MUV divulga nota contestando atual administração do Vasco

Nota oficial emitida, hoje (3/6), para contestar as afirmações dos \"poderes\" do Vasco, em nota emitida ontem (2/6).

O Movimento Unido Vascaíno - MUV - vem a público contestar integralmente a nota oficial irresponsavelmente redigida e assinada pelos presidentes dos poderes do C. R. Vasco da Gama e divulgada no último dia dois.

O país reconquistou pelo trabalho de muitos brasileiros ao longo dos últimos anos, o amplo, geral e irrestrito direito de acesso a justiça. Este direito constitucional, não é passível de cerceamento e tampouco punição, por quem quer que seja, aqui incluída toda a diretoria do nosso clube, contumaz ré, vencida nos tribunais.

Por acreditarmos e defendermos a democracia, utilizamos o poder judiciário defendendo nossos ideais, sempre em favor do C. R. Vasco da Gama, objetivando construir uma sociedade mais civilizada, mas que, infelizmente, muitos conselheiros da situação e membros da diretoria do clube parecem não estar preparados para vivê-la.

Todo conselheiro tem o efetivo direito legal e estatutário de conhecer os documentos e contratos em que se baseiam os lançamentos contábeis do nosso clube. É de conhecimento público que a atual diretoria se nega a apresentá-los de 2004 até hoje. Assim, a Ex.ma. Juíza da 7ª Vara Cível, Márcia Santos Capanema de Souza, concedeu liminar que suspendeu a realização da reunião do Conselho Deliberativo do clube que aprovaria o Balanço Patrimonial de 2005 e deu nulidade a sua publicação. Esta decisão hoje se encontra sob \"efeito suspensivo\" até a análise do recurso.

A alegada \"paralisação\" das atividades administrativas do clube começou em 2003, quando da fraude na eleição daquele ano, seguida de um processo de administração irresponsável desta diretoria, que levou o nosso clube a atual insolvência financeira, estimada em mais de R$ 220 milhões em dívidas, muitas delas sonegadas no balanço, que não pode ser aprovado como está, sob pena de responsabilidade daqueles que o aprovarem. A quem interessa esta total ausência de transparência?

A postura que o MUV adota e defende, em todas as suas atitudes, é a de responsável participação democrática e civilizada, na qual é ilegal fraudar a eleição e balanços devendo-se respeito à lei, ao estatuto do clube e aos sócios. São estas nossas atitudes, que os presidentes dos poderes do clube repudiam. A verdade é que se há \"falsos vascaínos\" certamente são os que hoje manipulam os poderes do C. R. Vasco da Gama. São estes que os sócios do clube, seus torcedores e a opinião pública repudiam.

A todos os vascaínos quero lembrar que o MUV recorre à justiça, sempre que existem riscos para o C. R. Vasco da Gama e seus associados. Quando toma essa atitude é de forma clara e objetiva. Desta forma, reafirmo que o MUV não teve participação na ação promovida pelo Ministério Público Estadual e outros, contra o C. R. Vasco da Gama, com base em transgressões ao Estatuto do Torcedor. Reafirmamos que a legislação pertinente à atividade do nosso clube deve ser obrigatoriamente respeitada pela sua direção. É de sua inteira responsabilidade qualquer transgressão, como agora o faz, quando retirou do site oficial do clube o anúncio de divulgação dos três únicos locais de venda de ingressos para o jogo Vasco x Fluminense, na tentativa de destruir provas e obstruir a justiça em mais um processo em que é réu.

A presença de destacados vascaínos representantes de associações, do comércio, da indústria, de importantes entidades da sociedade civil em nosso movimento, deixa claro o nosso objetivo de reunir os melhores quadros vascaínos do país em benefício do C. R. Vasco da Gama. Se o Ministério Público e o Poder Judiciário assim também o entendem, o orgulho deve ser de todos nós vascaínos.

Ao Vasco Tudo!

José Henrique Coelho
Presidente