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Jornalista opina sobre anúncio de Yaya Touré

O candidato à presidência do Vasco mais ativo em 2020 tem sido Leven Siano. Tanto fazendo campanha quanto nas movimentações do mercado. Yaya Touré foi anunciado como novo reforço em caso de vitória nas eleições da chapa “Vai dar Vasco”. Há quem comemore (com todo direito) e tem também quem se importe com o que não se deve neste momento. 
 

O marfinense se notabilizou como um jogador extra-classe. Foi parte importante do começo da Era Guardiola no Barcelona e depois se tornou ídolo no bilionário Manchester City. Com toda razão. Protegia a zaga, saía jogando com facilidade, carregava a bola, passava bem e ainda finalizava como poucos. Com as duas pernas, característica de que, particularmente, gosto bastante. 

Mas tenho minhas dúvidas se este jogador ainda existe. Em maio de 2021 ele completará 38 anos. Seu último jogo como profissional de foi pelo Qingdao Huanghai-CHN, no dia 26 de outubro de 2019. São 7 meses (mais de 200 dias) sem entrar em campo. É difícil imaginar que algum time competitivo do mundo irá contratar um atleta por seis meses e depois irá vê-lo partir para assinar com o Vasco. 
 

Não olhar para as condições físicas e idade do Yaya e pensar que ele vai resolver os problemas do Gigante da Colina é cegueira. Como também é não enxergar o potencial de marketing de um craque conhecido mundialmente. A torcida do Vasco é carente de ídolos e basta um aceno do outro lado para que a massa o abrace. Isso gera renda ao clube. Seja nas camisas ou no público. Nos produtos. Na autoestima. Inegável. Para dar certo, Yaya vai precisar de muita ajuda. Potencial para ficar acima da média no futebol brasileiro ele tem de sobra. Mas o Cruz-Maltino não é o Barcelona e nem o Manchester City. Longe disso. Em todos os aspectos. 

Visto a análise técnica, outro ponto me chama atenção: há um grupo de mais de 30 jogadores (demonstrando caráter mês após mês) que estão há 4 meses sem receber. Um clube definhando sem pagar seus funcionários - muitos em situação crítica -  e desonrando compromissos. Culpa do Leven? Jamais. Entretanto o Vasco que ele pretende assumir vai ter muitos resquícios do clube que é hoje. Principalmente no grupo de jogadores. Qual é o recado que isso passa neste momento? Leandro Castan, capitão e melhor jogador do time, deixou claro que tem hora que não sabe em qual clube está. Provavelmente eu contrataria o Yaya Touré, mesmo com as ressalvas, para o Vasco. Mas com toda certeza eu não anunciaria o Yaya Touré no momento atual do clube.
 

O presidente Alexandre Campello, em entrevista à rádio Tupi, disse não ver legitimidade para Leven contratar pelo Vasco. Se não há, pra que falar? São 10 meses de um clube que não paga ajuda de custo aos atletas do Remo. Nove de direitos de imagem a alguns atletas do futebol. Quatro à maioria dos seus jogadores e de dois a quatro meses para funcionários. Se preocupar com o Yaya e qualquer situação, candidato ou movimento político não deveria nem entrar em pauta. Os problemas dele são muito maiores e urgentes.

Não existe Vasco do futuro sem cuidar do atual. Penso que, se alguém pretende comprar um carro usado em breve, e tem a possibilidade de diminuir os danos para aproveitar e equipar melhor quando o veículo for seu - mesmo que o atual dono não esteja cuidando bem -, deveria enxergar como a única opção. A falta de cautela pode se tornar um grande prejuízo.

Fonte: Bolavip
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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