Futebol

Gritos de burro marcaram o clássico

Durante os 90 minutos do clássico de ontem à noite, no Maracanã, as torcidas de Fluminense e Vasco tiveram reações parecidas: incentivaram seus times, gritaram gol duas vezes cada e dirigiram gritos de \"burro\" para seus respectivos técnicos. Após o apito final, porém, os sorrisos - mesmo que amarelados - só podiam ser vistos do lado tricolor. Após abrir 2 a 0 no placar, o time de Renato Gaúcho recuou e foi castigado com o gol de empate aos 42 do segundo tempo. Uma partida de baixo nível técnico com apenas um herói: o lateral-esquerdo Jean, autor dos dois gols do Fluminense.

O técnico do Vasco, por sinal, deixou o Maracanã em situação delicadíssima. Ser pressionado pela torcida não chega a ser novidade para Renato Gaúcho. Mas ontem ele desagradou a seu principal aliado em São Januário. Romário foi substituído aos 26 do segundo tempo, quando o Vasco ainda vencia por 2 a 1. Perguntado se tinha pedido para ser substituído, o camisa 11, com cara de poucos amigos, afirmou:

- Não. Foi o treinador aí.

Em termos de tabela, o empate foi ruim, mas manteve vivas as esperanças de Fluminense e Vasco na Taça Rio. O tricolor está em quarto lugar no Grupo A, com quatro pontos em quatro partidas. Já o Vasco é o quinto do B, com cinco pontos e um jogo a menos que os rivais.

Antes do jogo, Romário fez questão de cumprimentar o técnico tricolor, Paulo Campos. Ele deu sua versão sobre o aval dado à contratação do treinador rival.

- Na verdade, dois dias depois que o Paulo Campos foi contratado, eu conversei com o Celso Barros (presidente da empresa que patrocina o Fluminense) e ele me perguntou se eu havia trabalhado com o Paulo. Eu disse que o conhecia do Qatar, que era um grande profissional. O Fluminense está bem servido - afirmou.

O mistério sobre a estréia de Edílson foi desvendado pouco antes do jogo, com o pentacampeão ficando fora até mesmo do banco de reservas.


Vasco começa o clássico partindo para o ataque


Em campo, o Vasco começou dando as cartas, com Valdiram, que estreava no Maracanã, empolgando a torcida. Mas quem teve a primeira grande chance foi o tricolor, aos 29. Cláudio Pitbull foi lançado livre pela direita, invadiu a área e chutou mal.

O Vasco abriu o placar, aos 34. Romário cobrou falta com força, a bola bateu na barreira e sobrou para Ygor: 1 a 0.

O Fluminense voltou para o segundo tempo com Tuta no lugar de Rissutt e Romeu deslocado para a lateral. Já o Vasco apostou na entrada de Abedi no lugar de Ives, que fez um péssimo primeiro tempo.

Logo aos três minutos, Morais fez um excelente lançamento para Claudemir, que tocou com categoria: 2 a 0.

Inexplicavelmente, o Vasco recuou após o gol. As chances tricolores não demoraram a surgir. Aos 13, Lenny acertou o travessão. Roberto ainda tocou na bola, evitando o gol. Três minutos depois, o goleiro nada pôde fazer. Jean recebeu de Pedrinho à esquerda da área, chutou cruzado e balançou as redes.

Aos 25, Renato tirou o outrora intocável Romário e lançou Ricardinho. No caminho para o banco, o camisa 11 não falou com Renato. Pouco depois foi a vez de Renato pôr Ernane no lugar de Ramon. Gritos de \"burro\" ecoaram no estádio. O plano vascaíno era partir em contra-ataque.

Enquanto isso, o Fluminense tentava pressionar, sem muito perigo. Aos 36, numa última cartada, Paulo Campos tirou Lenny, o mais perigoso do tricolor, e pôs Rodolfo Soares. Novos gritos de \"burro\". O Vasco poderia ter feito o terceiro, aos 39, mas Ricardinho deu um péssimo passe para Valdiram, livre.

De tanto insistir, o Fluminense chegou ao empate aos 42, numa cobrança de falta. E Jean transformou-se no herói do clássico. Ele chutou rasteiro e cruzado, Marcão abriu as pernas na área e Roberto não alcançou: 2 a 2.

Fluminense: Fernando Henrique, Rissutt (Tuta), Anderson, Thaigo Silva e Jean; Marcão, Romeu, Bruno e Pedrinho; Lenny (Rodolfo Soares) e Cláudio Pitbull (Adriano Magrão). Vasco: Roberto, Claudemir, Éder, Jorge Luiz e Diego; Ygor, Ives (Abedi), Morais e Ramon (Ernane); Valdiram e Romário (Ricardinho). Juiz: Marcelo Benito Pacheco. Cartões amarelos: Jean, Anderson, Morais, Ives e Abedi.

Fonte: O Globo
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