Política

Hércules Figueiredo comenta problema da data da eleição no Vasco

O Vasco vive um ano de eleições e de polêmicas. A última envolve a data das eleições. Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Assembléia Geral, convocou as eleições para 28 de junho, mas a oposição reclama que esta data estaria em desacordo com o Estatuto do Clube, que prevê que as eleições só podem acontecer 60 dias depois da divulgação dessa data.

Para falar sobre esse assunto, o repórter Gustavo Penna, da Super Rádio Brasil, entrevistou Hércules Figueiredo, presidente do Conselho Fiscal e membro da Junta Eleitoral:

- Em realidade, o estatuto do Vasco prevê, em seu artigo 58, que de fato existe um intervalo entre a data da publicação do edital de convocação das eleições e a realização das eleições de no mínimo 60 dias. Ora, se esse edital foi feito no dia 30 de abril, se contarmos 60 dias corridos, chegaríamos ao dia 29 de junho, porque o mês de maio tem 31 dias. Com mais os 29 de junho, chegaríamos no mínimo aos tais 60 dias estabelecidos no estatuto. A Assembléia Geral, as eleições, deveriam ocorrer então, no mínimo dia 28 de junho, não no dia 28, como foi marcado, determinado nesse edital de convocação.

Então, essa data não pode ser levada à frente?
- O problema é o seguinte. Agora, o dilema é de saber o que será descumprido. Esse prazo de 60 dias é um prazo estabelecido pelo Estatuto. Só que existe uma outra questão. Os mandatos do Vasco, tanto do presidente da Assembléia Geral quanto do vice presidente da Assembléia Geral, dos 150 conselheiros eleitos, ele expira agora à meia noite do dia 26 de junho, levando-se em consideração que essa posse ocorreu no dia 27 de junho de 2008, quando se realizou a posse desses conselheiros, do presidente e do vice e da Assembleia Geral. Mas o fato concreto é o seguinte: levando-se em consideração o término dos mandatos do presidente da Assembléia Geral, do vice-presidente da Assembléia Geral e dos conselheiros, a realização de uma assembléia a posteriori do dia 28 de junho já cria um obstáculo, porque aí os mandatos já teriam sido encerrados. É uma questão que objetivamente existe esse descumprimento. Resta saber o que vai ser feito disso. Agora, que evidentemente houve um cochilo muito sério do presidente da Assembléia Geral, disso não resta a menor dúvida, porque esse processo começou lá no dia 14 de fevereiro e veio se arrastando. Isso poderia ter sido evitado. Vou até fazer uma inconfidência aqui: desde o dia 30 de março de 2010, que eu venho reiteradas vezes, requerendo ao presidente do cube, Roberto Dinamite, e de maneira formal, através de ofícios redigidos pela presidência do Conselho Fiscal, pelo próprio conselho, tomando resoluções em ata, o cadastro de sócios do clube, porque eu sabia que se teria que fazer um minucioso trabalho de revisão nesse cadastro. Esse cadastro contém muitas inconsistências, de diversas naturezas. Ele precisa ser dinâmico, tem que estar permanentemente sendo atualizado com novos endereços, telefones, mudanças da categorias de sócios, e uma série de outras informações. Tem o problema das pessoas que falecem e a família não comunica isso ao clube. O clube também não pode tirar da lista alguém por ter uma idade avançada,a na presunção de que a pessoa morreu. Às vezes a pessoa vive, mesmo, passa dos cem anos. Você sabe que até hoje, não tive nenhuma resposta por parte do presidente? O presidente quedou-se diante da situação, não tomou conhecimento. Olha que eu era um presidente de um poder do clube, tão eleito quanto ele. Ele, enfim, fez ouvidos de mercador para esse pedido. A essência desse pedido era fazer com que a gente chegasse a esse momento em que estamos agora com uma lista em definida, confiável, consistente, coisa que hoje, infelizmente a gente não pode afirmar isso. E agora, tem esse dilema. O que que vai se desobedecer, se é prorrogar mandato, que é uma coisa terrível. Mandato não pode ser prorrogado nem um minuto. Penso que a preliminar disso tudo é conversar. Eu, por exemplo, se fosse presidente da Assembléia Geral, eu imediatamente, percebendo essa situação, esse lapso que foi cometido, eu trataria de convocar uma reunião informal com todos os presidentes de poderes, para colocar essa questão sobre a mesa e ver qual o melhor caminho a ser seguido, tentar nessa via administrativa, do diálogo, ver se existe uma possibilidade de se fazer uma situação consensual, que eu acho muito difícil.

Jogo contra o Flamengo, ao se despedir do repórter
- Ainda estou muito machucado com aquele resultado de domingo, aquelas três bolas fora nos pênaltis. Não consegui dormir de domingo para segunda-feira, depois daquele episódio e estou na expectativa de que tenhamos uma grande vitória lá no Paraná, contra o Atlético Paranaense, para que possamos seguir na Copa do Brasil.

Fonte: -
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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