bonita vitória.
Zé Roberto, Lúcio Flávio, Reinaldo, Ruy e Felipe Adão (filho de Cláudio Adão, outro craque dos anos 70) marcaram os gols da vitória que pôs o Botafogo na liderança do Grupo B, com nove pontos ganhos e 100 por cento de aproveitamento, e o futebol carioca em alta novamente. Se Romário teve atuação digna de nota 10, o time do Botafogo também foi eficiente e mereceu a vitória. Ex-volante dos bons, daqueles que sabiam passar a bola com classe, numa equipe alvinegra que inspirou o Brasil tricampeão em 1970, Carlos Roberto, agora treinador, fez o time se mover com muita luta e criatividade para chegar aos 5 a 3.

Se o primeiro tempo já foi rico com o 1 a 0, o que dizer do segundo, com várias nuances e as duas equipes igualadas com 10 em campo - Ygor fora expulso pelo Vasco no primeiro tempo e Thiago Xavier cometeu a mesma bobagem no segundo.

Os deuses agradeceram. O primeiro tempo foi rico. Do gol bonito de Zé Roberto, passando por lances inspirados de Romário, Alex Dias, Morais, Bill, Marcelinho, grandes defesas de Max e Roberto. Mas o que já determinara a vitória parcial alvinegra era o jogo coletivo. O Botafogo começou e terminou dominando os primeiros 45 minutos com muito mais transpiração, organização tática e boas atuações individuais.

Comandados pelo meia Zé Roberto, destaque da equipe, os garotos Bill, Marcelinho e Diguinho, principalmente, ditavam o ritmo da partida, acompanhados pela velocidade do lateral Ruy e da inteligência do experiente meia Lúcio Flávio. Com boa marcação, velocidade na saída de bola e no ataque, o gol nem demorou a sair. Pela meia direita, Zé Roberto cortou para o meio e bateu firme, de canhota. A bola ainda tocou na zaga vascaína e foi morrer no canto esquerdo de Roberto, aos quatro minutos: 1 a 0.

O Vasco ficou atordoado e por pouco levou o segundo. Reinaldo desperdiçou na meia-lua. O jogo começou a ficar equilibrado quando Scheidt perdeu a bola feio para Alex Dias. O atacante tentou encobrir o goleiro Max, que voou para tocar para escanteio. Foi o suficiente para acordar a torcida e o time do Vasco. Romário recebeu pela esquerda lindo passe de calcanhar de Alex Dias e, com bonito toque, bateu por cima de Max e do gol. Na outra jogada, pela direita, matou no peito, deixou a bola quicar no chão para disparar de fora da área, tentando surpreender Max, que espalmou para escanteio.

Ygor ajudou o Botafogo a retomar o jogo ao ser expulso depois de receber o segundo cartão amarelo por falta violenta. Morais ainda deu lambreta no meio de dois marcadores pela direita, mas caiu desequilibrado na área. O Botafogo quase ampliou em violento chute de Bill que Roberto salvou.

Vieram o segundo tempo e mais sete explosões de gols. Três deles de Romário. Depois de assustar Max no primeiro minuto, aos quatro Romário fez o goleiro buscar a bola no fundo da rede ao bater com estilo centro de Alex Dias. Aos 21, o atacante virou a partida ao cobrar com categoria pênalti cometido por Asprilla, que com a mão tentou evitar o segundo gol do Baixinho.

Romário não imaginava que pouco depois Wagner Diniz derrubaria Bill na área. Quem agradeceu o presente foi o craque alvinegro do segundo tempo. Lúcio Flávio bateu também com estilo, empatando em 2 a 2 a partida aos 27 minutos. Um minuto depois, aproveitou saída errada de bola do goleiro Roberto para centrar na cabeça de Reinaldo. Era a virada alvinegra.

Romário não se deu por vencido. Nem Alex Dias, que pela direita pôs o atacante de novo na cara do gol, e ele não perdeu: 3 a 3 aos 29, isso mesmo. As torcidas ganharam fôlego até os 33, quando o incansável Ruy arrancou para a vitória alvinegra em jogada pela direita. Aos 47, o jovem Felipe Adão, que acabara de entrar, acabou com as esperanças de reação vascaína. Venceu o jogo coletivo, mas o craque ainda pode decidir o Campeonato Carioca.

Fonte: JB Online
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