Salvo uma zebra de última hora, a seleção brasileira irá, pela primeira vez em 20 anos, disputar uma Copa do Mundo sem Ronaldo. Maior artilheiro da história dos Mundiais, com 15 gols, o atacante arrastou uma verdadeira legião de fãs durante os 12 anos de 1994 a 2006 em que vestiu a amarelinha.
E para quem cresceu vibrando com as arrancadas e os dribles do menino nascido em Bento Ribeiro, sobrará a saudade quando a bola rolar em junho, na África do Sul.
Philippe Coutinho tinha dez anos quando Ronaldo marcou dois gols sobre a Alemanha, na final da Copa de 2002, e garantiu a conquista do penta. Já naquela época, a revelação vascaína tinha o camisa 9 da seleção como a sua principal referência no futebol. Idolatria que as pisadas na bola do atacante corintiano não foram capazes de apagar.
Ronaldo é um jogador diferenciado. Os garotos todos queriam ser como ele disse Coutinho, que não estendeu aos cortes de cabelo raspado ou Cascão sua tietagem ao craque:
Mas tive dois amigos no Vasco que sempre imitavam o corte do Ronaldo.
Ex-companheiro de Philippe no Vasco, e atualmente defendendo o gol do Fluminense, Rafael tem em Dunga erguendo a taça do tetra sua primeira lembrança quando o assunto é futebol. Naquela época, Ronaldo era um garoto de 17 anos dando seus primeiros passos na seleção. Aos 34 e com alguns quilos a mais, o atacante só joga pela seleção nas telas do videogame. Mas a imagem do grande ícone de uma geração vencedora de duas Copas continua intacta.
Ronaldo é um ídolo brasileiro. Sei que cada um tem sua opinião, mas eu o levaria para a Copa disse Rafael.