Final da Copa do Brasil é o maior desafio da carreira de Renato

Renato Gaúcho gosta de dizer, com justificado orgulho, que conquistou 16 títulos ao longo de 19 anos da carreira de jogador.

Agora, vive a ansiedade de poder chegar ao primeiro troféu como técnico. A derrota por 2 a 0 para o Flamengo no primeiro jogo transformou a tarefa numa missão quase impossível.

Tão difícil que, puxando pela memória, Renato não conseguiu se lembrar de outra decisão em que teve de inverter uma desvantagem tão grande quanto essa. Ele parou, pensou e concluiu: - Realmente é a situação mais difícil que tive pela frente na carreira. Em 95, estava no Flu, o Flamengo jogava pelo empate. Mas era um jogo só, começou tudo 0 a 0.

Conquistar aquele que será o título mais suado terá um gostinho especial, mesmo para quem já deu tantas voltas olímpicas.

- Encaro como um desafio a mais. Pode ser meu primeiro título como técnico, ainda mais com toda essa dificuldade. Continuo acreditando de verdade na virada.

Mais que esperança, Renato transmitiu confiança nas entrevistas, ontem, em São Januário. Repetiu quase uma dezena de vezes a palavra \"atitude\", que é, segundo ele, o que faltou ao Vasco.

Agora, o técnico promete que a torcida verá um time totalmente diferente daquele que perdeu o primeiro jogo de forma apática.

- Um guerreiro não desiste nunca. Esse é o espírito. Podemos perder, mas lutando. Perder sem lutar não existe. Se o Flamengo fez dois gols em cinco minutos, por que não podemos também fazer dois em 90? - indagou o treinador.

O histórico recente de vices para o Flamengo obrigou Renato a trabalhar o lado psicológico dos jogadores nesta semana decisiva. Para mostrar o que quer quando cobra \"atitude\" e \"luta\" dos seus jogadores, o técnico usou um exemplo bem vivo para todos.

- Infelizmente, tive que usar o exemplo da Seleção Brasileira, que perdeu sem lutar. Isso não vai acontecer. E, se a gente tiver luta, sou muito mais o meu time - afirmou.