Clube

Roberto Dinamite e Chico: uma história de solidariedade e amizade

No dia 5 de abril de 1980, há exatamente 26 anos, iniciava-se uma história de solidariedade e amizade entre um dos maiores ídolos do futebol brasileiro, Roberto Dinamite e sua esposa Jurema Crispim de Oliveira, com Francisco Carlos Carvalho Ribeiro, fã do jogador e portador de necessidades especiais, causada pela paralisia infantil, quando ele tinha seis meses de vida.

Hoje, aos 45 anos, Chico, como é chamado pelos amigos e pelo próprio Dinamite, agradece a iniciativa do casal e enaltece o espírito solidário. O encontro entre Francisco e Jurema foi na saída do Maracanã, na derrota do Vasco, de Roberto, para o Fluminense, na decisão do Estadual daquele ano.

Sensibilizada com a força de vontade e com a história de vida de Chico, Jurema decidiu adotá-lo como se fosse um filho. A partir de então, Francisco passou a morar no Rio de Janeiro, junto ao casal e fez o tratamento adequado.

- Foi a melhor fase da minha vida. Tinha a Jurema como uma mãe. Sempre que precisei dela, ela estava lá, me ajudando - contou Francisco, que hoje, após colocar platina nos joelhos, anda com auxílio de muletas.

Francisco morou por dois anos na casa de Dinamite, depois foram mais três anos morando em São Januário, convivendo com os jogadores do clube cruzmaltino. Época essa em que guarda inúmeras recordações e histórias, como a do até então, desconhecido e franzino, Romário de Souza Farias.

Antes de morrer, Jurema pediu ao marido que não deixasse faltar nada a Francisco e Dinamite cumpre a palavra até os dias de hoje.

Filho de sangue do casal, Alexandre trata Francisco como um irmão e um grande amigo. \"O Chico é uma grande pessoa, que admiro muito\", falou.

Fonte: Folha da Manhã - Campos (RJ)