Política

Ex-jogadores como dirigentes: segmento mal explorado no Brasil?

A semifinal da Copa do Brasil pregou uma peça a Edmundo. O veterano atacante vascaíno, ao desperdiçar uma cobrança de pênalti na disputa contra o Sport, viu seu time ser eliminado por quem se sagraria campeão daquela competição. Mais do que isso, estendeu seu abatimento pessoal e anunciou, no dia seguinte, o fim de sua carreira dentro dos gramados.

É sabido que o desfecho da história de um dos grandes ídolos em São Januário, ainda atuante com a camisa cruzmaltina neste Campeonato Brasileiro, não se deu aí. Mas serviu para explicitar a dificuldade da maioria dos atletas em deixar a função com que sonharam desde a infância.


“Onde eu estava, como comentarista, há vários ex-jogadores. Outros, viram gestores, treinadores, em razão de não terem uma preparação específica pra definir o que fazer. Atira-se para todos os lados e, o que der para fazer, ele vai fazer”, analisa José Calil, ex-jornalista e que assumiu recentemente a gerência de futebol do Grêmio Barueri.

O ex-comentarista da RedeTV demonstra certa preocupação com a falta de direcionamento da carreira dos jogadores após saírem de cena. Mas também não vê possibilidade real de sua entidade assumir um compromisso diante da realidade apresentada no futebol brasileiro.

“Isso não existe [oferecer um plano de carreira]. Jogador fica no clube seis meses e vai embora. Seria possível com um atleta que ficasse 10, 15 anos no mesmo time. Isso aqui não acontece, pois não há identidade, porque há uma fragilidade muito grande”, explica.

“O Barueri oferece tudo o que o jogador precisa para render ao máximo dentro de campo. Temos um trabalho conjunto de fisiologia, nutricionista, psicólogo. A gente se preocupa em oferecer ao jogador tudo. Depois, é com cada um, cada ser humano é diferente e a gente não pode se preocupar em capacitar todos”, completa.

Na área que escolheu para seguir após 25 anos de jornalismo, Calil vê a necessidade de um preparo específico – tal qual ex-atletas realizaram, como Leonardo, homem-forte no Milan. Sua sugestão aos antigos boleiros: priorizarem, no meio da cartolagem, aspectos mais representativos.

“Esse é um segmento que o ex-jogador deveria explorar mais. Ser dirigente da entidade, de um clube, mas não pra gerir, na gestão direta, e sim sendo um dirigente representativo, assim como o Beckenbauer é na Alemanha, o Platini na Uefa. Esse segmento é muito mal explorado”, lamenta.

“Quem não gostaria de ver um Zico, um Pelé, na CBF, um Rivelino. No caso do Roberto [Dinamite], eu acho isso muito legal, principalmente porque ele foi eleito, e nem caberia um comentário”, concluiu Calil, em referência à vitória nas urnas de um ex-jogador e de um dos maiores ídolos da história do Vasco da Gama, que lhe garantiu assumir o cargo-maior da entidade após a administração de Eurico Miranda.

Fonte: Cidade do Futebol
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