Categorias de base

Filho de Romário estuda no Vasco e joga no Pré-Infantil do clube

O ditado tal pai, tal filho, não poderia ser mais exato para descrever as semelhanças entre Romário e Romarinho. Jogador da categoria pré-infantil do Vasco, o filho do craque começa a dar os primeiros chutes justamente no momento em que o pai pensa em se aposentar, após marcar o gol mil. Fora das quatro linhas, o apreço pela vida agitada também está no sangue. Com apenas 13 anos, ele já teve mais de uma namorada, gosta de jogar futevôlei na Praia da Barra, onde mora com a mãe, Mónica Santoro, e aproveita com humildade a fama que herdou. Assim como Romário, que não participou do treinamento ontem, mas enfrenta o Boavista hoje, às 16h, em Saquarema, Romarinho foi a São Januário e só não treinou porque está com o tornozelo machucado.

Romarinho sabe que o caminho para se tornar jogador profissional é longo. Por isso, quando viaja no ônibus do Vasco, ele quer tratamento igual e, humilde, não escolhe lugar para sentar.

— Comigo não tem nada disso. Eu sento em qualquer lugar. Não tenho preferência em sentar na janela, igual ao meu pai — brinca o garoto, que também joga com a camisa 11.

Do alto dos seus 1,49m, vinte centímetros a menos que o pai, Romarinho mostra personalidade de gente grande. Acostumado a ouvir Romário ser chamado de marrento, ele aprendeu desde cedo a não levar desaforo para casa.

— Quando tem discussão no campo, resolvo no campo mesmo. Nunca cheguei em casa para fazer queixas do que aconteceu na rua — declarou.

Dribles rápidos aprendidos no futsal

Romário aprendeu cedo, nas ruas da Vila da Penha, que precisaria se impor, dentro e fora de campo, para chegar onde chegou. As raízes do filho, nascido no ano em que o pai, já consagrado, ajudou o Brasil a conquistar o tetracampeonato mundial, nos EUA, íoram mais confortáveis.

— Nem conheço a Vila da Penha. Sei que meu pai veio de lá, mas nunca fui. Nem sei onde é. Moro com minha mãe na Barra e gosto muito de lá — disse.

Nas areias da Barra, Romarinho também dá uma de Romário. Quando não tem aula nem treino, ele gosta de passar o tempo na praia, jogando futevôlei ou altinho.

— É o que eu mais gosto de fazer. Não ligo para outras coisas, só para jogar bola mesmo — contou.

Mas o interesse de Romarinho é mais amplo. No colégio ou em São Januário, sempre cercado de dezenas de amigos, ele é o centro das atenções, principalmente das meninas.

— Tinha uma namorada, mas terminamos outro dia. É meio complicado falar disso. Fomos nós dois que terminamos e foi melhor para todo mundo — explica o menino.

Quando está com a família e os amigos, o assunto gira em torno dos gois do pai, que está a cinco, segundo suas contas, de chegar ao milésimo. Bem humorado, Romarinho diz que ainda nem começou a fazer sua contagem: — Ele tem quase mil. Eu ainda não marquei, porque ainda não começamos o campeonato do infantil.

No entanto, se tivesse iniciado a contagem desde os tempos em que balançava a rede no futebol de salão, já teria um bom saldo. Os profissionais das categorias de base consideram Romarinho um jogador de qualidade técnica e bom drible, que foi adquirido nas quadras.

— Tecnicamente, ele é ótimo. Passa bem a bola de primeira e tem boa finalização, fundamentos aprendidos no salão. Agora, estamos fazendo um trabalho especial para ele aumentar a massa muscular e desenvolver seu futebol — explicou o técnico do pré-infantil e infantil, Marcos Alexandre.

No clube, Romarinho também tem o acompanhamento de psicólogos e fisiologistas. Além disso, ele estuda no Colégio do Vasco, que funciona dentro de São Januário.

— Ele não tinha necessidade de estudar no colégio, mas prefere ficar com o grupo, com os amigos que conhece desde o salão. Ele passa o dia inteiro no Vasco e adora. Ele é tranquilo e não chegou por imposição do pai — disse Alexandre.

Romarinho também aprende vendo o pai jogar. Ele observa detalhes como toque de bola, conclusão e posicionamento dentro da grande área, que rendeu a Romário o apelido de génio. Mas o maior aprendizado que ele pode receber são os conselhos de pai para filho:

— Ele me orienta no futebol e de um modo geral. Diz para eu tocar a bola rápido, porque sou pequeno e, desta maneira, não perco a jogada para os zagueiros, que são bem maiores do que eu. Ele fala também para não desistir dos sonhos.

Com o sonho do milésimo perto de virar realidade, Romário viaja hoje para Saquarema no ônibus do Vasco. Ele vai na janela, é claro.

Fonte: O Globo
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